quinta-feira, 22 de março de 2012

NÃO É REVANCHISMO

O que os militares dessa geração pós golpe 1964 precisam enxergar é que
não há revanchismo nos trabalhos da Comissão da Verdade, nas denúncias
de tortura, assassinatos e nas várias ações para que a História de um
período brutal seja conhecida por todos os brasileiros.

Houve um golpe de estado em 1964, foi organizado e comandado por
potência estrangeira através de dois agentes, o embaixador Lincoln
Gordon e o general Vernon Walthers, contra um governo legítimo, dentro
de um processo maior, a guerra-fria. A máxima de Nixon “para onde se
inclinar o Brasil se inclinará a América Latina” foi dita anos depois,
mas não passou de uma constatação da realidade daquela época. E tanto é
assim que golpes semelhantes foram desfechados em países desta parte do
mundo, alguns, com níveis de estupidez absolutos. Caso da Argentina e do
Chile.

A ação dos governos gerados pelos golpes foi de caça pura e simples dos
adversários, inclusive e grande número de militares comprometidos com o
seu país. A forma de agir em momento algum fugiu do comando externo. O
que foi a Operação Condor? Uma aliança de governos golpistas do chamado
Cone Sul para promover o assassinato de líderes oposicionistas exilados
em qualquer parte do mundo. Orlando Letelier, ex-chanceler do governo de
Salvador Allende, foi morto em New York, onde ocupava um cargo de
funcionário nas Nações Unidas.

Os chamados projetos nacionais, ou seja, de busca do crescimento
econômico para esses países circunscreveram-se ao permitido por
Washington e às políticas de dominação impostas pelos EUA. Nada além
disso.

Deixar de lado as atrocidades cometidas por militares como Curió (ficou
milionário achacando garimpeiros em Serra Pelada), Brilhante Ulstra e
outros tantos é macular a história das forças armadas brasileiras e
transformá-las, hoje, em cúmplices de um tempo sombrio, cruel e
antinacional.

Puro espírito de corpo sem sentido e sem razão de ser, pois acaba sendo
mancha. Inserir as forças armadas no processo de construção democrática e
popular do Brasil, isso sim, dá um desenho claro das obrigações de
garantir a soberania nacional e a integridade de nosso território.

Ou os militares da nova geração entendem que os golpistas de 1964,
notadamente os torturadores, os assassinos, os estupradores, são
criminosos e praticaram crimes imprescritíveis – já denunciados por
organizações internacionais -, ou essa mancha vai atravancar o
cumprimento do real papel de uma força armada nacional. Têm que
responder pelos seus crimes. Esses enxovalham inclusive as forças
armadas através do falso patriotismo, aquele que Samuel Johnson chama de
“último refúgio dos canalhas”. Foi a estupidez dita por um general num
programa de televisão que “tortura existe em qualquer época, até hoje”.

Nesta semana a jornalista Hildegard Angel enviou uma carta a um ato de
homenagem às vítimas da ditadura militar onde fala de justiça. Sua mãe
Zuzu Angel foi morta pela ditadura ao buscar o paradeiro de seu filho
Stuart Angel, também executado pela ditadura. O prestígio internacional
de Zuzu e a mobilização que promovia, estavam incomodando e trazendo
transtornos a um regime que usou o pretexto de restaurar “a ordem e a
democracia”, para derrubar um governo legítimo.

Um documento comovente e repleto de sensatez.


Laerte Braga

terça-feira, 20 de março de 2012

CARTA DE HILDEGARD ANGEL



Dia Internacional da Mulher
Prezadas pessoas aqui presentes,

(...)
Este ano serão, no dia 14 de abril, 36 anos de seu assassinato pela ditadura, crime comprovado em 1998 pelo Governo Brasileiro. Além das inúmeras e comoventes homenagens, esta foi a única resposta oficial que tivemos até hoje: a confirmação do que todos já suspeitávamos, de que a morte de minha mãe foi provocada. Mas... é muito pouco, vocês não acham?

