Mais uma vez nossa grande imprensa prefere o sensacionalismo, a demagogia e a emoção fácil.
Em vez de se debruçar sobre as causas da violência como produto da sociedade que criamos, de questionar o individualismo exacerbado, de refletir sobre os abusos dos mais fortes e "belos", contra os mais fracos e "feios" conforme os valores sociais que iniciam na infância, mas que se repetem ao longo da existência social, o que assistimos é o mais fácil e cômodo, ou seja, a exploração da lágrima fácil e da audiência segura e comovida. Fácil julgar a sociedade alheia que apedreja a mulher infiel, mas como é difícil olhar para o próprio umbigo.
Abaixo temos artigo do jornalista Luis Nassif.
Vamos refletir sobre tudo isso, sem medo de nos identificarmos entre suas linhas:
Luis Nassif, 09/04/2011
Folha de São Paulo
Assassino não atirou a esmo, dizem ex-colegas.
Para eles, atirador procurou em vítimas características específicas.
Amigos de colégio se reúnem e lembram como Wellington Oliveira era "zoado" pela turma da escola.
"A gente chorou pensando que Wellington matou as crianças em represália pelo que aconteceu quando estudávamos juntos", disse ontem à Folha o hoje assessor cultural Thiago Costa da Cruz, 23, que conviveu com ele na 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries na escola Tasso da Silveira, onde ocorreu o massacre.Um grupo de cinco amigos desde os tempos de colégio reuniu-se em um churrasquinho nas imediações da Tasso. Lembraram-se de como o garoto esquisito era "zoado" pela turma da escola, em especial pelas meninas.
"Estávamos na 7ª série, os hormônios a milhão, e uma das meninas mais malvadas, a C., ficou pegando no Wellington, se esfregando, e dizendo "vem cá". O Wellington entrou em pânico. Gritava "não", "não", "não", desesperado. Ele empurrava a C. e ela gritava cada vez mais alto que queria ficar com ele. Foi assustador", diz Thiago, espécie de porta-voz do grupo.
O ataque de C. contra Wellington causou surpresa, pois ela também era uma vítima da classe por estar longe de ser das meninas mais bonitas, e por ser gordinha. "Mas ela sabia que zoar com o Wellington era um jeito de ficar do mesmo lado dos bonitos e inteligentes da classe."
Ninguém gostava de Wellington, dizem os antigos colegas, a não ser Bruno, um menino fanho e de voz fina, com a cara do personagem cômico Mister Bean. Bruno era destroçado pelo meninos, que o chamavam de "bicha".
A dupla Wellington e Bruno era ridicularizada todo o tempo, inclusive com segredinhos que todos compartilhavam, menos eles. Para compensar, os dois fingiam possuir também segredos e maldades sobre a classe. Para evidenciá-los, soltavam gargalhadas fora de tempo e lugar. "Parecia coisa satânica, mas era só um jeito de se defenderem", diz Thiago.
O grupo dos cinco jovens debruçou-se sobre as notícias na internet. Mas desligaram o computador quando um dos amigos notou a semelhança física entre as vítimas e os antigos colegas. "A gente teve certeza de que ele não matou a esmo.
Wellington procurou em cada vítima uma característica pessoal das pessoas com quem ele teve uma rixa na escola. A L., que falava direto pra ele "Sai daí, seu feio", quando queria sentar em um lugar que ele estivesse ocupando, é idêntica a uma menina que ele matou. Outras meninas têm um olho, uma boca, um jeito que parecia muito com as meninas da nossa classe", afirma Thiago.
"Tinha um menino, que ele poupou, dizendo "Fica frio, gordinho, que eu não vou te matar". Pois bem, esse gordinho é a cara, cuspida e escarrada, do R., que mora aqui no beco. Era assim que toda a classe chamava o R., que de fato era gordinho."
"Nós temos certeza de que, quando subia aquelas escadas, ele viajava no tempo, até dez anos atrás, quando estudávamos juntos", afirma.
A cor das paredes ainda é a mesma, bege por cima e, embaixo, mostarda. O mesmo primeiro andar, a mesma 7ª série das piores chacotas. O mesmo turno matutino. "Nós que devíamos ter morrido.
