segunda-feira, 30 de maio de 2011

RELIGIÕES CRISTÃS 01

As religiões cristãs fundamenta-se nos ensinamentos de Jesus Cristo contidos nos Evangelhos. Os Evangelhos não foram escritos por Jesus, mas, na tradição cristã, por seus mais próximos seguidores, os apóstolos.

A figura de Jesus, sua história e ensinamentos aconteceram no Oriente, mais especificamente, no Oriente Médio, atual Israel e Palestina.

Entretanto, seus enorme sucesso, que a faz uma das maiores religiões de todos os tempos se deve a Roma, pois foi o Império Romano que adotou o cristianismo e o preservou. Foi também em Roma que nasceu o clero, a Igreja oficial cristã e seus dogmas.

Mas não foi fácil.
Ao contrário do que lhe era peculiar, Roma, inicialmente, proibiu o culto cristão. Ao contrário, pelo menos três Imperadores promoveram uma deliberada perseguição aos adeptos do cristianismo.

Somente a partir do Édito de Milão (313) e do Édito de Tessalônica (380), o cristianismo foi permitido e depois, adotado como religião oficial do Império.

Depois da queda de Roma, em 476, a Igreja Cristã tornou-se a mais poderosa organização política e econômica de seu tempo, e o Papa (o supremo sacerdote, chefe da Igreja) a figura política mais importante do mundo ocidental.

Em 1054, ocorreu o Cisma, com a divisão da Igreja Cristã em duas: Igreja Católica Apostólica Romana (do Ocidente, subordinada ao Papa) e Igreja Cristã Ortodoxa (do Oriente, sem ligação hierárquica com o Papa).

A partir do século XVI, o imenso poder da Igreja Católica sofrerá perdas decisivas com os movimentos Protestantes. Esses movimentos Protestantes, de contestação às práticas corruptas da Igreja oficial, foram basicamente 3:


* IGREJA LUTERANA (1517): Criada pelo alemão Martinho Lutero, que defendia que a salvação se dava pela Fé e na livre Interpretação das escrituras;

* IGREJA ANGLICANA (1534): Criada pelo Rei inglês Henrique VIII, basicamente para ampliar seu poder diminuindo o do Papa, aceita ordenação de mulheres, o divórcio e a autoridade máxima do Rei, também na religião;
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* IGREJA CALVINISTA (1536): Criada pelo suíço João Calvino que viveu ainda na França, na Holanda, e na Bélgica. O Calvinismo defende a predestinação das almas justificando a situação financeira, seja de conforto ou de miséria, como sinais evidentes de uma vida futura no céu ou no Inferno. É claro que a burguesia adorou as definições calvinistas.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

CÓDIGO FLORESTAL

Pessoal, o assunto é muito importante, de certa forma, decisivo, e devemos acompanhar com o máximo interesse.

Se por um lado da proposta do governo temos opiniões respeitosas e válidas de pessoas que já algum tempo alertam sobre o quanto está superado o atual Código Florestal (de 1965, ainda da Ditadura) e se faz necessário atualizar a legislação, de outro, temos os ambientalistas, que em maioria temem que com o novo código, o desmatamento se torne uma ameaça ainda maior, inclusive com o crescimento da impunidade.

Importa principalmente a gente acompanhar três pontos básicos que estão em discussão:

1. APPs ( Áreas de Preservação Permanente): são áreas de vegetação nativa nas margens de rios e encostas de morros que devem ser preservadas. O projeto prevê uma diminuição da faixa mínima a ser mantida pelos produtores rurais e a permissão de determinadas culturas em morros.

2. RL (Reserva Legal): são trechos de vegetação nativa localizados dentro de propriedades rurais. As mudanças na lei beneficiam pequenos proprietários, que ficarão isentos de reflorestar áreas desmatadas.

3. Anistia: o novo Código propõe suspender a multa e sanções aplicadas a proprietários rurais até 22 de julho de 2008 - data em que entrou em vigor o decreto regulamentando a Lei de Crimes Ambientais.

