quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

COMO DIZIA JÚLIO CESAR



Caio Júlio Cesar

Tenho um amigo que após um exame teve diagnosticado um problema grave que exigia cirurgia. O procedimento cirúrgico foi marcado para três meses após.

De início meu amigo gostou desse prazo. Daria tempo para se preparar, dizia.

Mas, ele não conseguiu administrar a doença que o incomodava, apesar de não trazer perigo imediato à sua vida, e esses três meses acabaram se tornando uma verdadeira tortura.

Ele não podia manter sua rotina, os incômodos o impediam de uma vida normal, e por fim ele acabou ansiando que cada minuto passasse mais ligeiro para entrar logo na sala de cirurgia e resolver questão.

Precisava retomar sua vida, sua rotina, e seguir em frente.

Felizmente a cirurgia foi um sucesso e ele pode voltar, contudo para suas aulas, seus amigos, sua família, sua vida.

O governo Dilma estava mais ou menos na mesma situação.

Essa ameaça ridícula de impeachment engessou o governo faz mais de ano.

Na verdade, Dilma não conseguiu governar em paz durante todo esse primeiro ano de seu mandato.

Tentou administrar a doença, isso é, conviver democraticamente com a oposição fascista e um criminoso que ocupa o cargo de presidente do Congresso.

Não conseguiu. Jamais conseguiria.

Não se convive “pacificamente” com um tumor. Extirpar o mal é a única terapia recomendável.

O enfrentamento por essa via do impeachment acabará sendo muito bom pra Dilma e seu governo e péssimo para seus opositores.

A tentativa de golpe fracassará e perdendo sua única bandeira que é atacar sistematicamente o governo e seduzir os inconformados com um governo popular que não perde eleição há três mandatos, deixará a oposição nua.

Sem essa demência utilizada como política o povo brasileiro verá a oposição como ela é e perceberá que na verdade, não nada além de inconformismo e arrogância.

O que a oposição tem, sustentada pela mídia oportunista e golpista e por parte de um judiciário e polícia federal engajados politicamente, são sofismas.

Uma mentira pode sobreviver enquanto não for desmascarada.

Li que a presidente comentou com assessores que “foi melhor assim” e concordo plenamente.

A batalha não assusta. Pior e decepcionante seria que o PT defendesse o presidente do congresso num acordo tácito para evitar o processo. Isso sim seria constrangedor e indesculpável para seus eleitores..

Esse processo terá esse efeito benéfico. Forçará o governo (como se diz no gauchês) mais bunda mole da história do Brasil a sair das cordas e enfrentar o fascismo que ameaça a própria democracia brasileira.

E isso, acredite, será muito bom para o próprio governo.

O grande estrategista Júlio Cesar ensinava que um exército só marcha em ofensiva quando possuí força consistente e maior que a do inimigo. Nunca atacar num impulso e sim quando houver chances reais de vitória.

Os que querem impeachment esqueceram que não possuem argumentos jurídicos, materialidade em suas acusações, culpabilidade, ou qualquer prova sobre ilícito cometido pela presidenta.

Temos que acreditar nas instituições do país.

Vão perder.

E isso será ótimo para o país.

Do jeito que estava não podia ficar. O governo fingia que governava e o país não se movia, num momento difícil na economia mundial.

Bem vindo processo de impeachment!

O governo Dilma começa agora.

E para certos bandidos e uma oposição bandida que apoia bandido, restará apenas choro e ranger de dentes.



Prof. Péricles






Nenhum comentário: