sexta-feira, 19 de abril de 2013

AS OUTRAS SEPULTURAS




Por Luis Fernando Veríssimo

Sempre é bom começar citando Hegel. Porque dá uma certa classe ao texto e porque, a partir de Hegel, você pode ir para qualquer lado, para a esquerda e ou para direita. Marx afiou suas teses criticando e às vezes assimilando Hegel, e Hegel, ao mesmo tempo em que sacudia o pensamento conservador europeu, era o exemplo mais acabado do que Marx abominava, o filósofo que explicava o mundo em vez de tentar mudá-lo. Mas minha citação de Hegel não tem nada a ver com esta divisão, mesmo porque é uma que todo o mundo - a partir da redescoberta da peça no século 18 - endossaria. Hegel disse que a Antígona de Sófocles era o mais sublime produto da mente humana, e sua heroína a mais admirável personagem, da História.

Escrita 400 anos antes de Cristo, a peça conta a história da filha de Édipo. Rei de Tebas, com a sua mulher (e mãe, lembra?) Jocasta. Antígona quer enterrar seu irmão, morto num ataque a Tebas, contrariando as ordens do rei Creonte, para quem o corpo do traidor, que permanecera insepulto, pertence ao Estado e não à sua família.

Antígona rouba o corpo do irmão para que sua alma, sem os ritos fúnebres, não se perca no mundo dos mortos, e o sepulta no meio da noite. Para punir sua desobediência, Creonte a condena a ser enterrada viva.

Muitos conflitos são desnudados na peça, mas, o principal deles é entre o Estado e o indivíduo, entre a lei fria e costumes antigos, entre o direito do soberano e o direito do sangue comum. O fascínio da peça para Hegel e outros tem muito a ver com o renascente interesse pela cultura grega na Europa de então, mas também com a revolução que acontecia nas relações Estado/cidadão no explosivo começo do século 19.

A história de Antígona se adapta ao momento no Brasil, quando se tenta investigar o que permanece simultaneamente enterrado e insepulto no nosso passado, tantos anos depois do fim da ditadura. Os corpos ainda não foram devolvidos às suas famílias, os direitos do sangue ainda não se impuseram aos direitos do Estado algoz, os ritos fúnebres de muitos continuam restritos à imaginação de novas Antígonas, tão trágicas quanto a Antígona grega.

Os arquivos da ditadura estão sendo aos poucos desenterrados. Já passou da hora de abrir as outras sepulturas.

sábado, 13 de abril de 2013

O HOMEM QUE DISSE NÃO



A moça recosta-se na poltrona satisfeita ao final do filme.

O avô a observa e pergunta por que está tão satisfeita.

Ela responde que o filme que acabara de assistir fora ótimo, mostrara um militar norte-americano que sobrevivera ao Massacre do General Custer, e ainda salvara da morte a esposa, os filhos e algumas outras pessoas.

- Que pena que não existem heróis assim no Brasil, né vovô?

O avô deixa escapar um sorriso tímido antes de discordar.

- Ao contrário menina, nosso país tem muitos heróis maravilhosos. Você já ouviu falar no capitão Sérgio Macaco?

- Quem? Acho que nunca vovô...

- pois pode deixar que o vovô aqui vai te contar a história de um herói brasileiro... foi assim:

“Em 12 de junho de 1968, o capitão para-quedista Sérgio Ribeiro Miranda de Carvalho, conhecido simplesmente como “Sérgio Macaco”, chegou preocupado para uma reunião no Gabinete do Ministro da Aeronáutica onde foi recebido por dois brigadeiros.

Aos 37 anos, Sérgio Macaco era integrante do Para-Sar, esquadrão de elite da aeronáutica que executava missões de resgate e salvamento. Já tinha seis mil horas de vôo e 900 saltos em missões humanitárias que o fizeram um herói entre os índios que o chamavam de Nambiguá caraíba, que quer dizer, homem branco amigo.

