Concebido nos anos 1970 como veículo espacial econômico para alcançar a órbita terrestre, a nave espacial dos Estados Unidos, que combina as características de um ônibus e de um caminhão, enfrentou altos e baixos desde o seu primeiro voo, há três décadas.
O ônibus espacial nasceu em 1972, com a decisão do presidente Richard Nixon de lançar o programa. O primeiro voo orbital, o da Columbia, ocorreu em 12 de abril de 1981, com apenas dois astronautas a bordo.
O voo número 25 foi dramático: em 28 de janeiro de 1986, a nave Challenger explodiu diante das câmeras de televisão 73 segundos depois de decolar.
Os sete membros da tripulação morreram, entre eles Christa McAuliffe, 37 anos, que se tornaria a primeira professora a voar para o espaço.
O programa permaneceu paralisada durante quase três anos e reiniciou suas expedições em setembro de 1988 com o voo do Discovery.
Um dos pontos culminantes da história da nave espacial ocorreu em 1990, quando o Discovery decolou com o primeiro telescópio espacial, o Hubble, que revolucionou a história da astronomia.
O voo do Discovery, em fevereiro de 1995, marcou o início de uma estreita colaboração espacial entre Rússia e Estados Unidos. O orbitador transportou então um cosmonauta russo e chegou a se aproximar bastante da estação russa MIR, que tinha sido voluntariamente desorbitada com o objetivo de realizar sua destruição em 2001.
A construção da Estação Espacial Internacional (ISS) em 1998, cujo primeiro módulo Zarya (russo) foi colocado em órbita por um foguete russo Próton em novembro daquele ano, implicou na missão mais importante da nave americana.
Os lançamentos de naves já eram comuns, mas em 1 de fevereiro de 2003 ocorreu uma nova catástrofe: o Columbia desintegrou-se ao retornar à atmosfera, e seus sete tripulantes morreram.
Não haveria mais voos durante dois anos e meio. Uma comissão de investigação designada para analisar as causas do acidente criticou a Nasa e formulou drásticas recomendações para melhorar as condições de segurança.
Mas em julho de 2005, em seu primeiro voo depois da paralisação do programa, o Discovery perdeu um fragmento de grandes dimensões de espuma isolante no momento do lançamento, sem chegar a danificar o escudo térmico do orbitador. Esse mesmo problema esteve na origem do acidente do Columbia.
As naves permaneceriam novamente nos hangares durante um ano.
Depois de novas medidas para dar segurança máxima à tripulação, em 4 de julho de 2006 os voos foram retomados, com um Discovery reformado.
A decolagem da Atlantis neste, 8 de julho, marca o último passeio espacial desse tipo de aparelho.
No total, 385 pessoas de 16 países, na maioria americanos, terão voado em uma nave espacial.
Foram construídas seis naves, apesar de a primeira, Enterprise, não ter passado do estádio de protótipo. Discovery, Endeavour e Atlantis são as três sobreviventes daquela frota.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
segunda-feira, 18 de julho de 2011
INDEPENDÊNCIA E MORTE NO PARÁ
A declaração de independência, em setembro de 1822, foi o ápice de um processo conduzido pela elite brasileira que pretendia a mudança do status político, mas sem mudanças sociais, inclusive, com a manutenção da escravidão.
Muitos, porém, iludiram-se com os fatos e acreditaram realmente que a emancipação política era também, o seu momento, já que eram brasileiros. Talvez, o momento da desforra contra os pés de chumbo (portugueses).
Um dos mais tragicamente iludidos foi o povo do Pará.
Na noite do dia 16 de outubro de 1823 (o Pará aderiu à independência e união ao Brasil em agosto de 1823), um grupo de brasileiros, pobres e embriagados, atacou com pedras estabelecimentos comerciais portugueses (na época as vidraças eram moda), na cidade de Belém. Era a explosão de um ódio represado pela humilhação nativa de ver os portugueses sempre bem nutridos, donos das melhores casas e senhores do comércio local.
A desordem foi informada ao mercenário John Pascoe Grenfell, mercenário expulso da marinha britânica e contratado a peso de ouro por D.Pedro I para comandar sua força naval e impor a independência, que chegara semanas antes, na cidade.
Grenfell, já pela madrugada, determinou o desembarque de tropas que efetuaram a prisão de todas as pessoas encontradas pelas ruas, acusadas de atacar as vitrines portuguesas.
Foram presas 261 pessoas. Cinco sumariamente fuzilados e 256 recolhidos à cadeia pública até o dia 20, quando foram transferidos para bordo do navio “Palhaço”, ancorado no porto da cidade.
Confinados no porão da embarcação, tendo sido fechadas as escotilhas e mantendo-se aberta apenas uma pequena fresta para a entrada de ar, devido à superlotação e ao calor a bordo, os prisioneiros começaram a gritar reclamando por água e mais ar, alguns chegando mesmo a ameaçar a guarnição, em seu desespero.
O que aconteceu em seguida, até hoje é envolto em dúvidas e mistérios.
Alguns afirmam que um tiro (de advertência) de um dos guardas tenha atingido o depósito de cal virgem que se espalhou pelo lotado recinto. Outros acreditam que o próprio Grenfell tenha ordenado deliberadamente o massacre.
