sábado, 10 de junho de 2017

CRONOLOGIA DE SLOGANS COXINHAS


De certa forma o “Minha Bandeira não será Vermelha” tem um certo charme se considerarmos que o anticomunismo costuma ser daltônico, mas a sequência cronológica da chamada dos conservadores revela uma enorme falta de prática política além de enorme mal gosto acompanhado de erros contumazes. Senão, vejamos:


Primeiro o brado era “Não Vai ter Copa”, numa antipatriótica manifestação de boicote a um evento internacional e à imagem do Brasil. Mas, teve Copa e, excluindo-se nossa tristeza futebolística contra a Alemanha, o evento foi um sucesso.


Depois das eleições democráticas de 2014 e da quarta derrota seguida eles lançaram o “A Culpa não é minha, eu votei no Aécio”. Atualmente alguns vultos são vistos retirando fotos ao lado do senador derrotado por Dilma Rousseff e envergonhados por sua confissão de babaquice.


Em seguida ouviu-se um primor de ingenuidade, “Primeiro a gente tira a Dilma, depois tira o resto”, como se realmente tivessem algum poder além daquilo que a mídia lhes permitia crer.


Nos momentos mais quentes do golpe, quando era mais evidente que todo o movimento começara porque a presidente se recusara a inocentar o Presidente da Câmera, houve o lançamento do “Somos Todos Cunha”, uma peça que ficará marcada para sempre no anedotário nacional.


Demonstrando poderes de clarividência, nos dias finais do golpe ouviu-se o “Tchau Querida”, acredita-se que em referência ao que aconteceria com suas aposentadorias.


Inaugurando o novo momento e inspirados em seu presidente os coxinhas largaram o “Não pense em crise, trabalhe” que lembra um pouco o “ame-o ou deixe-o do golpe anterior e o meigo “bela, recatada e do lar” que não merece comentários.


Mas, com seu castelo de areia desmoronando todos os dias já que a verdade em sua teimosia sempre aparece, o jeito foi apelar para o “Cunha na Cadeia”, ele mesmo, aquele do “Somos todos Cunha”. Nunca, na história desse país, foi pedida a cabeça de um ídolo de forma tão ligeira. Um verdadeiro Recorde.


Meio sem jeito também se ouviu o “Não tenho bandido de estimação” que deve ser algum tipo de desculpas pelo “Cunha é corrupto, mas é nosso”.


Tipo o mito das meninas da beira de cais (com todo respeito as meninas) os coxinhas mudavam de senhor e um novo veio ocupar espaço no “Somos Todos Moro” que deveria substituir o “Somos todos idiotas” que ficaria bem mais real para tudo o que estava acontecendo.


A cronologia dos gritos de guerra dos conservadores, de certa forma demonstra, por si só, o conjunto de erros de avaliação de seu movimento e de seus objetivos, além, claro, de seus líderes.


Boa parcela da população lembrará um dia sua participação no golpe de 2016. Os cânticos e chamadas farão parte dessa memória e cada um poderá julgar de que lado estava e qual era seu papel.


O bater de panelas e os slogans caricatos entrarão para a história brasileira como um dos momentos mais bizarros que um povo manipulado já foi capaz de criar.


Que o digam os paraguaios com o seu “não somos brasileiros”.



Prof. Péricles

Um comentário:

Antônio Carlos disse...

Essa frase "SOMOS TODOS CUNHA" vai entrar para a história como o simbolo da ignorância do povo brasileiro. Contra o PT e Lula vale qualquer coisa, até votar no Cunha, dá pra acreditar????