Quem são esses indivíduos sem rosto, sem nome, sem coração e sem alma, que urdiram nas sombras a cilada que empreenderiam, na madrugada, contra a mulher corajosa e solitária, que guiava seu Karman Ghia com a mala do carro lotada com exemplares do livro do historiador Helio Silva, que trazia transcrita a carta de Alex Polari D'Alverga, testemunhando em detalhes a tortura, a morte, o suplício de meu irmão Stuart?

Os livros não eram encontrados nas livrarias e, com receio de que o que restava da edição fosse apreendido, ela adquiriu o que pôde e saiu distribuindo a quem encontrasse o documento sobre o martírio de seu filho, as atrocidades cometidas contra ele.

Eram os pedaços de seu "Tuti" que ela entregava, com uma dedicatória emocionada, às pessoas de seu querer bem. E também àquelas que sequer conhecia. Era sua forma de panfletar a sua História, a nossa História brasileira, a sua e a nossa Dor. Dor de ontem e dor de sempre, que ainda me oprime a alma e se reflete nas minhas juntas, impedindo-me de estar hoje aqui.

Em seu discurso comovente no palco do Teatro Casa Grande, na véspera do segundo turno, a então candidata Dilma Rousseff, com uma ênfase e uma emoção que superou todos os seus pronunciamentos de campanha, disse: "Nenhum país desenvolvido respeita país que não olha pelos seus pobres, nenhum!". Pois eu peço licença à nossa presidenta para acrescentar: "... e nenhum país desenvolvido, nenhum, respeita país que não olha pela sua História!".

Chega, estou cansada. Já houve tempo demais para rever esse passado horroroso, esclarecê-lo, lavar as feridas, conferir responsabilidades, punir culpados, sim! E até agora, nada!

(...)
A rua em que nasceu minha mãe, em sua Curvelo, passou a ter seu nome no mesmo mês de sua morte em 1976. Tive o prazer e a tristeza de ir inaugurá-la. Alguns anos depois, na mesma década, Zuzu virou rua em Belo Horizonte. Eu havia convidado um amigo de minha mãe, deputado cassado José Aparecido de Oliveira, e um amigo da família, o político também cassado Dalton Canabrava, para discursarem pelos Angel. Com esse gesto, pretendia dar voz a quem não a tinha naquele período militar, num evento oficial.

No dia da inauguração, houve um grande temporal. O bairro Mangabeiras ainda era novo e a rua sem asfalto. A solenidade precisou ser no salão da Prefeitura. E pela primeira vez, desde a "fechadura", aquela casa se abriu para ouvir os políticos da oposição falarem...

Vieram muitas outras homenagens sucessivas à minha mãe, inúmeras, incontáveis, mesmo naqueles nebulosos anos 70 e, depois, nos 80. Para tanto, era usado o eufemismo da "grande costureira". Ninguém se referia à "grande mãe". Ninguém falava o subtexto. Mas todos pensavam. Todos sabiam. Bastava isso.

Com o passar dos anos e das homenagens, Zuzu, perdoem-me o humor torto, tornou-se uma espécie de "Elvis" brasileiro: não morreu. Hoje, há quem me chame de Zuzu. Há também quem ingenuamente me pergunte se eu sou a mãe da Zuzu Angel.

Ela dá nome a escolas, creches, centros comunitários, oficinas de costura, tem um Instituto que a celebra e batiza um dos mais importantes túneis do Rio de Janeiro, que liga a Zona Sul à Barra da Tijuca, em cuja saída há um belo monumento, a figura de uma mulher forte, com o punho cerrado cortando o vento, representando Zuzu e sua luta.

(...)
... Tudo isso me dá a certeza, o alento e o conforto: se não for pelas vias da Política e das leis, não se preocupem. A Justiça imperiosa será e já está sendo feita, contada e escrita, através de nossos artistas. A Cultura brasileira está dando conta do recado de, como eu disse no início desta mensagem comprida, "olhar pela nossa História".

Muito obrigada.

Hildegard Angel
De: Rede Castorphoto

domingo, 18 de março de 2012

EU A MATEI, FOI INCRÍVEL

Lembra como fez?