Por tudo que já fizera recebera quatro medalhas por bravura.

Ele jamais poderia imaginar que seu maior ato de bravura se daria naquele dia, e exatamente naquele gabinete.

- Nossa vovô, o que aconteceu? Explodiu uma bomba no Prédio?

No prédio não minha neta, mas no coração de Sérgio Macaco...

Num diálogo surreal que ele jamais esqueceria, lhe é sugerido o cumprimento de uma missão terrível: propuseram-lhe que ele acompanhado por outros para-quedistas selecionados, colocasse bombas na porta do Citibank e da embaixada americana, causando algumas mortes. Em seguida viria a grande carnificina: ele dinamitaria a Represa de Ribeirão das Lajes e, simultaneamente, explodiria o gasômetro. As cargas, de efeito retardado, seriam colocadas pelo capitão Sérgio, que depois ficaria aguardando, os acontecimentos no Campo dos Afonsos. Quando a tragédia acontecesse o Para-Sar, comandado por ele, aportaria no local da tragédia posando de bonzinho, prestando socorro a milhares de feridos e recolhendo mortos vitimados pela ação da própria aeronáutica...

Colocariam a culpa nos grupos esquerdistas que lutavam contra a ditadura. Sérgio seria tido como herói por salvar as supostas vítimas dos "comunistas" e receberia sua quinta medalha, enquanto a ditadura teria um pretexto para aumentar a repressão contra os "subversivos”.

- Não acredito vovô. Brasileiros matando brasileiros... mas isso é monstruoso.

Sim, monstruoso, mas aquele ano de 1968 era decisivo para a continuidade ou o fim da Ditadura. Lembre-se que foi em 1968 a Passeata dos Cem Mil, a Morte de Edson Luis, e em dezembro a assinatura do AI-5 e aí...

- E aí o inferno desceu sobre o Brasil.

“Exatamente. Por isso a ação radical, na cabeça monstruosa dos que defendiam a linha dura, se justificava.”

- E então, o que aconteceu?

“O Capitão poderia aceitar a missão. Se tornaria um herói nacional, ganharia a quinta medalha e seria eternamente protegido pelo regime. Poderia como tantos fizeram justificar para si mesmo que apenas cumpria ordens, tinha tudo pra se dar bem, mas... não, ele olhou altivo para seus dois superiores que já o chamaram no Gabinete do Ministro para impressioná-lo e disse essa palavrinha de apenas três letras – Não.”

- Meu Deus...

“Sua recusa impedia que a missão fosse cumprida por outro, pois os dois brigadeiros sabiam que o segredo estava quebrado. Então a vida de Sérgio Macaco virou um martírio.

Foi perseguido pela ditadura, discriminado, removido para o Recife, reformado na marra aos 37 anos, cassado pelo AI-5 e pelo Ato Complementar 19, acabou na prisão...

Em 1970, necessitando de um tratamento de coluna, aconselharam-no a não se internar em unidade militar, pois certamente seria assassinado lá dentro. Graças ao jornalista Darwin Brandão, com auxílio do médico Sérgio Carneiro, o capitão acabou sendo tratado clandestinamente no Hospital Miguel Couto.

Pra você ver seu sentido de ética, em 1979 recusou ser anistiado.
Ser anistiado porque se não fiz nada errado e impedi uma carnificina?

Sérgio Macaco morreu de câncer no estômago em 04 de fevereiro de 1994 e três dias depois foi promovido a Brigadeiro”.

A moça parece grudada na poltrona...

- Caramba, esse sim é um verdadeiro herói... E ninguém lhe dá valor, ninguém nem ao menos conhece sua história...

“Sim querida. Ele foi enterrado sem honras militares e acompanhado apenas pela família. O diretor francês Olivier Horn fez um documentário que conta sua história, intitulado “O Homem que disse Não”, mas, aqui no Brasil ele não aparece nos livros nem nas aulas de história.”

