Embora recém tenha exibido pouco mais da metade do total de capítulos, já podemos fazer uma análise, dentro das expectativas criadas, quando de seu lançamento, sobre o trabalho inédito de teledramaturgia "AMOR E REVOLUÇÃO", apresentado de segundas às sextas pelo SBT.
Embora mereça aplausos a iniciativa de, pela primeira vez na história da televisão brasileira, mostrar de forma realista os horrores dos "porões da Ditadura" que inclui, cenas de tortura, e ainda, mereça aplausos a idéia de popularizar temas considerados tabus, a novela, apresentou como resultado mais amplo, ganhos pífios ao que se propunha.
Mal dirigida e interpretada, com diálgos que beiram, muitas vezes, a idiotia, o produto final foi televisivamente tão ruim que chega a comprometer a mensagem que se queria passar.
É necessário reconhecer que, para muitos que assistiram a novela, o drama é tão mal enfocado que chega a ser confuso, passando longe do objetivo do autor.
Alguns pontos, porém, foram positivos, como o impacto proocado pelos depoimentos daqueles que sofreram com a repressão, bem como, os que a defenderam. Para muitos brasileiros, foi uma descoberta. Talvez chocante demais para justificar audiência cativa. Ante o horror, muitos preferem a ignorância e olhar para o outro lado.
É de se incentivar novos trabalhos e de destacar a coragem da produção em navegar por águas tão turvas. Tornaram-se os responsáveis pelo trabalho, vidraças em que fartamente se jogaram pedras. Restam os elogios que não se dedicam aos covardes.
A Comissão da Verdade, que propoem investigar casos de crimes cometidos pela Ditadura, está em debate no Congresso. Que os brasileiros mais distraídos, saibam, ao menos, a importância que tem, poder enterrar seus mortos, para os familiares dos desaparecidos.
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