Não era para ninguém ter pago por uma coisa que nós fizemos", diz, entre lágrimas, Thiago, ele mesmo discriminado nos tempos de escola por ser homossexual.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
sábado, 9 de abril de 2011
A NOSSA SUJA HISTÓRIA
Foi minha filha Julie quem me deu o tema para esta coluna, logo depois do
Almoço, quando falávamos das mentiras da Tepco no Japão, das tantas mortes
na Líbia e do futuro de Kadhafi. Ela ainda está traumatizada por ter ouvido de um primo, numa reunião familiar na última viagem ao Brasil, que a
ditadura militar tinha sido uma boa coisa para o País.
Terminando o curso colegial, tem estudado a História recente e me
surpreendeu, pois, enquanto tomávamos o café preto sem açúcar, fez um
simples mas profundo comentário:
"Veja só papai: na França, existem ruas, placas comemorativas com o nome
de Jean Moulin, herói da resistência à ocupação nazista. Quando estive em
Barcelona, vi que o povo espanhol não esquece dos que lutaram contra o
ditador Franco. Mas, no Brasil, ninguém fala nos anos da ditadura, minhas
primas nem sabem disso, é como se nunca tivesse acontecido. Mas foram vinte anos!"
Coincidentemente, tinha lido ontem, uma entrevista da jovem e brilhante
jornalista Ana Helena Tavares com um dos nossos heróis da resistência à
ditadura militar, Carlos Eugênio Paz, na qual ele fala nessa falha
histórica, pela qual nossos cinco ditadores são chamados de presidentes e
seus nomes são imortalizados em obras públicas.
É verdade, o Brasil está empurrando para debaixo do tapete sua suja
História, talvez por vergonha, mas principalmente porque muitos de seus
atores, que participaram do golpe e justificaram a ditadura, estão vivos e têm força suficiente, até no STF, para tentar apagar da memória da jovem
geração nossas páginas vergonhosas.
E minha filha citou como exemplo a experiência suíça. Durante anos, os
manuais escolares, os jornais, os políticos suíços esconderam o papel da
Suíça durante a Segunda Guerra, disfarçado sob o manto de uma pretensa
neutralidade. Porém, pressionado pelo peso da verdade, o governo foi
obrigado a criar uma Comissão histórica independente, composta também de
historiadores estrangeiros, presidida pelo suíço Jean François Bergier, para se revelar os anos ocultos.
E muita coisa dolorosa se soube, desde os judeus entregues aos nazistas
nas fronteiras, ficando seus bens retidos nos bancos suíços, à lavagem do
ouro roubado dos bancos centrais dos países ocupados pelos nazistas. Com
esse ouro lavado e trocado em dinheiro, os nazistas podiam importar
tungstênio e matérias primas da Espanha e Portugal para fabricar suas armas
de guerra. E, enfim, foi o próprio presidente suíço quem fez solenemente sua mea culpa.
Argentinos e espanhóis desenterram suas vergonhas e estremecem diante das
revelações de adoções por famílias de militares dos filhos das jovens
opositoras mortas sob a tortura. O exercício da memória é a única maneira de se restabelecer a honra de um país. O Chile teve também seu momento de
penitência, ao se revelarem oficialmente os crimes de Pinochet, velho
decadente fingindo-se de gagá, com seu passado de traição e assassinatos.
É verdade minha filha, o Brasil nunca poderá ser um país de respeito
enquanto não lavar a sujeira dos seus vinte anos de ditadura, enquanto não
soubermos os nomes dos torturadores e assassinos, alguns dos quais
sobreviveram ao retorno da democracia como políticos e parlamentares.
Enquanto os livros escolares não falarem de resistentes como Marighella,
Lamarca e de tantos outros que tornaram possível a democracia de hoje. Será
também preciso se retirar dos ditadores, desde Castelo Branco a Figueiredo,
passando por Médici, Costa e Silva e Geisel, a citação e referência de terem sido nossos presidentes.
É preciso se contar a verdade para as novas gerações estudiosas, que
terão vergonha se o Brasil for o único país do mundo a acobertar a vergonha
dos seus anos sujos de ditadura, de falta de liberdade, de torturas e
assassinatos. E nesse quadro, é muito normal surgirem declarações abjetas
como essas do deputado Bolsonaro, apoiadas pelo pessoal dos anos sujos. Declarações que nunca serão punidas.