- Mas a partir de hoje vovô, ele será o meu herói. Escreverei assim na memória “Sérgio Macaco, um herói de verdade”.

Prof. Péricles

quinta-feira, 11 de abril de 2013

CARROCINHA DE PIPOCA



Por Luis Fernando Veríssimo


Eu sei que a coisa é séria. Se o Kim Jong-un disparar mesmo os foguetes que está ameaçando disparar contra bases americanas na Ásia, teremos uma guerra nuclear com dimensões e consequências imprevisíveis. Mas lendo sobre o perigo iminente não pude deixar de pensar na história do homem que foi atropelado por uma carrocinha de pipoca.

Era um homem cauteloso que olhava para os dois lados antes de atravessar a rua e só atravessava no sinal, e que dificilmente um carro pegaria. Mas que um dia não viu que vinha uma carrocinha de pipoca, e paft.

Já no ambulatório do hospital, onde lhe deram uns pontos no braço, o homem disse que tinha sido atropelado por um motoboy.

Em casa, contou que tinha sido atropelado por um carro e só por sorte escapara da morte.

Naquela noite, para os amigos que souberam do acidente e foram visitá-lo, especificou: tinha sido atropelado por um BMW. No dia seguinte disse aos colegas de trabalho que tinha sido atropelado por um caminhão e não sofrera mais do que um corte no braço por milagre. E quando um dos colegas de trabalho comentou que tinha visto o acidente e vira o homem ser atropelado por uma carrocinha de pipoca, gritou: "Calúnia!".

Por que me lembrei do homem que tinha vergonha de ter sido atropelado por uma carrocinha de pipoca?

Desde o fim da Guerra Fria a possibilidade de um confronto nuclear entre duas potências, os Estados Unidos e a Rússia, diminuiu, mas os estoques de armas nucleares continuaram e sua proliferação também. Israel se segura para não usar seus foguetes para destruir as bombas nucleares que o Irã está ou não está construindo, Índia e Paquistão vivem comparando seus respectivos arsenais nucleares como guris comparando seus pipis, a França e a Inglaterra têm a bomba...

Enfim, ainda se vive num frágil equilíbrio de terror possível, exigindo de todos os nucleares um cuidado extremo, um cuidado de atravessar a rua sem serem atropelados pelo imprevisto.

E aí aparece o Kim Jong-un empurrando uma carrocinha de pipoca em alta velocidade...

terça-feira, 9 de abril de 2013

CORÉIA DO NORTE: NADA A PERDER



Simon Bolívar costumava dizer que só teve coragem de lutar todas as guerras que lutou, e botar a vida em risco tantas vezes como fez, porque perdera sua esposa muito cedo.

Jovem e sem filhos, cheio do dinheiro e sem prazer para gastá-lo, resolveu seguir seus sonhos doidos de promover a independência da América Latina. Missão difícil, quase impossível e de imenso perigo. Na época, para impor o medo aos coloniais, as metrópoles não faziam prisioneiros. Enforcavam alguns, fuzilavam outros, e até mesmo esfolavam vivo como fizeram com o índio Tupac Amaru.

O homem costuma medir as conseqüências dos seus atos, e nada o torna mais prudente e temeroso do que ter família para prover e filhos para ver crescer. Quanto menos ele tiver a perder mais afoito será, mais radical poderão ser suas alternativas.
De certa forma dá para dizer o mesmo das nações.

Quanto mais tem a perder numa guerra maior a prudência, quanto menos a perder maior a afoiteza.

É exatamente esse o perigo que representa a Coréia do Norte hoje para a paz mundial.
Desde que a Coréia se desmembrou em duas por força do cessar fogo de Pamunjog (tecnicamente ainda estão em guerra), em 1953, a Coréia do Norte se acostumou a fazer papel de vilão para, em troca, manter a independência e a economia funcionando. Dessa forma, durante a Guerra Fria foi sustentada pela China e em troca representava um peão, estrategicamente colocado pelo bloco socialista no tabuleiro mundial. Quando a Guerra Fria acabou o peão deixou de ter importância e a Coréia do Norte tornou-se uma espécie de peça de museu de uma era encerrada.