Esse último tópico é tremendamente injusto, se aprovado, pois anistia gente que há anos comete crime ambiental. Parece que, infelizmente, foi aprovado ontem. Entretanto, dificilmente passará assim pelo Senado e pela promulgação presidencial.

Vamos acompanhar, torcer, e na medida do possível, participar, para que nosso país tenha uma legislação moderna e eficaz que promova o crescimento sustentável, isso é, com respeito à natureza e as futuras gerações.
Que o Brasil não faça como os Estados Unidos e outros países capitalistas que, em nome do lucro, destruíram sua área verde e hoje fazem o planeta inteiro padecer.
Para quem vai fazer concurso público e vestibular no fim do ano, é assunto quase certo.

Pro. Péricles

domingo, 22 de maio de 2011

BATALHA DE PIRAJÁ

Em nenhum outro lugar do Brasil, a resistência contra a proclamação da independência foi maior que na Bahia.

Nessa Província havia uma intensa disputa pelo comando das Armas entre o brigadeiro Manuel Pedro (apoiado pelos brasileiros) e o detestado oficial português, Madeira de Melo.

As Cortes de Lisboa interferiram e forçaram a nomeação de Inácio Luis Madeira de Melo, o que representou um duro golpe ao Partido Brasileiro.

A posse de Madeira de Melo (apoiado pelos comerciantes portugueses, além dos regimentos de Infantaria, de Cavalaria e das unidades da Marinha Portuguesa) deixou exposta uma divisão entre as tropas leais à Portugal e as forças patrióticas (apoiadas pela Legião de Caçadores, o regimento de Artilharia e o 1º Regimento de Infantaria).

O clima de guerra só piorou após o Dia do Fico, em janeiros de 1822.
Em 19 de fevereiro, ao tentar impedir a invasão de sua abadia pelos portugueses que perseguiam brasileiros, morre a mártir de nossa independência, a religiosa Joana Angélica.

A Bahia se dividiu entre os militares portugueses de Madeira de Melo (indignado o povo o chamava de Madeira Podre) que dominavam a capital, Salvador e grupos nacionais, cada vez mais concentrados no interior, mais precisamente, na Vila de Cachoeira.

Com a divulgação da notícia da proclamação da Independência, as vilas do Recôncavo baiano, sob a liderança da vila de Cachoeira, mobilizaram-se para expulsar as tropas portuguesas entrincheiradas em Salvador.

Os brasileiros recebem o reforço de alguns navios sob o comando de Rodrigo de Lamare e tropas comandadas pelo experiente militar francês, veterano de guerras napoleônicas, Pedro Labatut (mercenário contratado por D.Pedro).
Brasileiros como Maria Quitéria, outra heroína, juntaram-se a Labatut prontos para a luta.

Mas as forças de Madeira de Melo também foram reforçadas por 2.500 homens (totalizando 13 mil soldados) vindos de Portugal e elementos de uma Divisão, que se retirou do Rio de Janeiro e rumou para a Bahia, negando-se a se submeter à nova ordem.

Após alguns combates renhidos, a Guerra de independência na Bahia, seria decidida numa batalha especial. A Batalha de Pirajá em 08 de novembro de 1822.

BATALHA DE PIRAJÁ, UMA BATALHA BRASILEIRA

Madeira de Melo concentrando o máximo possível de soldados, atacou as forças brasileiras reunidas em Pirajá. Pretendia dar um golpe duro e definitivo.

Após cinco horas de combate, o comando brasileiro percebeu a possibilidade de ter suas linhas rompidas. “Talvez, pensam, os oficiais, seja melhor recuar para reagrupar, do que insistir e sofrer uma derrota”. Segundo a versão mais aceita, o Major Barros Falcão, oficial mais adiantado naquele momento, determina o toque de retirar (na época sem rádio de comunicação, as ordens, para ser ouvidas por todos, eram anunciados por toque de corneta). Um pouco mais à frente, o corneteiro Luís Lopes, português que aderira às tropas brasileiras, está muito nervoso. Afinal, é inexperiente em combate. O Major sinaliza novamente a ordem e vira as costas iniciando o recuo. Luis Lopes leva a corneta aos lábios e no capricho, manda ver de forma clara e alta, o toque de “Cavalaria Avançar”.

