domingo, 29 de janeiro de 2012

EXPECTATIVAS PARA 2012 (África e Ásia)



ÁFRICA

- A questão do mais novo país do mundo, o SUDÃO DO SUL, deverá atrair a atenção, não só da UE e da ONU, como também, do conjunto das nações preocupadas com a questão dos direitos humanos. O Sudão do Sul tornou-se independente em 2011 após plebiscito para a separação ou não do mais extenso país africano, o Sudão (capital Cartum). Apesar de rico em petróleo o Sudão do Sul possui uma população em estado de miséria, com altos índices de analfabetismo (entre as mulheres 84%). Existe uma ancestral rivalidade de etnias tribais que já provocam intensos massacres. Promover a pacificação dessa jovem nação e a segurança de seu povo, especialmente, mulheres e crianças, será uma das missões humanitárias da ONU em 2012.

- Por falar em dramas humanos, a seca prolongada na região denominada de “Chifre da África”, somada às guerras civis e tribais da região, já fizeram a ONU declarar “estado de emergência de fome” e pode, se a situação não sofrer uma radical transformação, levar o mundo a assistir um autêntico holocausto, especialmente de crianças (segundo a FAO mais de 200 mil crianças sofrem subnutrição e correm perigo de morte). Etiópia, Somália, Djibout e Eritréia, são os países mais afetados. Quanto à Somália, acresce ainda a questão dos “piratas” e da violação de suas águas territoriais pelas nações mais ricas, particularmente, européias.

- A “Primavera Árabe” que já derrubou três governos na região (Tunísia, Egito e Líbia) pode sofrer uma 2ª versão no Egito, onde os militares que deveriam se contentar com o papel de governo provisório após a queda de Hosni Mubarak, parecem querer ficar mais tempo no poder.

ÁSIA

- a grande expectativa mundial, na região, para esse ano, é a respeito dos rumos que a Coréia do Norte, agora com novo governante, irá adotar. Se o novo mandatário Kin Jun-Il aproveitar o momento para uma reaproximação de seu país com a rica Coréia do Sul e com o Japão, especialmente, estará aberto o caminho para a esperada pacificação dessa tensa e polêmica região que, um dia, já foi apontada por Ronald Reagan como um dos eixos do mal. Caso a Coréia do Norte permanece isolada a tendência é de crescimento das tensões de fronteira e uma ameaça mundial representada pelo programa nuclear norte-coreano.

- a China e a Índia, países do BRIC de forte crescimento econômico, adotarão medidas de contenção do crédito reduzindo o crescimento econômico para acompanhar os rumos da crise financeira internacional ou, especialmente a China, continuará com o pé no acelerador, empurrando seus parceiros econômicos para um caminho cada vez mais indefinido? Essa pode ser a grande questão econômica de 2012.

Prof. Péricles

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