Sobre o autor deste artigo Rui Martins
Jornalista, escritor, ex-CBN e ex-Estadão, exilado durante a ditadura, é
líder emigrante, ex-membro eleito no primeiro conselho de emigrantes junto
ao Itamaraty. Criou os movimentos Brasileirinhos Apátridas e Estado dos
Emigrantes, vive em Berna, na Suíça. Escreve para o Expresso, de Lisboa,
Correio do Brasil e agência BrPress.
Almoço, quando falávamos das mentiras da Tepco no Japão, das tantas mortes
na Líbia e do futuro de Kadhafi. Ela ainda está traumatizada por ter ouvido de um primo, numa reunião familiar na última viagem ao Brasil, que a
ditadura militar tinha sido uma boa coisa para o País.
Terminando o curso colegial, tem estudado a História recente e me
surpreendeu, pois, enquanto tomávamos o café preto sem açúcar, fez um
simples mas profundo comentário:
"Veja só papai: na França, existem ruas, placas comemorativas com o nome
de Jean Moulin, herói da resistência à ocupação nazista. Quando estive em
Barcelona, vi que o povo espanhol não esquece dos que lutaram contra o
ditador Franco. Mas, no Brasil, ninguém fala nos anos da ditadura, minhas
primas nem sabem disso, é como se nunca tivesse acontecido. Mas foram vinte anos!"
Coincidentemente, tinha lido ontem, uma entrevista da jovem e brilhante
jornalista Ana Helena Tavares com um dos nossos heróis da resistência à
ditadura militar, Carlos Eugênio Paz, na qual ele fala nessa falha
histórica, pela qual nossos cinco ditadores são chamados de presidentes e
seus nomes são imortalizados em obras públicas.
É verdade, o Brasil está empurrando para debaixo do tapete sua suja
História, talvez por vergonha, mas principalmente porque muitos de seus
atores, que participaram do golpe e justificaram a ditadura, estão vivos e têm força suficiente, até no STF, para tentar apagar da memória da jovem
geração nossas páginas vergonhosas.
E minha filha citou como exemplo a experiência suíça. Durante anos, os
manuais escolares, os jornais, os políticos suíços esconderam o papel da
Suíça durante a Segunda Guerra, disfarçado sob o manto de uma pretensa
neutralidade. Porém, pressionado pelo peso da verdade, o governo foi
obrigado a criar uma Comissão histórica independente, composta também de
historiadores estrangeiros, presidida pelo suíço Jean François Bergier, para se revelar os anos ocultos.
E muita coisa dolorosa se soube, desde os judeus entregues aos nazistas
nas fronteiras, ficando seus bens retidos nos bancos suíços, à lavagem do
ouro roubado dos bancos centrais dos países ocupados pelos nazistas. Com
esse ouro lavado e trocado em dinheiro, os nazistas podiam importar
tungstênio e matérias primas da Espanha e Portugal para fabricar suas armas
de guerra. E, enfim, foi o próprio presidente suíço quem fez solenemente sua mea culpa.
Argentinos e espanhóis desenterram suas vergonhas e estremecem diante das
revelações de adoções por famílias de militares dos filhos das jovens
opositoras mortas sob a tortura. O exercício da memória é a única maneira de se restabelecer a honra de um país. O Chile teve também seu momento de
penitência, ao se revelarem oficialmente os crimes de Pinochet, velho
decadente fingindo-se de gagá, com seu passado de traição e assassinatos.
É verdade minha filha, o Brasil nunca poderá ser um país de respeito
enquanto não lavar a sujeira dos seus vinte anos de ditadura, enquanto não
soubermos os nomes dos torturadores e assassinos, alguns dos quais
sobreviveram ao retorno da democracia como políticos e parlamentares.
Enquanto os livros escolares não falarem de resistentes como Marighella,
Lamarca e de tantos outros que tornaram possível a democracia de hoje. Será
também preciso se retirar dos ditadores, desde Castelo Branco a Figueiredo,
passando por Médici, Costa e Silva e Geisel, a citação e referência de terem sido nossos presidentes.
É preciso se contar a verdade para as novas gerações estudiosas, que
terão vergonha se o Brasil for o único país do mundo a acobertar a vergonha
dos seus anos sujos de ditadura, de falta de liberdade, de torturas e
assassinatos. E nesse quadro, é muito normal surgirem declarações abjetas
como essas do deputado Bolsonaro, apoiadas pelo pessoal dos anos sujos. Declarações que nunca serão punidas.
