sábado, 21 de dezembro de 2013

FAUNA URBANA



Tratado biológico emitido por ETs sobre a Fauna Brasileira:


A fauna urbana brasileira é extremamente rica e diversificada.

Animal noturno urbano, pré-histórico e que sobrevive ainda nos tempos modernos, como o tatu e as formigas, as “garotas de programa”, são numerosas e coloridas, e povoam as ruas brasileiras como suas ancestrais. Os bons cidadãos procedem com “As garotas de programa” de forma similar ao proceder com as baratas, ou seja, todos sabem que elas existem, mas fingem que não existem e esperam que se escondam nas sombras para manter as aparências.

Há o “motorista sou braço”, tipo que se reproduz através do caldo de cultura que criou a imagem imbecil simbolizada no “braço”, isso é, motorista bom é o que acelera mais, ultrapassa em qualquer circunstância e pratica todo ato de imprudência e nunca se considera errado apesar de fazer tudo que é proibido. Para o “motorista sou braço” dirigir bem é burlar a lei de trânsito sem ser multado e ludibriar a fiscalização. Adora criticar os políticos corruptos e reclamar da falta de segurança ao bom cidadão.

Uma variação muito comum do “motorista sou braço” é o “motorista bebum” espécime que adora dizer que dirige melhor depois que bebe e se acha inteligente por sobreviver aos acidentes que provoca. É um tipo ignorante que se torna predador de milhares de vidas inocentes todos os anos e continua a se reproduzir apesar de todas as campanhas de trânsito.

Temos o gênero “abandonados” seres nômades e seminômades, agrupados em múltiplas espécimes: “esquizofrênicus”, “seniles” e “chapadus”, sendo que esse último tipo, o “chapadus” inclui-se as subespécies “adultos” consumidores de álcool e menores, mais ligados ao crack e outros tipos de inalantes.

A população de alguns espécimes dessa fauna diminuiu em número, como o “batedor de carteira” e o “bicheiros” que, cederam espaço no ecossistema urbano ao “larápio à luz do dia”, criatura perigosa que não se preocupa em furtar, como antigamente, mas age a descoberto e a mão armada e o “traficantes” gênero de parasita que sobrevive graças a abundância de hospedeiros que o procuram diariamente.

A fauna urbana brasileira é riquíssima, e, ao contrário da fauna das matas, não corre qualquer perigo de extinção. Isso porque, segundo nossas pesquisas, não há perigo de que se acabe sua forma essencial de multiplicação que é a desigualdade, a exclusão, a desesperança, a solidão, a marginalização e, seu oxigênio, a falta de educação para a vida. Observamos ainda que sua principal fonte de alimentos, o preconceito, o conservadorismo e a falsa-moral possuem, no país, uma fonte, aparentemente, inesgotável, com o que, podemos concluir que sua sobrevivência está solidamente assegurada.

Prof. Péricles

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