quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

PEQUENO HISTÓRICO DAS DROGAS

Sendo o homem um ser gregário e entendendo o consumo das drogas como uma necessidade para preencher vazios, fácil é a conclusão que, a incapacidade humana em criar uma sociedade justa, sem excluídos, pode ser apontada como uma das principais causas do uso abusivo de drogas.

Há 7 mil anos atrás o homem já consumia o álcool, seja como cerveja (Egito) ou como vinho (Europa meridional) conhecido como a “dádiva de todos os deuses”.

Há mais de 6 mil anos os Sumerianos utilizavam a papoula (uma flor de onde se extrai o ópio) como a “planta da alegria”, que traduzia o contato com os deuses.

Quase na mesma época o povo Cita queimava a maconha (cânhamo) em pedras aquecidas e inalavam os vapores dentro de suas barracas ou tendas.

Já em nossa era, aproximadamente no ano 1500, o cactus peyote (de substância alucinógena) era utilizado em cerimônias religiosas na América, enquanto o ópio (base da morfina e da heroína) era cultivado livremente por camponeses, como fonte de alívio de sua realidade sofredora. Na mesma época os espanhóis utilizavam as drogas alucinógenas como uma forma de auto-castigo, pois, para este povo (os espanhóis) droga significa “demônio”.

O consumo de ópio foi fartamente incentivado na Guerra Civil Americana (1860-1865), utilizado também para fornecer alívio à dolorosa vida dos soldados.

Nesse mesmo século (XIX) os ingleses utilizam a proibição do consumo do ópio por parte do governo chinês para declarar guerra a esse povo, invadir o país, e, claro, liberar o consumo da droga aos chineses (embora fosse proibido na Inglaterra).

Na década de 20, depois da I Guerra Mundial (onde, aliás, o consumo de morfina foi indiscriminado), os Estados Unidos instalam a “Lei Seca”, simplesmente proibindo o consumo de bebidas alcoólicas no país. O consumo não só continuou existindo como ainda gerou um mercado negro que faturou, em estimativas moderadas, cerca de 200 bilhões de dólares, controlado por gangster como o famigerado Al Capone.

Na Segunda Guerra Mundial (1939-1945) prosperou o consumo de anfetaminas para combater a fadiga, não só entre militares, como também entre a população civil.

Barbitúricos/hipnóticos, como por exemplo, o Gardenal, tiveram seu auge a partir dos anos 50. “Viva Melhor Com A Química” era o apelo de marketing usado pelos laboratórios.

Já a década de 60 conheceu o apogeu do LSD (ácidolicérgico). Muitos defenderam em debates televisivos o seu consumo para, entre outros benefícios, possibilitar a entrada da mente em novas dimensões da realidade (mais ou menos como se imaginava o peyote).

Também na década de 60, mas principalmente na década de 70, ocorreu uma vertiginosa proliferação do uso da cocaína e de drogas sintéticas (além do LCD) como o Ecstasy.

Atualmente, derivados de cocaína, como o crack e a merla são as drogas predominantes, mas, percebe-se um crescimento muito significativo da produção e consumo das drogas sintéticas (feitas em laboratório).
O maior produtor mundial de ópio é o Afeganistão, de cocaína a Colômbia e a Bolívia, de maconha o Paraguai e drogas sintéticas os países desenvolvidos como os Estados Unidos.

Prof. Péricles

Um comentário:

Anônimo disse...

Valeu prof por mais uma dica.