- Claro, eu a esfaqueei e depois cortei a garganta... foi incrível.

Mas, afinal de contas, por que você a matou?

- Porque eu queria saber qual a sensação. O que eu sentiria matando, entende?

E...

- A experiência de matar é muito agradável. Logo que passa a sensação de “oh meu Deus, eu não posso fazer isso” se sente um prazer enorme.

O que fez depois?

- Pensei “agora estou tipo nervosa e tremendo, tenho que me acalmar. Tenho que ir para a igreja agora (risos, muitos risos)




A adolescente norte-americana Alyssa Bustamante, de 18 anos (15 na época do crime), que confessou ter matado a vizinha de 9 anos foi condenada nesta quarta-feira (7 de março) à prisão perpétua nos Estados Unidos. O crime aconteceu na cidade de Jefferson City, no estado do Missouri, em outubro de 2009.

Os advogados de Bustamante alegaram que a adolescente sofria de depressão há anos e que o uso do antidepressivo Prozac a deixou mais propensa à violência. Eles ainda alegaram que ela teria tentado suicídio por overdose de analgésicos. No entanto, os promotores afirmaram que Bustamente teria premeditado o crime, já que ela cavou duas sepulturas com vários dias de antecedência. A jovem enterrou o corpo de Elizabeth em uma cova rasa, sob um monte de folhas em uma floresta perto do seu bairro.

Momentos antes da sentença ser decretada, Bustamante levantou-se da cadeira e virou-se para a família de Elizabeth. "Eu sei que palavras nunca vão ser suficientes e nunca vão conseguir descrever exatamente quanto me sinto horrível por tudo isso", disse a adolescente diante dos pais e irmãos de Elizabeth. "Se eu pudesse dar minha vida para ter ela de volta, eu daria. Desculpa", completou.

A mãe da vítima, Patty Preiss, que no primeiro dia de julgamento classificou Bustamante de "monstro", ouviu o pedido de desculpas em silêncio.



Casos como esses, deveriam levar a humanidade a uma pausa para meditação: afinal de contas, que tipo de sociedade criamos? Que tipo de consciências estamos formando?

Somos hoje 7 bilhões de pessoas no mundo. Nunca teve tanta gente habitando o planeta, mas nunca, se sofreu tanto de solidão.

Se as estatísticas indicam que 10% da população (algo em torno de 700 milhões ou 4 brasis) desenvolvem dependência química e buscam nas drogas o prazer que lhes falta na alma, e se mais de 20% sofre de depressão crônica, algo, definitivamente, está errado no mundo que criamos.

Desde a Revolução industrial a quase trezentos anos, a produção de bens não pára de crescer. Somos seres consumidores. Consumimos tudo, até, e principalmente, o desnecessário, de tal forma que criamos do nada, novas necessidades, a todo instante e frustrações quando essas necessidades não são saciadas. .

Somos capazes de ir a Marte, realizar transplantes e criar computadores. Mas ainda somos incapazes de ouvir a dor de uma criança se ela nos for desconhecida.

O caso de uma adolescente que mata uma criança menor apenas para saciar a curiosidade do que sentiria ao matar, é um crime de todos nós.


Prof. Péricles


quarta-feira, 14 de março de 2012

NÃO MEXA COM A DILMA

A revista americana “Newsweek” chega às bancas esta semana com a presidente Dilma Rousseff na capa. Uma foto de Dilma ilustra a reportagem de capa, intitulada “Onde as mulheres estão vencendo”. A edição americana da revista diz que Dilma “está na área” e ressalta que a presidente será a primeira mulher a abrir a Assembléia Geral da ONU, em Nova York, na quarta-feira. Na edição internacional, a “Newsweek” chama a presidente de “Dilma Dinamite”.

Na entrevista à “Newsweek”, Dilma falou sobre Brasil, economia mundial, pobreza e corrupção. Fez questão de exaltar a solidez da economia brasileira e a capacidade do país de combater uma crise mundial. “Sabemos que não somos uma ilha. A Grécia não pode pagar seu socorro. A Espanha está em apuros, assim como a Itália. Os EUA não estão crescendo. Isso tem um impacto negativo nos resto do mundo”, disse a presidente. “Você sabe a diferença entre o Brasil e o resto do mundo? Temos todos os instrumentos intactos para combater o crescimento lento ou mesmo a estagnação da economia mundial”. Segundo ela, “ainda podemos cortar juros”.

