EUROPA
A Europa encontra-se numa encruzilhada.
De um lado a crise financeira que corrói diariamente o Euro. Essa crise, que iniciou nos Estados Unidos e se expandiu pelo velho continente, é hoje, o foco das maiores preocupações de seus governantes, até porque, cinco governos já ruíram diante dela: Finlândia, Portugal, Espanha, Itália e Grécia.
Hoje, o maior temor de seus economistas é que a crise rompa a zona do Euro fazendo que algum dos países membros da Comunidade se desligue do Euro, retornando a moeda antiga. Caso isso aconteça, o Apocalipse estará próximo. Outro efeito imediato da crise financeira é com a necessidade (segundo seus economistas) de cortar gastos públicos, o que invariavelmente traz consigo crises sociais, povo na rua e conflitos.
Por outro lado, velhos pesadelos aproveitam-se da situação para retornar ao cenário político europeu. Xenofobia, nacionalismo extremado, fascismo. Velhos monstros considerados mortos ressuscitam (ou jamais estiveram mortos?) e tiram o sono que já sentiram na carne e na alma as consequências do crescimento desses vilões das democracias.
Portugal, Islândia, Grécia e Espanha, formam hoje o PIGS, grupo de perigo imediato a uma hecatombe econômica. Mas, a Itália, correndo por fora, pode entornar essa caldo antes que o esperado.
Nas eleições francesas estará em teste a sobrevivência do governo Nicolau Sarkosy.
Esse ano haverá Olimpíadas na Inglaterra (país fora da Zona do Euro) e a esperança do reerguimento econômico do continente passa por uma reavaliação dos custos sociais do desenvolvimento e da necessidade de ampliar a união, coisa que os jogos podem inspirar.
AMÉRICA LATINA
O Peru, do recém empossado Presidente Ollanta Humala será observado de perto por seus vizinhos. É mais um presidente de esquerda na região. Será possível avançar para a construção de uma UNASUL livre e soberana? Keiko Fugimori e seus neoliberais podem ser os fiéis da balança no país da prata e do peixe.
Ao que tudo indica Hugo Chaves vencerá mais uma eleição livre na Venezuela ganhando assim, mais tempo para promover sua revolução Bolivariana.
Evo Morales, da Bolívia, parece perdido em terreno movediço. Após ordenar a construção de uma estrada que cortaria territórios indígenas, voltou atrás, pediu perdão aos seus índios (ele também é um índio) e agora enfrenta pressões do grande capital (inclusive brasileiro) para tomar uma decisão definitiva sobre a obra.
E que a justiça ilumine e abençoe as mentes dos argentinos que seguem, sem medo, julgando, condenando e prendendo seus ditadores e torturadores. Ao menos, na Argentina, o horror vai pensar duas vezes antes de tentar retornar ao poder. Coisa que não se pode dizer de países de condição moral mais frágil, como o Brasil.
Em Cuba seguem as reformas não noticiadas pela mídia amestrada do Brasil. Raul Castro, segue com vigor ampliando as bases de uma abertura cubana aos novos tempos, sem Fidel, cada vez mais adoentado. Entre as mudanças, a demissão de milhares de funcionários públicos que agora, vagueiam entre o desemprego e a desesperança, coisa que capitalista adora, e chama de justiça social.
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