sábado, 3 de outubro de 2015

DICIONÁRIO BRASILEIRO DA ESTUPIDEZ



 Armagedom” – Final dos tempos; é quando você se liga no noticiário da mídia brasileira.

Guerra Fria” – há duas definições. 1. Período geopolítico posterior à Segunda Guerra Mundial até a dissolução da União Soviética em 1990, e 2. Atualidade Geopolítica no pensamento dominante da mídia brasileira e de seus fiéis seguidores, conservadores de os matizes.

Hipocrisia” – criticar nos outros, especialmente no pessoal da esquerda, aquilo que ele mesmo ou seus representantes fazem o tempo todo. Chorar quando vê um corpinho de criança morta na beira da praia e chamar refugiado de escória também vale.

Classe Média” – Quem primeiro usou a definição de Classe Social foi Marx para denominar o estamento social que não detém os meios de produção e o poder, nem faz parte da massa mais explorada e menos especializada do trabalho. No Brasil essa denominação define a galera que por não ser dos mais pobres se acha ameaçada por esses e por isso adquirem um comportamento mais conservador do que os que realmente mandam.

Diabo ou Capeta” – ser sobrenatural que assume toda a responsabilidade sobre nossos erros e nos livra da responsabilidade de corrigi-los.

Salvação” – aquilo que os pastores dizem que vem depois que os fiéis pagam (e esse pagar é infinito) para a Igreja botar tudo na conta do capeta.

Crise de Consciência ou Alucinação Coxinhógena” – argumentação de que Golpe Militar é uma coisa Constitucional, ou seja, que tem alguma justificativa justamente no instrumento que preserva a democracia num país.

Comunista” – Demônio que come criancinha.

Cuba” – Inferno comunista que quer dominar o mundo e invadir o Brasil com falsos médicos.

 “Heróis” – agentes da morte de inocentes quando provocada pelas gloriosas forças armadas dos Estados Unidos ou de seus subordinados, a força militar de Israel.

Terrorista” – quando a tragédia é provocada por palestinos ou qualquer um que use turbante ou simplesmente, os outros.

"Cidadão” – cãozinho amestrado que balança o rabinho faceiro quando o dono, ianque ou doutor joga um ossinho.

Estados Unidos” – Canaã, terra prometida onde não haverá esquerdistas nem qualquer ideia que questione às ordens e interesses dos mais ricos.

Professor de História” – idiota que estudou história por anos mas não sabe nada sobre o assunto.

Petralha” – todo aquele que não concorda com o pensamento golpista.

Aguardem para breve, mais alguns verbetes do nosso dicionário do ódio.



Prof. Péricles

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

MUNDO FESTIVO DA IMPUNIDADE


Por Moisés Mendes

Racistas, homofóbicos e xenófobos (inclusive os que choraram vendo a foto da criança síria morta no naufrágio) nunca estiveram tão à vontade no Brasil. 

Todos, incluindo os golpistas, circulam com desenvoltura, sempre em nome da liberdade de expressão e da democracia. 

O grande deboche cometido pelo reacionário folgadão é exatamente este: ele fala em nome de uma democracia que pretende ver pisoteada. Fala e nada acontece.

Mas nos Estados Unidos o bicho pega. A escrivã Kim Davis, do Kentucky, decidiu que não casaria gays. Contrariou uma determinação da Suprema Corte, e a Justiça foi acionada.

O juiz federal John Heyburn mandou que a mulher fosse presa. Uma multa, disse ele, não adiantaria nada. 

No Brasil, o que mais se aplica é multa ou fiança. Se fosse aqui, com dinheiro no bolso, ela estaria solta.

Às vezes nos falta um juiz como esse Heyburn. Ele é o mesmo que no ano passado enfrentou autoridades ultraconservadoras. Procuradores decidiram, “em defesa do Estado”, que não haveria casamento gay no Kentucky. Porque a Constituição era contra e a região precisava de casais héteros, ou a reprodução de kentuckyanos estaria ameaçada.