Tudo então se transforma. A cavalaria brasileira avança, destemida. Os portugueses arregalam os olhos. Haviam percebido a manobra de recuo e aquele avanço inesperado só poderia significar a chegada de reforços. Os lusitanos, incrédulos, recuam.

O Major Barros Falcão abre os lábios para gritar algum palavrão ao corneteiro, mas o som não sai. Embasbacado percebe que a vitória, agora, é possível.

E foi possível. As tropas brasileiras venceram aquela que se revelaria, a batalha decisiva da guerra.

Abatido, Madeira de Melo se entricheirou em Salvador e mais tarde, para evitar ser sitiado, abandona o Brasil, derrotado.

Era 2 de julho de 1823. Uma turma de brasileiros esfarrapados, mal alimentados e praticamente sem treinamento, entra em Salvador e ratifica a independência do Brasil.

Uma turma de heróis e de um corneteiro atrapalhado.

Ah...sobre Luís Lopes. Não se têm notícia se fez carreira no exército, mas sabe-se que até o fim da vida manteve o mistério. Tocou, com sua corneta, a ordem errada, por engano ou de propósito?
O que você acha?

Quem sabe?

Coisas da história do Brasil.

MENTIRINHAS QUE “TORNARAM-SE” HISTÓRIA - 01

A história é uma ciência, e como toda ciência, possui seus métodos. História não é “achômetro”.

Porém, ao logo do tempo, alguns fatos, não comprovados historicamente, acabam se consolidando como verdades.

Isso acontece por vários motivos, entre os quais se destacam: a necessidade da Igreja de criar mitos adequados a seus dogmas; os interesses dos grupos hegemônicos de justificar suas ações; tradições culturais na criação de heróis, obras cinematográficas e de literatura tomadas como verdades, etc.

Essas mentirinhas e mentironas se cristalizam no coletivo, e para o historiador, as vezes, discernir sobre os fatos históricos em oposição à crença geral é uma dura empreitada.

A seguir citaremos apenas alguns, dos muitos e muitos casos dessa espécie.
Em outro momento traremos novas curiosidades.

O EGÍPCIO ERA UM POVO MÓRBIDO, VOLTADO PARA A MORTE A VIDA INTEIRA.
- Não é verdade. Segundo vários pensadores gregos que conheceram o Egito e relataram o que viram, os egípcios eram alegres e festeiros. Inventaram a cerveja (que bebiam gelada) e vários instrumentos musicais, como o avô do trombone (não dá pra dizer que inventaram o pagode, mas quase). Fandango, era com eles mesmo.

APÓS A DERROTA NA BATALHA DO ACTIUM, CLEÓPATRA SE MATOU SE DEIXANDO PICAR POR UMA SERPENTE.
- Coisa de Hollywood. O general Otávio, temeroso do poder de sedução de uma mulher que já envolvera dois grandes políticos (Júlio Cesar e Marco Antônio) em suas artimanhas, ordenou o assassinato da moça, antes que ele próprio chegasse em terra. Sabe como é, né? Seguro morreu de velho.

NERO PÔS FOGO EM ROMA, PESSOALMENTE, E ESCREVEU UM POEMA ENQUANTO A CIDADE ARDIA EM CHAMAS.
- Segundo relatos de historiadores da época, o maluco imperador romano (que, aliás, só ficou maluco depois de uma febre que durou dias e quase o matou no início do reinado) estava há mais de 130 km de Roma no dia do grande incêndio.

JOANA D’ARC HEROINA FRANCESA DA GUERRA DOS CEM ANOS FOI QUEIMADA NA FOGUEIRA COMO HEREGE.
- O julgamento de Joana D’Arc foi prodigamente documentado desde o início até o final. Em nenhum momento aparece qualquer sentença de condenação à morte, muito menos por fogueira. Aliás, documentos descobertos a não muito tempo, indicam que Joana D’Arc teria morrido anos depois no interior da Inglaterra, ao lado do marido, um oficial inglês. Por falar nisso, a Guerra dos Cem anos (1337-1453) durou mesmo foi 116 anos.

