sexta-feira, 8 de novembro de 2013
O MAIOR SEGREDO DA II GUERRA MUNDIAL
Maio de 1941. Com um ano e 8 meses a guerra parece decidida. A França foi ocupada pelo exército nazista que domina também a Escandinávia e quase toda Europa ocidental. A Inglaterra é uma ilha isolada que, apesar de abastecida pelos Estados Unidos, parece próxima de sucumbir, buscando apenas, uma situação mais favorável que não seja uma capitulação sem condições.
O Estado maior alemão leva a efeito os preparativos finais de sua mais ambiciosa cartada, a invasão da União Soviética, que aconteceria em 22 de junho daquele ano.
Aparentemente a vitória final dos nazistas é apenas uma questão de data.
No dia 10, desse mês de maio, aconteceu então, um dos maiores mistérios de toda a segunda guerra mundial, até hoje, e, talvez, para sempre, sem resposta.
Na noite daquele dia, Rudolf Hess, uma espécie de secretário particular de Adolf Hitler e terceiro homem na hierarquia de poder do II Reich, viajou sozinho nos céus mais conturbados de então, e saltou de pára-quedas sobre a Escócia. Na versão oficial ele teria quebrado um tornozelo na queda, foi preso, e depois de se identificar pediu para se encontrar com o Duque de Hamilton. Hess teria uma proposta de paz que queria apresentar a esse político que, julgava ser opositor à Winston Churchill.
E aqui termina a versão oficial das intenções do terceiro homem do Reich.
De alguma maneira Hamilton descobriu que Hess não fora enviado por Hitler, e sim, chegara até ali por convicções próprias.
Foi aprisionado na Torre de Londres, publicamente qualificado de louco por Hitler, e marginalizado da guerra que, apenas acompanharia pelos jornais, em sua cela.
Julgado no Processo de Nuremberg, quase não lhe foi permitido ter contato com os demais acusados, foi condenado à prisão perpétua.
Foi prisioneiro da cela nº 7 em Spandau, completamente incomunicável e sem direito a visitas até sua morte em 1987. Sua morte foi anunciada como suicídio por enforcamento (com um fio elétrico atado ao pescoço, em sua cela), fato desacreditado publicamente por sua enfermeira que afirmou que, para um homem de 93 anos, muita artrite nas mãos, quase cego e com movimentação extremamente dificultada (não conseguia atar os seus sapatos), tal fato, como descrito, beirava o impossível.
Seu filho teve que brigar muito para poder sepultá-lo no cemitério da família. O sepultamento ocorreu apenas em 28 de abril de 1988, mas, por exigência legal, a cerimônia só pode ser realizada de madrugada, apenas com os familiares mais próximos e em tempo recorde.
Ficou o mistério de muitas perguntas sem resposta.
O que, realmente Rudolf Hess foi fazer no Reino Unido que o obrigou a um vôo secreto e solitário, escondido do próprio Hitler na noite do dia 10 de maio de 1941?
Seria uma proposta de paz assim, tão extraordinária para mantê-la sob segredo todo esse tempo?
Era algum tipo de golpe contra o próprio Fuhrer?
Propunha alguma aliança contra os comunistas que, traindo a URSS levasse a um novo desenho ideológico do pós guerra?
Ou seria algo tão secreto, tão rocambolesco que teria assustado a todos os outros atores do conflito?
Segundo as poucas palavras que pode pronunciar no julgamento de Nuremberg parece claro que ele não se entendia como um traidor:
“Eu me sinto feliz por haver cumprido com o meu dever como alemão, como nacional-socialista e como fiel do For. Não me arrependo de coisa alguma. Se tivesse de começar tudo de novo, trabalharia da mesma forma, mesmo sabendo que ao final me aguardaria uma fogueira para a minha morte.
Pouco importa o que podem fazer os homens. Comparecerei diante do Todo-Poderoso. A Ele prestarei minhas contas, e sei que me absolverá.”
Qual seria o segredo de Rudolf Hess que o manteve afastado do mundo e de qualquer ouvido que pudesse escutá-lo até sua morte, 32 anos depois do fim da guerra?
Prof. Péricles
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