O juiz ordenou que se cumprisse a decisão da Corte. O cartórios obedeceram, mas não a católica ortodoxa Kim Davis. Ela não casaria gays nem com ordem do Papa. Kim acha que só os casamentos héteros dão certo. Tanto que se casou quatro vezes, sempre sob as bênçãos divinas.

Há um componente na idiotia de Kim nem sempre presente nos reacionários brasileiros: a sinceridade. A escrivã não tem outro interesse que não seja o de defender seu ponto de vista ultraconservador.

Aqui, não. Aqui os reacionários mais estridentes usam o ódio contra gays, negros “e tudo o que não presta” — como já disse um deputado — como grande negócio político. 

O mercado do ódio é próspero no Brasil. 

A pilantragem se escora na religião só como desculpa.

Aqui, temos pelo menos a juíza Carine Labres, que não se acovardou diante dos homofóbicos dos CTGs que tentaram impedir casamentos de gays em Livramento. 

No Estado dos machos galhofeiros, quem se impõe é uma juíza. 

Mas ainda falta mandar um homofóbico para a cadeia.

sábado, 26 de setembro de 2015

TE ENXERGA

As melhores ideias foram utilizadas para as piores aberrações.

Algumas sofreram metamorfose tão grande que se inverteram, se não no conteúdo, em sua forma.

O Cristianismo, por exemplo.

A ideia original, o ponto de partida da doutrina cristã é a solidariedade e a igualdade.

Talvez nenhuma outra doutrina tenha destacado tanto a prática da tolerância

A cena descrita nos evangelhos em que Jesus confrontado pela observância da lei que determinava apedrejar as prostitutas, apresenta uma das mais belas respostas que se tem notícia na história humana.

O atire a primeira pedra aquele que não pecou é a expressão máxima do “questione a ti mesmo, assuma teus próprios erros” ou, simplesmente, como se diz no Rio Grande “te enxerga”.

No entanto, posterior a seu nascimento, o cristianismo se tornou propriedade do estado e de um clero profissional que se formou em torno de sua popularidade.

A Igreja deformou de tal maneira a ideia inicial do cristianismo que, na Idade Média justificava a intolerância com a invenção do pecado, financiou campanhas de terror baseada na tortura e na fogueira. O clero profissional criou um exército para impor a sua visão das coisas e as Cruzadas promoveram massacres terríveis, piores até do que o ocidente costuma acusar os muçulmanos.

Nada poderia ser mais intolerante e por isso, menos cristão.

Com certeza, se pudesse, Jesus diria para os cruzados e papas se enxergarem antes de agredir, não com pedras, mas com o aço das espadas.

O capitalismo também.

Nasceu de um sonho diante do desespero.

Homens sem esperança diante das obrigações feudais que lhes tornavam a vida impossível encontraram no comércio à longa distância a centelha de luz para iluminar suas trevas feudais e no lucro honesto uma nova forma de viver e buscar ser feliz.

Lendo obras como “A Riqueza das Nações” de Adam Smith, o papa do liberalismo, percebe-se claramente a preocupação com o humano. A vontade de que o novo sistema trouxesse vida melhor para todos, donos dos meios de produção e meros trabalhadores, até porque os fundadores do capitalismo eram isso mesmo, trabalhadores.

Entretanto, a ideia original do capitalismo foi distorcida por visões encasteladas no egoísmo mais cruel, cuja preocupação sempre foi a concentração da riqueza, tornando o rico cada vez mais rico e o pobre que se lixe.

O maior holocausto da terra que foi o massacre dos povos ameríndios em nome do lucro do estado e das classes mercantis europeias, além da escravidão, foram justificadas (até pela Igreja) como um mal necessário diante da imposição do civilizado (e capitalista) sobre o selvagem e inútil (entrave ao capital).
Igual o cristianismo, tornou-se algo distante e distorcido do próprio início.

