quarta-feira, 20 de novembro de 2013
VENEZUELA E O GOLPE SUAVE
Por Jacob David Blinder
Fortes medidas de caráter revolucionário foram tomadas na Venezuela com vistas a combater a guerra econômica e o golpe suave (conjunto de ações de caráter imperialista para desestabilizar países e regiões) e que já se encontrava em adiantado estado de gestação nesse país.
Nessa Venezuela pré golpe suave notava-se que gêneros de primeira necessidade para consumo popular desapareciam como por milagre das prateleiras de lojas e grandes redes de supermercados e quando apareciam seus preços estavam em níveis estratosféricos; promovia-se forte especulação com o dólar não oficial, chegando seus valores a ser 10 vezes maior do que o oficial (numa economia que depende de divisas para sobreviver isso é fatal); sabotagens de variados tipos eram realizadas no sistema elétrico do país; incêndios inexplicáveis surgiam em refinarias de petróleo e siderúrgicas; greves de caráter político eram promovidas nas indústrias básicas de Guayana (indústrias siderúrgicas e metalo-mecânicas); bloqueava-se estradas ou promovia-se greves de caminhoneiros com vistas e interromper o sistema de abastecimento; a mídia burguesa promovia falsos informes sobre fatos e coisas gerando confusão ideológica nos setores populares; tentava-se infiltrar manifestos de ex-militares aposentados e radicalmente anti-chavistas junto a militares da ativa no sentido de cooptá-los para adesão ao golpe.
Qualquer semelhança desses acontecimentos com aqueles do Chile de 1973 (golpe contra Allende) NÃO é mera coincidência...
E aí o governo resolveu agir ... São apenas as medidas preliminares, outras virão, principalmente porque a partir da próxima semana a Assembléia Nacional irá discutir a proposta da “Ley Habilitante” e sendo aprovada permitirá que constitucionalmente o Presidente Nicolás Maduro Moros legisle por decreto.
A medida que mais chamou a atenção refere-se a criação de um órgão estatal que intermediará todas as importações e exportações do país e com isso será evitado com que as preciosas divisas da Venezuela (produto da exportação de petróleo) sejam entregues diretamente aos agentes econômicos. O estado terá assim o controle de situação e tais agentes se subordinarão aos interesses na nação e não mais a processos especulativos de caráter privado.
Outra medida importante foi criar como referencia para a economia um orçamento nacional fundamentado em divisas e não mais em “Bolívar Fuerte” (moeda corrente existente e que está submetido à forte ação inflacionária). Tal indexação será uma espécie de Unidade Real de Referencia (URV) que foi aplicada no Brasil antes de vigência do o Plano Real. Tal ação permitirá no futuro criar uma nova moeda de caráter nacional que sofrerá pouca influencia inflacionária. Isso já está sendo feito com sucesso nas trocas comerciais entre países membros da ALBA com uma moeda virtual denominada SUCRE e com isso evitando-se que os processos inflacionários dos países membros contaminam as trocas comerciais realizadas.
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Um comentário:
Dá-lhe Maduro! Boas medidas. Péricles, como sempre, um prazer enorme visitar teu blog!
Abraços,
Maria Ivony
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