O BRASIL FOI DESCOBERTO SEM QUERER, QUANDO CABRAL MANOBRAVA PARA EVITAR AS CALMARIAS A OESTE DA ÁFRICA.
- Essa é clássica, mas é persistente já que ainda é encontrada em alguns livrinhos didáticos. A chegada oficial dos portugueses na nova terra foi totalmente planejada. As impossibilidades do “sem querer” são amplamente rejeitadas, por exemplo, no diário de bordo do capitão, uma espécie de “caixa-preta da época.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

CASTELO NO AR

“…as Forças Armadas não fazem democracia. Mas garantem-na. Não é possível haver democracia sem Forças Armadas que a garantam.”


Essa frase enérgica, que nega às forças armadas o papel de origem da democracia, mas sim, de seu mantenedor, foi escrita pelo Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, em seu ensaio “A Guerra” de 1962.

Cearense, nascido em 20/09/1900, militar de profissão, estrategista, intelectual e político, Castelo Branco muitas vezes esteve ao lado da democracia.

Foi um dos tenentes da Revolução de 30 que levaram Getúlio Vargas ao poder e da era Vargas saiu tenente-coronel, em 1943.

Foi chefe de seção de operações da Força Expedicionária Brasileira (FEB) durante a Segunda Guerra Mundial, na Itália. Escreveu livros sobre estratégia, lembrando o talento de um parente distante, José Alencar.

Em 1955, apoiou o movimento militar chefiado pelo ministro da Guerra, general Henrique Lott, que garantiu a posse do presidente eleito Juscelino Kubitschek quando Carlos Lacerda e sua falange tentaram mais um golpe ao estado de direito.

Nomeado chefe do Estado-Maior do Exército pelo então presidente da República João Goulart, em 1963, o mesmo presidente que ajudaria a depor em 1964.

Tendo Castelo Branco como líder, é, por isso, compreensível porque muitos brasileiros acreditaram que o golpe militar de 1964 daria origem a um movimento brando, sem maiores marcas.

Para muitos, esse foi o significado de sua posse em 15/04/1964, após rápida eleição indireta, que o confirmou no cargo com 361 votos contra 72 corajosas abstenções.

Os que temiam a “ameaça comunista” de Jango, construíram castelos de esperanças num Brasil depurado, retomando o caminho da democracia em breve. Afinal, o marechal assumia, para concluir o mandado de João Goulart que se concluiria em 31 de janeiro de 1966. Por que não acreditar até mesmo nas eleições presidenciais previstas para 03 de outubro de 1965?

Quando será que os castelos começaram a ruir?

Terá sido apenas em 22 de julho daquele mesmo ano, apenas 3 meses depois da posse, quando a Emenda Constitucional nº 09 prorrogou os mandatos do Presidente até 15/03/1967?

Ou quando foram abolidos todos os 13 partidos políticos existentes no Brasil, através do Ato Institucional número 2 (AI-2)?

Talvez, os alicerces tenham balançado em outubro de 1966, quando o Congresso foi fechado, para reabrir em 1967 e extraordinariamente aprovar a nova Constituição brasileira, proposta por decreto (Decreto-Lei 200). Essa mesma Constituição forjada que entraria em vigor no dia da posse do seu sucessor Costa e Silva, em 15 de março de 1967.

Castelo Branco sonhou fazer seu sucessor na figura do General Ernesto Geisel, companheiro no pensamento do “movimento curto”. Porém, não conseguiu se sentir forte o suficiente para fazê-lo. Temeu por um rompimento interno das Forças Armadas. Sucumbiu diante do blefe da Linha Dura de um possível confronto sangrento e acabou deixando o cargo para Artur da Costa e Silva, digno representante da Linha Dura, que, como sabemos, patrocinaria o horror em forma de AI-5, em dezembro de 1968.

Onde o castelo contruído de ilusões se desfez sob os fortes ventos dos tacões dos tempos da Guerra Suja?