Ela está muito longe de representar qualquer tipo de governo socialista. Não representa nem o socialismo nos moldes da antiga União Soviética, nem o socialismo que veio dos campos, como na China. Na verdade é uma ditadura atípica, algo como uma Monarquia absolutista em que o poder se processa por hereditariedade.

Tudo o que se sabe da Coréia do Norte, não se sabe, apenas se desconfia tão fechado é o país para os olhos do mundo.

Segundo desconfia a FAO, órgão da ONU encarregado dos assuntos da agricultura e alimentação, ocorre alta taxa de mortalidade infantil originada da falta de alimentos.
Ao mesmo tempo o país investiu seus parcos recursos num programa nuclear cujo único objetivo é esse que vemos atualmente, ameaçar o mundo. É, portanto uma espécie de miserável, esfomeada, mas muito bem armada.

Ao contrário do Irã, a Coréia do Norte, embora não tenha chance nenhuma de vencer um conflito, tem condições reais de provocar grandes prejuízos, especialmente ao Japão e à Coréia do Sul. Além disso, poderia causar um prejuízo incalculável ao meio ambiente e a todo o planeta.

E o pior é que, diante da situação econômica de abandono, quando até a China, agora interessada em manter mercados, lhe volta às costas, a Coréia do Norte não tem muitas opções.

Por isso, a crise só pode lhe trazer benefícios de barganha, já que, pior do está, não pode ficar. Não tem literalmente, nada a perder

Prof. Péricles

O JULGAMENTO POPULAR DE MARGARET TATCHER



Por Paulo Nogueira

Manifestação de Morrisey, cantor do Smiths, à morte de Thatcher.

“Cada movimento que ela fez foi marcado pela negatividade.

Ela odiava os mineiros, ela odiava as artes, ela odiava os pobres, ela odiava o Greenpeace e a todas as entidades de proteção ambiental.

Ela deu a ordem para explodir o Belgrano já quando o navio argentino estava se afastando das Malvinas. E quando os meninos argentinos a bordo do Belgrano sofreram uma morte terrível e injusta, Thatcher deu o sinal de positivo para a imprensa britânica.

Ela odiava feministas ainda que tenha sido graças a elas que o povo britânico aceitou que um primeiro-ministro pudesse realmente ser do sexo feminino.

Thatcher era um horror sem um átomo da humanidade.”



Quanto a mim: sabia, evidentemente, que Thatcher era uma figura que dividia os ingleses.

Mas não imaginava, até ver as reações a sua morte aqui na Inglaterra e em outras partes do Reino Unido, quanto o ódio que ela despertou suplantava o amor e a admiração.

Horas depois do anúncio da morte, enfrentaram-se em Manchester os dois times locais, o United e o City.

Não houve minuto de silêncio. A torcida teria devastado o tributo.

Em Liverpool, os torcedores cantavam em comemoração à morte de Thatcher. Numa tragédia em que morreram muitos torcedores no estádio do Liverpool nos dias de Thatcher, a polícia acusou a torcida local – erradamente, como se veria depois.

Thatcher condenou a torcida e apoiou a versão falaciosa da polícia. Jamais foi perdoada.

Em Glasgow, uma multidão foi às ruas celebrar a morte. Os escoceses acham que foram tratados como subespécies por Thatcher.

No twitter, o congressista George Galloway lembrou que ouviu Thatcher chamar Mandela, no Parlamento, de “terrorista”. (Alguém disse que houve justiça poética em Mandela, tão combalido, ter sobrevivido a ela).