O socialismo também.

Desde os utópicos a ideia era a construção de uma sociedade mais justa.

Marx e Engels lapidaram com talento científico o sistema que nascia do mais humano e cristão dos desejos: a igualdade.

Ao despojar os seres da propriedade privada, os fundadores do socialismo jamais pensaram em punir os ricos, mas, de superar a pobreza.

Da mesma forma, ao conceituar a religião como o ópio do povo, eles, como cientistas, referiam-se à religião oficial e dogmática, instrumento utilizado para a exploração e não a qualquer conceito teológico.

Aliás, de várias maneiras percebesse ser o socialismo muito mais próximo das ideias do cristianismo do que mesmo, o Capitalismo, na medida em que prega o total despojamento de qualquer instrumento que permita a exploração do homem pelo homem.

Mas, premido por suas limitações históricas o socialismo, se apresentou alguns êxitos, também deu origem aos mais bizarros ditadores e a ditaduras cruéis que, assim como massificou a propriedade massificou também as criaturas e a liberdade.

Tanto o cristianismo como o capitalismo e o socialismo, eram belos em essência e foram indevidamente reescritos por quem os utilizou a seu proveito.

Assim também ocorre com os movimentos que, de forma justa e democrática expressam oposição e contrariedade ao governo do PT, mas que se tornaram instrumentos utilizados por defensores de ditaduras, homofóbicos e religiosos radicais.

Intolerantes que cultivam o ódio como prática, sem nenhum pudor.

Por isso, é bom manter-se atento à bandeira que se empunha e a máscaras que se prende ao rosto.

É bom ter certeza que expressam e defendem realmente o que pensamos e sentimos ou se o melhor ao convite para ingressar na turba não seria o gaudério e sincero "te enxerga".




Prof. Péricles





quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O VALE TUDO E A FALTA DE LIMITES







Por Clóvis Malta






Foi tudo num período tão curto desses tempos difíceis, que quase passou despercebido na fila dos acontecimentos.

Em protesto contra a corrupção, uma senhora com a expressão dessas tias compassivas que todo mundo tem ou teve escancarou num cartaz, em plena Avenida Paulista, seu desejo em relação a antagonistas políticos: "Porquê não mataram todos em 1964?".

Um dia depois, uma professora de Araçatuba, em São Paulo, passou pela humilhação de ficar grudada na cadeira em plena sala de aula. Mas não: o problema maior não está naquele "porquê" grafado junto e com acento na cartolina, num país de tão pouco apreço à educação, em todos os sentidos que o termo abarca. Nem no fato de os alunos terem passado uma supercola no assento. O que inquieta é a falta de limite na origem dos dois casos.


Se até a virtude precisa ser contida, como defendeu Montesquieu, fica mais fácil entender por que o cotidiano virou uma bagunça.

Crianças e adolescentes são incentivados, cada vez mais, a imaginar que podem tudo. Pais, que deveriam ajudá-los a discernir o que é certo, o que é errado, muitas vezes acabam confundindo-os ainda mais com seus exemplos. Ajudam então a perpetuar um círculo perverso.

Fica mais fácil assim entender, mas não aceitar, por que o sagrado direito de protestar contra o que quer que seja acaba dando abrigo à expressão do desejo do extermínio de oponentes — e não foi, não, um caso isolado, nem força de expressão.

Se o exemplo falha em casa e nas ruas, o que esperar de quem vai à escola sem qualquer noção de respeito a um educador e ao que deveria ser visto como um templo de aprendizagem?

Agora mesmo, estamos presenciando as ações contra a corrupção alcançarem, enfim, políticos poderosos que chegaram aonde estão com o nosso voto. São casos típicos de pessoas para as quais nem o céu é o limite. Acham que podem tudo, inclusive quando estão diante do nosso dinheiro.