Sobre o autor deste artigo Rui Martins
Jornalista, escritor, ex-CBN e ex-Estadão, exilado durante a ditadura, é
líder emigrante, ex-membro eleito no primeiro conselho de emigrantes junto
ao Itamaraty. Criou os movimentos Brasileirinhos Apátridas e Estado dos
Emigrantes, vive em Berna, na Suíça. Escreve para o Expresso, de Lisboa,
Correio do Brasil e agência BrPress.
VICE-PRESIDENTE
O cargo de vice-presidente sempre foi muito questionado no Brasil.
Qual sua função? É realmente necessário? Estimula conspirações?
As opiniões se dividem.
Importante notar que sua existência (sempre submetida à Constituição) não é (como é nos Estados Unidos)uma convicção.
Durante o Estado Novo (1937-1945), ditadura de Getúlio Vargas,o cargo não existiu, visto que, não estava previsto na "Polaca" (a Constituição de 37).
Pela Constituição de 1946 sua eleição era independente da eleição de Presidente (o eleitor podia escolher um vice de um partido e um candidato a presidente de outro partido). Por isso tivemos nas eleições de 1960 o resultado, aparentemente incoerente do vice João Goulart, o Jango, pelo PTB e para Presidente Jânio Quadros candidato apoiado pela UDN. Naquele momento, dois partidos completamente opostos.
Como Jânio renunciou 8 meses após assumir, abriu a crise que levaria ao golpe de 1964, já que o vice Jango, era odiado pelos militares e pelos conservadores. Se o vice fosse do mesmo partido de Jânio, bem...a história poderia ser diferente.
Tivemos também o caso singular, que seria engraçado se não fosse triste, de Pedro Aleixo.
Para manter um disfarce de "democrática" a Ditadura designou o civil Pedro Aleixo vice do General Artur da Costa e Silva. Acreditavam que o cargo teria apenas efeito simbólico, já que vice "não mandava nada". Porém, Costa e Silva teve um derrame e teve que abandonar o poder. Meio sem jeito os miliatres tiveram que passar por cima de sua própria decisão. Pedro Aleixo jamais assumiu e uma Junta Militar passou a governar o país.
Na nossa enquete foi quetionado "Qual vice-presidente foi o mais importante para a história do Brasil?". Importante lembrar que não houve, de nossa parte, qualquer julgamento, e sim, apenas a vontade de conferir as preferências pessoais dos votantes. E o resultado foi:
1º lugar José de Alencar (vice nos dois mandatos de Lula de 2003 a 2010) recentemente falecido.
2º Lugar Itamar Franco (vice de Fernando Collor que terminou o mandato do presidente entre 1992 e 1994, após este ser impedido de continuar no cargo por corrupção. Itamar é o "pai" do Plano Cruzado, lançado em seu governo.
3º Lugar José Sarney, vice de Tancredo Neves, primeiro civil pós ditadura militar, que acabou governando no lugar do Presidente eleito indiretamente pelo Congresso e que morreu sem assumir as funções, de 1995 a 1999.
Café Filho, que assumiu após o suicídio de Getúlio Vargas em agosto/1954, não foi votado.
A todos os que participaram, nosso agradecimento e convite para que votem, assim como os outros, que não votaram, na próxima enquete.
Qual sua função? É realmente necessário? Estimula conspirações?
As opiniões se dividem.
Importante notar que sua existência (sempre submetida à Constituição) não é (como é nos Estados Unidos)uma convicção.
Durante o Estado Novo (1937-1945), ditadura de Getúlio Vargas,o cargo não existiu, visto que, não estava previsto na "Polaca" (a Constituição de 37).
Pela Constituição de 1946 sua eleição era independente da eleição de Presidente (o eleitor podia escolher um vice de um partido e um candidato a presidente de outro partido). Por isso tivemos nas eleições de 1960 o resultado, aparentemente incoerente do vice João Goulart, o Jango, pelo PTB e para Presidente Jânio Quadros candidato apoiado pela UDN. Naquele momento, dois partidos completamente opostos.
Como Jânio renunciou 8 meses após assumir, abriu a crise que levaria ao golpe de 1964, já que o vice Jango, era odiado pelos militares e pelos conservadores. Se o vice fosse do mesmo partido de Jânio, bem...a história poderia ser diferente.
