Há 30 anos, no dia 5 de junho de 1981, o Centro de Controle de Doenças de Atlanta, nos Estados Unidos, descobriu em cinco jovens homossexuais uma estranha pneumonia que até então só afetava pessoas com o sistema imunológico debilitado.
Um mês depois, foi diagnosticado um câncer de pele em 26 homossexuais americanos e se começou a falar de "câncer gay".
No ano seguinte, a doença foi batizada com o nome de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, Aids, em inglês, Sida.
As epidemias são velhas companheiras do homem em sua história.
O próprio Império Romano estava debilitado quando caiu, em 476, por um surto de varíola que matava milhares de cidadãos.
O século XIV, chamado por muitos de “o século das crises” assistiu o drama inenarrável da Peste Negra (Peste bubônica e pneumônica).
Mais recentemente, o fenômeno da Gripe Espanhola pós I Guerra Mundial, matou milhares e milhares de pessoas em vários países diferentes (pandemia). Tão misteriosamente como apareceu, desapareceu sem deixar vestígios.
Nesses 30 anos, aprendemos e sofremos com a AIDS.
Perdemos muitas vidas. Mas talvez, tenhamos ganho dignidade no trato das diferenças.
Apesar de em 1996, com o desenvolvimento dos anti-retrovirais, a doença mortal ter passado a um padrão de enfermidade crônica. Apesar do conhecmento maior sobre o virus e mesmo com o desenvolvimento do coquetel medicamentoso que prolongou e deu mais qualidade de vida aos infectados, ainda não existe uma cura definitiva para a doença.
Hoje, a grande preocupação é não permitir o “salto alto”, a crença de que o inimigo não oferece mais risco, pois esse comportamento perigoso, acaba por incentivar a falta de cuidados e a consequente infestação viral.
O uso de preservativo, os cuidados nas relações sexuais e o reconhecimento que o problema ainda ameaça, é uma obrigação para conosco e para com os próximos.
A Aids, ou Sida, foi e ainda é, a maior epidemia de nosso tempo.
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