Corrupção prospera a partir da ganância, do excesso de tolerância, da impunidade. Mas tem também a ver, nas banalidades do cotidiano, com a forma como exercitamos valores éticos com a nossa família, com funcionários, com amigos...

Desde cedo, os brasileiros vêm sendo obrigados a conviver nesse ambiente marcado pelo baixo-astral, mas também pela esperança.

Vamos, então, conferir mais atenção a nossas crianças — desde as pequenas que colocam cola em assentos, até as mais crescidas que usam o acento errado para conclamar morte aos inimigos, sem esquecer, obviamente, daquela que mora em nós.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

PROFESSORES, ESPÉCIE EM EXTINÇÃO



O professor faz parte das mais intensas lembranças da maioria das pessoas.

Ser intermediário entre os pais e os estranhos que povoam os novos caminhos além de nossas casas, os professores marcaram os "melhores momentos" da vida de quase todos.

Atualmente se quedam diante da falta de valorização profissional, da humilhação de serem sinônimos de profissionais mal pagos e, mais recentemente, de saco de pancada de policiais militares a mando de governadores incompetentes, como aconteceu hoje pela manhã, em Porto Alegre e a pouco tempo, em Curitiba.

Talvez estejamos vendo o fim de uma era e de um profissional.

Nas faculdades os cursos de licenciatura já são oferecidos a preço muito abaixo dos demais.

Mesmo assim, falta quem queira segurar o giz que os mais antigos estão largando.

Talvez, nesse mundo informatizado e virtual, não haja mais espaço para os professores...

A seguir, uma texto de Moisés Mendes, cronista da "Zero Hora" onde ele faz um pedido que talvez esteja chegando tarde demais.

Prof. Péricles




Se acabarem com o Facebook, daqui a alguns anos, terá sido tão normal como quando acabaram com o fax e o Orkut.

Podem acabar com o Twitter como acabaram com o CD. E dar um fim à lâmpada de LED e ao smartphone, como descartaram o iPod.

Podem me dizer, sem que represente grande prejuízo, que vão acabar com o Instagram e suas assustadoras paisagens falsificadas. Podem terminar com o que ainda nem inventaram.

Se quiserem, podem extinguir os bancos, esses medievais que estão aí, e inventar os bancos do século 21.

Eu acredito mesmo que os bancos podem ser reinventados. Não me incomoda a ideia do fim de algo aparentemente insubstituível, até que um dia coisas, aparelhos e processos desaparecem e não fazem falta. Podem acabar até com o WhatsApp.

Só não terminem com os professores.

Não há como imaginar um mundo sem professores. Não há como uma criança virar adulto sem que carregue a certeza de que foi cuidada por um professor. É bobo isso? Então cresça e você saberá do que estou falando.

Ninguém será completo se não tiver na memória a imagem daquela professora. Pode ser um professor, mas de preferência que seja uma professora — elas é que são poderosas.

O professor de quem você guarda imagens de uma frase, um olhar, um pito, um silêncio, uma vacilação, uma cena banal.

Um dia você se verá tentando imitar sua fala e seus gestos. Um dia você aí saberá do que estou falando.

Bem, fiquei assim porque há alguns dias conversei por telefone, depois de mais de 50 anos, com a minha primeira professora.

Falei dela e sua neta Bruna leu e nos reaproximou. Vergília de Almeida Mongelôs, diretora, nos anos 60, do Grupo Escolar Alexandre Lisboa, de Alegrete.

Já contei que fui seu aluno do primeiro ano na sala dela, porque me negava a entrar em sala de aula. Tive agora, quando ouvi sua voz ao telefone, uma das sensações mais mágicas da minha vida.

Sim, eu me lembro da professora Vergília sentada à mesa ou circulando pela sala. Eu me vejo naquela sala. Eu sei o que a diretora do Alexandre representou para mim.

Escrevo agora para contar que daqui a alguns dias vamos nos ver.