Tivemos também o caso singular, que seria engraçado se não fosse triste, de Pedro Aleixo.
Para manter um disfarce de "democrática" a Ditadura designou o civil Pedro Aleixo vice do General Artur da Costa e Silva. Acreditavam que o cargo teria apenas efeito simbólico, já que vice "não mandava nada". Porém, Costa e Silva teve um derrame e teve que abandonar o poder. Meio sem jeito os miliatres tiveram que passar por cima de sua própria decisão. Pedro Aleixo jamais assumiu e uma Junta Militar passou a governar o país.
Na nossa enquete foi quetionado "Qual vice-presidente foi o mais importante para a história do Brasil?". Importante lembrar que não houve, de nossa parte, qualquer julgamento, e sim, apenas a vontade de conferir as preferências pessoais dos votantes. E o resultado foi:
1º lugar José de Alencar (vice nos dois mandatos de Lula de 2003 a 2010) recentemente falecido.
2º Lugar Itamar Franco (vice de Fernando Collor que terminou o mandato do presidente entre 1992 e 1994, após este ser impedido de continuar no cargo por corrupção. Itamar é o "pai" do Plano Cruzado, lançado em seu governo.
3º Lugar José Sarney, vice de Tancredo Neves, primeiro civil pós ditadura militar, que acabou governando no lugar do Presidente eleito indiretamente pelo Congresso e que morreu sem assumir as funções, de 1995 a 1999.
Café Filho, que assumiu após o suicídio de Getúlio Vargas em agosto/1954, não foi votado.
A todos os que participaram, nosso agradecimento e convite para que votem, assim como os outros, que não votaram, na próxima enquete.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
AMOR E REVOLUÇÃO 02
Pessoal, passados apenas 3 capítulos da novela, ainda é cedo para qualquer crítica mais embasada. Mas já podemos fazer algumas considerações.
Primeiro deixa eu corrigir um erro. A "Revolução" do título não é, como eu temia que fosse, referência incorreta sobre Golpe e a Ditadura que se seguiu. Na verdade a "Revolução" refere-se ao sonho daqueles que acharam possível resistir ao autoritarismo e fazer do limão uma limonada, dando origem a umanova sociedade. Portanto, fala dos guerrilheiros e da resistência.
A produção, claro, é bem inferior às produções plim-plim. Nem poderia ser diferente. A Globo tem poder financeiro pra contratar os melhores técnicos, os melhores equipamentos, o melhor iluminista, etc. Acho que devemos nos focar no enredo, esse sim, definidor da qualidade desse tipo de trabalho.
Os testemunhos e comentários que têm provocado muitas emoções, se darão sempre após cada capítulo. O pessoal da direita foi convidado, mas, pessoas como Jarbas Passarinho, Delfim Neto, entre outros, se recusaram à participar. Uma pena, pois as pessoas gostariam de ouvir a versão deles, não é mesmo? De qualquer forma haverá alguma exposição. Por exemplo, após o capítulo de hoje (seta-feira 08/04), usando gravações de outros programas, a Direção da novela apresentará gravações de Jarbas Passarinho (ex-ministro da Ditadura e um de seus expoentes) e de Curió, um militar que...bem, vocês vão ver.
Por enquanto torcemos para que o ritmo se mantenha forte, dinâmico e não perca fôlego.
Abraços.
Primeiro deixa eu corrigir um erro. A "Revolução" do título não é, como eu temia que fosse, referência incorreta sobre Golpe e a Ditadura que se seguiu. Na verdade a "Revolução" refere-se ao sonho daqueles que acharam possível resistir ao autoritarismo e fazer do limão uma limonada, dando origem a umanova sociedade. Portanto, fala dos guerrilheiros e da resistência.
A produção, claro, é bem inferior às produções plim-plim. Nem poderia ser diferente. A Globo tem poder financeiro pra contratar os melhores técnicos, os melhores equipamentos, o melhor iluminista, etc. Acho que devemos nos focar no enredo, esse sim, definidor da qualidade desse tipo de trabalho.
