segunda-feira, 4 de março de 2013

HABEMUS PAPAM



Estamos vivendo aquela expectativa natural, na escolha de um novo Papa.

Agora vem o isolamento, a espera, a nuvem negra quando ainda não escolheram, e branca quando já foi escolhido o novo Papa.

Muita gente anda dando seus “chutes” e fazendo suas apostas na nacionalidade do futuro Pontífice e eu entrei na onda.

Imagina, por exemplo, se o Papa for brasileiro.

Dezenas de brazucas enrolados na bandeira do Brasil, alguns segurando um cartaz “Eu Já Sabia”. Hino nacional brasileiro a todo pulmão na Praça de São Pedro.

Antes mesmo de receber o Anel do Pescador o novo papa aparece no programa “E Agora papa?”.

Aliás, a televisão iria protagonizar os momentos mais emocionantes.

Já pensou a Globo querendo adquirir os direitos exclusivos da Missa do Galo...

Xuxa fazendo carinha de sofrida cantando uma música emocionante (e irritante) acompanhada por um coral de crianças contra a pedofilia...

Pedro Bial promovendo o primeiro BBB direto da Basílica de São Pedro chamando os cardeais de “meus heróis”.

Na música, com certeza, apareceriam “As Papetes” nova banda de Funck composta de gostosas seminuas cantando “Excomunga, excomunga a Vagabunda”.

Claro que haveria o uso político do Papa brasileiro.

Os conservadores diriam que o Papa é a cara da tradicional família brasileira e dos valores cristãos contra esses “esquerdistas” admiradores de Cuba e de Chaves.

A galera progressista convidaria o companheiro Papa para distribuir pessoalmente os recursos da Bolsa Família entre os mais necessitados, com transmissão ao vivo, claro.

Com certeza não faltariam boatos de que o Papa iria virar símbolo de algum partido nanico.

Quer saber? Melhor não pensar nessa possibilidade. Um papa brasileiro não!!

Seria mais interessante que o novo Papa fosse da África. O candidato de Gana está bem cotado, mas isso não quer dizer muita coisa. Um Papa africano seria o primeiro Papa negro da história e isso daria voz a inúmeras comunidades que jamais passaram da sala de espera do Vaticano.

Um Papa do Líbano, único país majoritariamente católico do Oriente Médio ou do Egito copta, seria bem representativo.

Não sei... mas depois de dois papas não italianos, se fosse apostar eu apostaria que o próximo papa será da Itália.

Qualquer que seja a nacionalidade, que seja um Papa progressista, capaz de levar a Igreja pelos caminhos necessários da mudança, da modernidade e principalmente, da democratização.

Um Papa que faça a Igreja Católica ouvir o clamor de seus fiéis que esperam por novos ares em sua fé.

Mas um papa brasileiro não, por favor... Galvão Bueno narrando a via-sacra, Nãããão!

Prof. Péricles




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