Mas escrevo também para dizer que desejo que Martina tenha o que meus netos Joaquim e Murilo já têm. Que Martina tenha uma professora para não esquecer. Martina nasceu na terça-feira. É minha primeira neta.

Eu sei que a minha Martina terá a sua Vergília.


Por: Moisés Mendes

sábado, 19 de setembro de 2015

BOLO DE MILHO



Aqueça o forno em temperatura média. Bata o milho como o leite até ficar homogêneo. Em separado bata o açúcar com a manteiga até obter um creme claro. Junte os ovos e bata bem. Ponha o milho reservado, a farinha, o fermento e bata até obter uma mistura homogênea. Coloque na forma e leve ao forno por 30 minutos ou até que, ao enfiar um palito no centro, ele saia limpo. Deixe esfriar, desenforne e polvilhe o açúcar.

Está pronto o tradicional bolo de milho verde.

Por gerações a receita da vovó tem seguido com os mesmos ingredientes e a forma de fazer variado apenas com as melhorias tecnológicas como batedeira e liquidificador.

Receitas tradicionais são assim. As mesmas, através dos tempos.

O neoliberalismo, seja com Margareth Thatcher ou Ângela Merkel, Collor, FHC ou Aécio, mantém a mesma receita para enfrentar as crises econômicas.

Tudo parte dos mesmos ingredientes: o governo gasta mais do que arrecada; os benefícios sociais são insustentáveis; a previdência social é uma bomba silenciosa; as empresas públicas são onerosas e incompetentes, untados com os mesmos molhos, corrupção e inflação.

Leva-se essa mistura ao forno, ou seja, a mídia e todas as formas de comunicação que sirvam para formar uma opinião pré-aquecida.

Em pouco tempo, tudo fervilha e as vítimas se tornam algozes: os funcionários públicos, as empresas públicas, os aposentados e os que trabalham mas custam muito ao pobre empregador: o custo Brasil (fundo de garantia, 13º salário, etc.).

Misturados esses ingredientes e fervilhados na mentalidade nacional, a receita para enfrentar a situação, também é, como a receita do bolo de milho, sempre a mesma: privatizações de empresas públicas, demissões de servidores públicos, cortes de verbas nos programas sociais, aperto dos cintos com achatamento de salários e aposentadorias.

No Brasil, Fernando Collor de Mello deu início ao processo em 1990, mas foi FHC que assumiu a cozinha e apresentou o bolo final.

O patrimônio público foi delapidado com a venda de empresas como a Companhia Siderúrgica Nacional e a Vale do Rio Doce a preço de bananas.

Direitos dos servidores públicos foram estuprados da forma mais vil e vergonhosa.

O resultado: desemprego em massa, fome, exclusão e miséria, apontados por âncoras de telejornais como efeito amargo e necessário para salvar o país.

Mas não para empresários e banqueiros que receberam junto com o bolo de fel o doce suporte de um proer, perdoando todas as suas dívidas e falcatruas.

No bolo de milho podemos substituir o milho verde por uma xícara de milho em conserva escorrido, mas continuará sendo um bolo de milho.

No neoliberalismo cria-se uma reforma fiscal com cara de coisa nova, mas continuará sendo a receita neoliberal com os mesmos resultados conhecidos.

Certamente as reflexões são necessárias à cidadania antes de apoios tácitos a coisas velhas travestidas de novidades.

Se o bolo de milho se mostrar desconfortável ao paladar, inove-se na receita ou tente-se outro bolo.

Já o bolo neoliberal tendo se mostrado ineficaz e amargo, busque-se outras receitas, com outros ingredientes e que outros cintos sejam apertados. Que o "proer" seja ao povo e não aos ricos.

Aliás, essa receita do bolo de milho rende 10 porções e demora de 30 a 45 minutos para ficar pronta.

Quanto à receita neoliberal rende 200 milhões de porções e pode, trazendo de arrastro ditaduras que lhe são afins, demorar 20 anos para demonstrar sua inutilidade.



Prof. Péricles