Os testemunhos e comentários que têm provocado muitas emoções, se darão sempre após cada capítulo. O pessoal da direita foi convidado, mas, pessoas como Jarbas Passarinho, Delfim Neto, entre outros, se recusaram à participar. Uma pena, pois as pessoas gostariam de ouvir a versão deles, não é mesmo? De qualquer forma haverá alguma exposição. Por exemplo, após o capítulo de hoje (seta-feira 08/04), usando gravações de outros programas, a Direção da novela apresentará gravações de Jarbas Passarinho (ex-ministro da Ditadura e um de seus expoentes) e de Curió, um militar que...bem, vocês vão ver.
Por enquanto torcemos para que o ritmo se mantenha forte, dinâmico e não perca fôlego.
Abraços.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
OS DEZ ERROS MAIS COMUNS DOS CONCURSEIROS
Abaixo temos os 10 erros mais comuns (e fatais) de quem presta concurso público.
1. Não lê o Edital.
2. Ignora qual a empresa (Banca) organizadora do concurso.
3. Prioriza o estudo das matérias mais fáceis para o candidato.
4. Escolhe um concurso de nível médio porque julga ser mais fácil.
5. Não faz planejamento de estudos.
6. Não simula as condições do concurso.
7. Esquece documentos e itens obrigatórios na hora da prova.
8. Deixa o estresse tomar conta.
9. Acha que apenas o cursinho preparatório resolve.
10. Escolhe o concurso pelo salário e pelo número de vagas.
1. Não lê o Edital.
2. Ignora qual a empresa (Banca) organizadora do concurso.
3. Prioriza o estudo das matérias mais fáceis para o candidato.
4. Escolhe um concurso de nível médio porque julga ser mais fácil.
5. Não faz planejamento de estudos.
6. Não simula as condições do concurso.
7. Esquece documentos e itens obrigatórios na hora da prova.
8. Deixa o estresse tomar conta.
9. Acha que apenas o cursinho preparatório resolve.
10. Escolhe o concurso pelo salário e pelo número de vagas.
sábado, 2 de abril de 2011
O 1º DE ABRIL
No maior Dia dos Bobos de nossa história, em 1º de abril de 1964, se consolidava o golpe militar que derubou do poder um presidente legitimamente constituído dando origem a uma Ditadura que se estenderia até 1985, com o fim do governo do último ditador, o General Figueiredo (1979-1984) e a posse do civil Tancredo Neves (que aliás, não assumiu, sendo substituído pelo vice, José Sarney).
Incentivados pela CIA e pelo governo norte-americano que, no auge da Guerra Fria temia que as propostas de Reformas de Base do Presidente João Goulart abrissem as portas do país para governos de esquerda, os militares brasileiros estabeleceram um longo período de autoritarismo, exclusão, alargamento da concentração da renda e crescimento da dependência econômica do país, principalmente em relação aos Estados Unidos.
Nessa longa noite de 20 anos, o golpe se recriou em 13 de dezembro de 1968 com a edição do nefasto Ato Institucional nº 5 (AI-5).
Toda e qualquer forma de democracia, participação popular ou oposição foi duramente combatida, inclusive com o uso indiscriminado da violência do estado, com prisões arbitrárias, torturas, mortes, e todo o elenco de horrores que caracterizam o fascismo.
Nesse dia, façamos um minuto de silêncio pelos mortos e desaparecidos que ousaram lutar pela liberdade. Renovemos o nosso compromisso com a democracia e façamos um pacto com a história para que nunca mais ocorram em nosso país 1º de abril, como esse.
Incentivados pela CIA e pelo governo norte-americano que, no auge da Guerra Fria temia que as propostas de Reformas de Base do Presidente João Goulart abrissem as portas do país para governos de esquerda, os militares brasileiros estabeleceram um longo período de autoritarismo, exclusão, alargamento da concentração da renda e crescimento da dependência econômica do país, principalmente em relação aos Estados Unidos.
Nessa longa noite de 20 anos, o golpe se recriou em 13 de dezembro de 1968 com a edição do nefasto Ato Institucional nº 5 (AI-5).
Toda e qualquer forma de democracia, participação popular ou oposição foi duramente combatida, inclusive com o uso indiscriminado da violência do estado, com prisões arbitrárias, torturas, mortes, e todo o elenco de horrores que caracterizam o fascismo.
Nesse dia, façamos um minuto de silêncio pelos mortos e desaparecidos que ousaram lutar pela liberdade. Renovemos o nosso compromisso com a democracia e façamos um pacto com a história para que nunca mais ocorram em nosso país 1º de abril, como esse.
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