quinta-feira, 3 de março de 2016

MAD MAX: A ESTRADA DA FÚRIA É NO BRASIL

Brasil, em algum momento do futuro.

Olhos perdidos no nada buscam entender seu tempo.

Nosso herói sobreviveu a ultima epidemia provocada por mosquitos, que matou toda sua família.

Milhões de outras pessoas morreram já que não tinham dinheiro para pagar hospitais nem planos privados de saúde.

O SUS existiu mesmo um dia ou era uma lenda?

Esgotado, na saída do hospital privado e pago, procura lembrar como tudo começou.

Sim, pensa nosso heróis, foi na grande vitória dos coxinhas.

Agora lembrava bem...

Depois de uma enorme farsa montada pela mídia em parceria com a ala asiática da Polícia federal e membros do judiciário, a presidenta foi afastada.

Seu vice ficou de mau e nada fez para ajuda-la.

Pobre Presidenta, tão tolinha, acreditava em democracia.

Seu substituto natural e ex-presidente, foi atado a uma teia de acusações que inviabilizaram sua candidatura.

Não importava se acusações tivessem fundamento. Podiam ser míseros pedalinhos, tudo era usado para desvirtuar a candidatura dele.

Ao mesmo tempo desviava-se a atenção de milhões e milhões roubados pelos amigos da mídia e das companhias americanas.

Oh God! Como fomos tão cegos!

No poder, o tirânico ex-presidente do congresso deu o golpe final na democracia, e se declarou imperador, Coxinha I enquanto a primeira dama recebia o título de sobrecoxa.

O pré-sal foi entregue por alguns pilas (a moeda gaúcha foi adotada como moeda nacional) e a Petrobras trocada por um posto de gasolina da Shell em Caxias.

Os bancos da Suíça receberam dupla cidadania.

Numa festa apresentada por Fábio Júnior e Regina Duarte com músicas de Lobão, transmitida ao vivo pela maior rede de televisão e de audiência obrigatória pela nova ditadura, um ex-sociólogo recebeu o título de príncipe de acordo com sua insaciável vaidade.

O tucano virou a ave nacional e por determinação do Coxinha Supremo todos tiveram que colocar um globo na manga de suas camisas.

As saudações “Eil” usada pelos nazistas ou “anauê” pelos integralistas foram substituídas por “plim-plim” quando coxinhas se encontravam ou saudavam seus líderes

Sim, nosso herói lembrava bem...

Lembrava das festas do 4 de julho que substituíram o 7 de setembro e eram comemoradas com marcha dos estudantes pelas ruas do Brasil.

Lembrava dos campos de reeducação no interior do Araguaia onde a juventude aprendia inglês e era forçada a frequentar cursos intitulados de “revoltados on line” e “vem pra rua” onde sofriam lavagem cerebral e viravam umas bestas.

Shits! Quanto horror!

Ele nem sabia o que era pior...

Seria, talvez, os mandamentos da NIB (Nova Igreja Brasileira) que pregava que lésbicas, gays, índios e negros iriam para o inferno e o estado deveria dar um empurrãozinho?

Ou os discursos dos Bolssonaristas, membros de uma poderosa organização que pretendia enviar para campos de concentração e extermínio todos aqueles que fossem de esquerda ou tivessem um petista em sua árvore genealógica?

Nosso herói não sabia, mas uma coisa ele tinha certeza... aquilo tudo havia sido apenas o começo da grande tragédia que se abateu sobre os brasileiros, mas agora, chegara a hora de virar o jogo.



(continua)


Prof. Péricles

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