“Somos uma grande economia, rica em recursos e com um mercado interno enorme”, continua Dilma. “Graças às nossas políticas sociais, tiramos 40 milhões de pessoas da pobreza e as colocamos na classe média desde 2003. É o equivalente a uma Argentina. A demanda doméstica ficou tão reprimida por tanto tempo que temos um imenso potencial de crescimento. Temos um boom da construção, mas não uma bolha. Esse mercado interno nos permitirá acelerar o crescimento”.

Dilma afirmou ainda que é preciso profissionalizar e reformar o serviço público, “promovendo as pessoas com base no mérito”.

Dentro do especial das mulheres, a reportagem-perfil sobre a presidente (“Não mexa com a Dilma”), que tratou de seu governo e de sua trajetória pessoal, começa com uma história da corrida eleitoral. Entrevistada pela “Newsweek” em Brasília, Dilma contou que foi abordada por uma menina, curiosamente chamada Vitória, em um aeroporto, e ela lhe perguntou: “Uma mulher pode ser presidente”? E Dilma respondeu que sim.

A presidente contou que, quando era criança, queria ser bailarina ou bombeira, e acredita que a pergunta da menina mostra sinais de progresso. A revista diz que um terço do gabinete de Dilma é de mulheres. E lembra que 20 mulheres comandam Estados hoje, sendo quatro das Américas - além de Dilma, há Cristina Kirchner (Argentina), Laura Chinchilla (Costa Rica) e Kamla Persad-Bissessar (Trinidad e Tobago).

A revista publicou elogios dos empresariados. O empresário Eike Batista disse que Dilma gosta de eficiência: “Trabalhar é seu hobby”. O publicitário Nizan Guanaes acredita: “O país sente que há alguém no comando”. E disse que “nosso homem do ano é uma mulher”.

Segundo a reportagem, Dilma se levanta cedo para caminhar nos jardins do Alvorada, devora um resumo das notícias em seu iPad e está em seu escritório às 9h15, onde fica até as 21h. Para a “Newsweek”, a presidente, embora não perca a chance de enaltecer seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, não é a inocente política que os rivais pintavam.

Dilma disse à revista que nunca usou armas na militância - embora fosse boa em limpá-las - porque era muito míope para atirar. A “Newsweek” contou em detalhes a trajetória revolucionária da presidente, sua prisão e a tortura a que foi submetida.

segunda-feira, 12 de março de 2012

CUBA - VOCÊ SABIA (2)

Ainda com o intuito de trazer fatos e dados ignorados pela mídia oficial, listamos abaixo outras informações, que também poderiam intitular de “CUBA - VOCÊ SABIA (2)?”

1) Mais de 8 milhões de cubanos participaram da discussão do Projeto de Diretrizes para a Política Econômica e Social do Partido e da Revolução, debate prévio ao 6º Congresso do Partido Comunista de Cuba.

2) Foram registrados mais de 3 milhões de intervenções populares.

3) O governo cubano destinará, em subsídios, mais de 800 milhões de pesos para pessoas de baixa renda, como parte da Lei do Orçamento para 2012.

4) No orçamento de 2012, serão alocados 400 milhões de pesos para proteger as pessoas em situação financeira crítica, incluindo pessoas com deficiências e consideradas disponíveis no processo de reestruturação do trabalho.

5) Produto Interno Bruto cresceu 2,7% em 2011.

6) Mais de 357 mil cubanos exercem o trabalho por conta própria.

7) Mais de 2,5 milhões de turistas visitaram a Cuba em 2011.

8) Foram produzidos 4 milhões de toneladas de petróleo e gás em 2011.

9) A taxa de mortalidade infantil em Cuba é inferior a 5 por mil nascidos vivos.

10) A expectativa de vida é de 78 anos.