Quem sabe?

Sabemos apenas que o velho Marechal morreria, logo após deixar o poder, em um acidente aéreo, mal explicado nos inquéritos militares, ocorrido em 18 de julho de 1967. Um caça T-33 da FAB atingiu a cauda do Piper Aztec PA 23, no qual Castelo Branco viajava, fazendo com que o PA-23 caísse deixando apenas um sobrevivente.

As ilusões não sobrevivem a crueza da realidade de seu tempo, e se é verdade que o hábito faz o monge, no caso de Castelo Branco, a farda fez o Ditador.

domingo, 15 de maio de 2011

O CASO DO COFRE DO ADEMAR 02

Ademar de Barros, governador cassado pela Ditadura Militar brasileira, exilado em Paris, foi operado, em janeiro de 1969, de hérnia e litíase. Tentou ainda uma cura milagrosa no Santuário de Lurdes, que não se concretizou. Morreu, em Paris, em 12 de março de 1969, aos 68 anos de idade. Seu corpo foi transladado para o Brasil e enterrado no Cemitério da Consolação, na região central da capital paulista, em 16 de março daquele ano.

A morte do político causou constrangimentos à família durante o enterro, envolvendo sua amante Ana Gimol Capriglione.

A amante, na época que o falecido era governador, era conhecida pelos amigos e funcionários do Palácio do Governo, pelo codinome de "Doutor Rui". Quando o "Doutor Rui" telefonava, era preciso passar imediatamente ao governador, pois todos sabiam da importância da amante.

Durante a cerimônia fúnebre, Ana Capriglione, que fora quem cuidara do translado do corpo de Paris para o Brasil, fez questão de velar o morto até o fim, causando desconforto à viúva, Leonor Mendes de Barros, e aos filhos. O impasse foi resolvido quando se chegou ao acordo inusitado de que as duas mulheres dividiriam o tempo no velório. Ana Capriglione permaneceria até o início da madrugada e, em seguida, cederia à família. O trajeto final até o cemitério foi feito pela família do morto.

Quatro meses depois da morte de Adhemar de Barros, um novo e definitivo escândalo histórico envolveria o seu nome. Escândalo que ficaria conhecido como “o Caso do Cofre do Adhemar”.

Por detrás da lenda da caixinha do Adhemar, havia a certeza das suas negociatas obscuras e do hábito do velho político guardar o resultado delas em dinheiro vivo. Mas onde estaria o dinheiro? Comentava-se que estava espalhado por vários cofres.

No dia 18 de julho de 1969, numa ação promovida pelo Grupo Guerrilheiro VAR-Palmares (fruto da fusão da VPR com o Colina), o cofre da casa do Dr. Rui, ou, Ana Capriglione, que vivia em uma luxuosa mansão do bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, foi tomado pela guerilha e levado inteiro numa Veraneio C-14.

Num movimento espetacular de apenas 28 minutos, e supostamente planejado pela guerilheira Estela (Dilma Roussef), os guerrilheiros puseram as mãos em 2,5 milhões de dólares, que iria financiar outros atos de guerrilha, em sua Guerra Urbana contra o estado fascista.

Ana Capriglione, para safar-se de um inquérito aberto e ter que explicar a origem do dinheiro, assim como revelar seu montante, manteve a versão de que o cofre levado da sua casa estava vazio, que tudo não passara de um grande equívoco dos guerrilheiros.

Não podemos saber qual foi a última lembrança do velho lobo Ademar de Barros, em seu último sopro de vida, em Paris.

Mas, com certeza, ele, um fanático anticomunista jamais poderia imaginar, antes de cerrar os olhos, pela última vez, que seu dinheiro acabaria financiando a resistência comunista e as guerrilhas contra a ditadura militar no Brasil.



Você pode ler mais e saber mais detalhes lendo
"Memórias tortuosas da luta contra a ditadura", copyright Jornal do Brasil, 20/03/04
"Uma tempestade como a sua memória, Martha Vianna, Record, 182 páginas, R$ 25,00