“Que ela arda no inferno”, disse Galloway, sob numerosas manifestações de apoio e poucas de protesto. Alguém pediu respeito a Galloway.

A melhor maneira de mostrar respeito hoje é esta, respondeu Galloway – e postou um link que ia dar no seu partido, chamado exatamente Respeito.

Fora da galhofa, Galloway disse algo que merece reflexão.

Ele comparou a reação à morte de Thatcher com a reação à morte de Chávez, um mês atrás.
O povo não é bobo.

Thatcher fez um governo dos ricos, pelos ricos e para os ricos.

Chávez governou para os pobres.

O reconhecimento da voz rouca das ruas — vital para o que vai ficar registrado para a posteridade nos livros – irrompe com potência sublime e comovedora na morte de pessoas públicas.

É a aprovação definitiva, ou a reprovação, ou a indiferença.

Chávez foi amplamente aprovado, como gritaram as filas de catorze horas formadas por venezuelanos desesperados por vê-lo pela última vez em Caracas – num lamento épico e histórico protagonizado não pelo Comandante, mas pelos excluídos ao longo da história por uma elite corrupta e predadora controlada pelos Estados Unidos.

Thatcher foi reprovada.



Sobre o autor: O jornalista Paulo Nogueira, baseado em Londres, é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

sábado, 6 de abril de 2013

SEM NOÇÃO



Sempre tem aquela figura da turma que desmoraliza com brincadeiras sem graça ou ações os momentos mais sérios...

Você e seus amigos ali, concentrados, tentando fazer aquela maldita fubica funcionar pra te levar pra praia e chega alguém pra dizer que não adianta porque vai chover.

Ou quando interessadíssimo na nota da última avaliação do bimestre, você fazendo o melhor trabalho possível enquanto o teu colega folheando uma revista de mulher nua canta a “Atoladinha”.

Você sabe aquela rodinha de amigos discutindo qual seria o melhor filme de todos os tempos que você assistiu em toda sua carreira de cinéfilo, o que incluí alguns filmes alternativos e nada comerciais, e um infeliz chega de repente e diz que jamais conseguirá esquecer do “Titanic”.

Convenhamos que não tem graça nenhuma.

São os verdadeiros “sem-noção” ou “abobado feliz”.

Pois alguém resolveu sacanear dessa maneira com a Comissão de Direitos Humanos da Câmara ao indicar (na verdade nomear) como Presidente da própria Comissão um exemplo de sem-noção...

Na boa, não tem graça nenhuma.

No campo democrático pode-se discutir nomes e concordar com uns, discordar de outros. Faz parte do jogo.

Mas não se pode avacalhar nas escolhas dos nomes sob pena de avacalhar com a própria democracia.

Com certeza, certas viúvas esfregam as mãos e resmungam que na Ditadura se escolheria melhor. Afirmação com a qual eu discordo, pois na Ditadura não haveria Comissão dos Direitos Humanos para ter um presidente.

Entretanto, o fato se presta para deboche e provocação. Mas, se a intenção foi fazer pouco dos trabalhos que a comissão realiza, conseguiu.

Essa Comissão tão cara ao povo brasileiro e a seu governo (a Presidenta Dilma sempre afirmou que os direitos humanos seriam uma das prioridades de seu governo) ficou com a cara da Academia Brasileira de Letras, do guardinha do colégio ou do ET de Varginha: já foi importante, já foi respeitada, mas agora ninguém mais leva a sério.

Como levar à sério uma Comissão de Direitos Humanos cujo Presidente afirma que a África é miserável porque sofre uma maldição divina dos tempos de Noé?

Ou que demonstra homofobia até quando tenta disfarçá-la?

Sinceramente, alguém deveria proibir os “sem noção” de falar sobre carros ou discutir cinema ou presidir comissões sérias.

E algumas pessoas nesse país deveriam levar o país mais a sério, pois, brincar com a democracia, não tem graça nenhuma.

Prof. Péricles