11) 186 países condenaram os EUA pelo bloqueio genocida contra Cuba, durante a Assembléia Geral da ONU, em outubro passado.

12) Cuba ficou em segundo lugar nos Jogos Pan-Americanos Guadalajara, com 58 medalhas de ouro.

13) O Conselho de Estado da República de Cuba concordou em indultar mais de 2.900 presos.

14) Cuba ocupa a 51ª posição, no Relatório de Desenvolvimento Humano da ONU, com um alto desenvolvimento humano.

15) Em 14 de dezembro marcou o primeiro aniversário da primeira rede social de conteúdo digital cubano, EcuRed, com cerca de 80 mil artigos e verbetes.

16) Mais de 40 mil cubanos estão em missões de solidariedade por mais de 70 países.

17) Mais de 3 milhões de pessoas foram alfabetizados pelo método “Yo, si puedo”, depois de ser aplicado em quase três dezenas de países ao redor do mundo.

18) Com o início do ano letivo 2011–2012, em 5 de setembro, abriram suas portas mais de 60 universidades na Ilha, com cerca de 500 mil alunos matriculados.

quinta-feira, 8 de março de 2012

MULHERES GUERREIRAS

Viva as Mulheres Palestinas, Guerrilheiras, de Atenas, do Brasil... A Luta Continua.

Porque Somos Todas Mulheres: Capixabas, Brasileiras, bolivarianas, Palestinas. Mulheres de Atenas e antenadas...

Para comemorar a data convido a todas para serem mulheres palestinas, dentre tantas mulheres reúne a todas numa só luta. LIBERDADE ao nosso povo, JUSTIÇA a nossos tombados, Unidade na nossa luta, futuro a nossos filhos.

Nesta mulher, saudemos as Pagus, as Quitérias, Asa Joanas, as rosas de Hiroshima, as Marias cheias de Graça e força. As Maria Bethania, as Veras e Sandras, as Genaro, as Adrianas, Cassias. A querida Zezé de Machado, Alciones e Alcioneia Santiago Simplício, enfim... a todas as mulheres que lutam sem deixar de serem mulheres , mães, sindicalista, Guerrilheiras. As hermanas da Farcs e as conselheiras...
A minha mãe guerrilheira, militante, presa política como tantas outras rotuladas pelo sistema. E principalmente a tantos companheiros (impossível escrevê-los todos aqui) que nos fizeram fortalecidas se colocando junto a todas nós, seja em casa, no trabalho ou nas lutas.
Toquemos a luta Caminhemos Somos todas palestinas.

As Renatas e Ciças e Julis e Moemas, as Simones, Sabrinas, Izabelas.... porque família é a base de qualquer luta..

Laerte Henrique, Fortes Braga, Celso Furtado consideraram a Revolução Feminista como a mais importante do século XX. O papel revolucionário da mulher é fundamental ao processo de construção do socialismo e suas etapas seguintes. Uma das ações predatórias do capitalismo é tentar transformar a mulher em objeto,
vendendo bijuterias como sendo direitos legítimos e o faz através da mídia. O Dia Internacional da Mulher é um registro do significado desse ser mágico. Todos os dias são dias de mulheres e homens, iguais e plenos, numa luta sem tréguas contra preconceitos, violência (que se manifesta de várias formas) e barbárie.
Há um caminho grande a percorrer a despeito do que alcançaram as mulheres. E um
deles, com certeza, é viver a vida como protagonistas da História.

Conheço muitas assim, lá em cima, cá embaixo e na verdade mais que homenagear a data, ou citá-la, registro a indispensável presença das mulheres na caminhada de todos nós, para além dos lugares comuns, mas à frente, como muitas o fizeram e muitas o fazem.
Rosa de Luxemburgo, Olga Benário e até a lenda/verdade de Lady Godiva, que em plena Idade Média desafiou seu "senhor", afirmando-se como ser humano, logo, na
vocação da luta, do sacrifício, mas também e principalmente da afirmação do ser mulher.

E Claro as Guerrilheiras de todas as guerrilhas nas hermanas da FARC.


Fernanda Tardin