domingo, 20 de maio de 2012

ALEA JACTA EST


Rico, popular e reconhecido por seus contemporâneos, Caio Júlio César possuía uma incontrolável ambição pelo poder. Aproveitando-se das eternas crises políticas da República Romana, César criou, com recursos próprios, um exército, tornando-se além de estadista, um general. Sabendo que o povo romano cultivava verdadeira adoração pelos heróis militares (tipo brasileiro por jogador de futebol), empreendeu uma campanha na Europa Ocidental, vindo a conquistar vastas áreas que hoje foram, mais ou menos, o território da França, Península Ibérica e Ilhas Britânicas.

Antes disso, fora escolhido pelo Senado da República para formar o primeiro triunvirato junto com Pompeu e Crasso.

Enquanto a popularidade de César crescia a cada notícia de nova vitória sobre os “bárbaros” cresciam as barbas de Pompeu prevendo que tamanha popularidade iria engolir a sua própria e, em breve, não mais teria espaço no poder.

Assim, Pompeu conseguiu, através de manobras políticas, impor uma lei que impedisse César de retornar a Roma comandando suas tropas, que, obrigatoriamente deveriam ser dispersas antes de cruzar a fronteira.

Dessa forma, em determinado momento, Júlio César se viu diante de um dilema: retornar a Roma como um mero e desarmado estadista, menos que Pompeu e suas alianças políticas, ou transgredir a Lei, retornar com suas tropas e, dessa forma deflagrar uma guerra civil de final imprevisível.

No dia 11 de janeiro de 49 a.C., o general Caio Júlio César tomou uma decisão crucial: atravessar o rio Rubicão com seu exército, e enfrentar Pompeu e seus aliados.
Segundo consta, às margens do pequeno rio, ele olhou para o céu e pronunciou a frase “Alea jacta est” ou “a sorte está lançada”. Seus olhos estavam turvos e de semblante tenso, pois sabia que, com certeza, a partir daquele ato, um dos dois, ele ou Pompeu, estavam condenados e ainda, que sua vida nunca mais seria a mesma. Aquele pequeno ato não teria volta.

Muitos são os momentos de nossas vidas que representam uma “travessia do Rubicão”.
Nem sempre temos as garantias de um final feliz. Nem sempre estamos preparados para o risco.

Mas, talvez, viver sem o risco, sem o desafio, não seja exatamente, viver.
O pior da nossa existência não é o que perdemos, mas, o que deixamos de ganhar, por medo de arriscar, por medo de atravessar o Rubicão.

Se é verdade que a felicidade perpétua seja impossível, talvez seja também verdadeiro, que os momentos felizes são mais numerosos quando não temos medo de arriscar.
A decisão de César mudou o rumo da história.

E você, terá coragem de atravessar o “seu Rubicão” quando a vida te exigir uma ação que pode mudar o rumo de sua história? Ou permanecerá inativo “licenciando seu exército”, sua força de vontade?

Vamos, atravesse o seu Rubicão e torne-se Ditador de seu destino.

Prof. Péricles

Um comentário:

Anônimo disse...

Adorei esse texto. Aluna vigor.