sábado, 23 de julho de 2011

POLITEÍSMO, A EXPLICAÇÃO PARA O INEXPLICÁVEL

Quando o homem não sabe, ele inventa.

Podemos perceber isso nas crianças que, preenchem o seu mundo cheio de coisas incompreensíveis, com prodigiosa imaginação.

O mesmo ocorreu na infância da humanidade.

Sem saber porque as trevas substituíam o dia. Sem compreender as alterações das estações do ano, ou a energia do raio que caía tão próximo, o homem recorreu ao imaginário para poder ter algum contrôle sobre a ignorância.

Dessa maneira a quase totalidade dos povos antigos criou deuses, poderosos e invisíveis, num quadro que denominamos de politeísmo.

Alguns povos, como o Egito, chegaram a ter 3 mil deuses.

Logicamente, era necessario uma especialização na compreensão das multiplas coisas divinas. Era necessário entender suas vontades e suas iras. Como agradá-los, como conquistar sua confiança para que a colheita fosse farta ou a guerra fosse vencida. E aí, surgiu o clero.

A classe sacerdotal sempre esteve no poder, porque os povos sempre acreditaram que desempenhavam uma função vital para a sobrevivência. Porque justificavam suas mais profundas necessidades de segurança.

Dos grandes povos da antiguidade, apenas dois deles destacaram-se na contra-mão dessa tendência politeísta: os Hebreus após Moisés que adotaram o monoteísmo e os Persas que por Zaratrusta acreditavam em apenas dois deuses, numa espécie de dualidade entre o bem e o mal: Mazda, o Deus do Bem e Arimã, o Deus do mal.

Destaca-se ainda que os Egipcios (eles mesmos, os mais intensos politeístas) tiveram sob o reinado de Amenófis IV ou Akeneton, uma pequena experiência monoteísta.

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