O fato é que, no dia seguinte, às sete horas da manhã do dia 22, aberto o porão do navio contaram-se duzentos e cinquenta e dois corpos (com sinais de longa e penosa agonia) e quatro sobreviventes, dos quais, no dia seguinte, apenas um resistiu. No total pereceram 255 homens.
Embora mais tarde Grenfell tenha negado ordenar o massacre, consta que os corpos foram espalhados pelas proximidades do cais.
Sua exposição era um macabro e silencioso aviso de que nada havia mudado com a proclamação às margens do Ipiranga.
Ah...ninguém foi preso pelo massacre e consta que Grenfell morreu velho, gordo, rico, e aparentemente sem nenhum remorço.
Muitos, porém, iludiram-se com os fatos e acreditaram realmente que a emancipação política era também, o seu momento, já que eram brasileiros. Talvez, o momento da desforra contra os pés de chumbo (portugueses).
Um dos mais tragicamente iludidos foi o povo do Pará.
Na noite do dia 16 de outubro de 1823 (o Pará aderiu à independência e união ao Brasil em agosto de 1823), um grupo de brasileiros, pobres e embriagados, atacou com pedras estabelecimentos comerciais portugueses (na época as vidraças eram moda), na cidade de Belém. Era a explosão de um ódio represado pela humilhação nativa de ver os portugueses sempre bem nutridos, donos das melhores casas e senhores do comércio local.
A desordem foi informada ao mercenário John Pascoe Grenfell, mercenário expulso da marinha britânica e contratado a peso de ouro por D.Pedro I para comandar sua força naval e impor a independência, que chegara semanas antes, na cidade.
Grenfell, já pela madrugada, determinou o desembarque de tropas que efetuaram a prisão de todas as pessoas encontradas pelas ruas, acusadas de atacar as vitrines portuguesas.
Foram presas 261 pessoas. Cinco sumariamente fuzilados e 256 recolhidos à cadeia pública até o dia 20, quando foram transferidos para bordo do navio “Palhaço”, ancorado no porto da cidade.
Confinados no porão da embarcação, tendo sido fechadas as escotilhas e mantendo-se aberta apenas uma pequena fresta para a entrada de ar, devido à superlotação e ao calor a bordo, os prisioneiros começaram a gritar reclamando por água e mais ar, alguns chegando mesmo a ameaçar a guarnição, em seu desespero.
O que aconteceu em seguida, até hoje é envolto em dúvidas e mistérios.
Alguns afirmam que um tiro (de advertência) de um dos guardas tenha atingido o depósito de cal virgem que se espalhou pelo lotado recinto. Outros acreditam que o próprio Grenfell tenha ordenado deliberadamente o massacre.
O fato é que, no dia seguinte, às sete horas da manhã do dia 22, aberto o porão do navio contaram-se duzentos e cinquenta e dois corpos (com sinais de longa e penosa agonia) e quatro sobreviventes, dos quais, no dia seguinte, apenas um resistiu. No total pereceram 255 homens.
Embora mais tarde Grenfell tenha negado ordenar o massacre, consta que os corpos foram espalhados pelas proximidades do cais.
Sua exposição era um macabro e silencioso aviso de que nada havia mudado com a proclamação às margens do Ipiranga.
Ah...ninguém foi preso pelo massacre e consta que Grenfell morreu velho, gordo, rico, e aparentemente sem nenhum remorço.
sábado, 16 de julho de 2011
A SILENCIOSA LUTA DOS ESTUDANTES DA PUC-RS
No dia 28 de março de 1968, alegando reclamar da qualidade do Restaurante Universitário, apelidado de Calabouço, estudantes fizeram uma manifestação no centro do Rio de Janeiro, que na verdade, tinha a Ditadura Militar como alvo.
Os órgãos de segurança, incluindo forças do exército, reagiram com a sutileza das bestas, com tiros disparados em várias direções. O estudante potiguar Edson Luiz de Lima Souto, recém chegado para fazer o curso de medicina, foi mortalmente alvejado, tornando-se, um mártir do movimento estudantil.
No dia seguinte, um gigantesco cortejo para o enterro, reunindo cerca de 50.000 pessoas. No dia 1o de abril, os estudantes, com paus e pedras nas mãos, obrigaram cerca de 1.500 policiais, com cassetes e bombas de gás lacrimogêneo, a recuarem, tamanha era a sua disposição. O conflito só terminou quando o Exército ocupou as ruas e matou mais um estudante: Davi de Souza Neiva.
No dia 5 de abril, ao final da missa de sétimo dia, na Igreja da Candelária, a cavalaria da PM espancou os participantes, com golpes de sabre e só não houve um massacre em função dos religiosos, que tendo à frente o vigário-geral do Rio de Janeiro, D. José de Castro Pinto, ficaram entre os estudantes e a cavalaria com seus crucifixos levantados, num ato de extrema coragem.
Inúmeros foram os heróis brasileiros formatados pelo movimento estudantil brasileiro, e muitos são os capítulos que podem ser escritos narrando suas lutas, heroísmo, amarguras e vitórias.
Atualmente, muitos se perguntam por onde andará a mística garra do estudante brasileiro. O que aconteceu com sua coragem e politização. Por onde anda a falecida UNE.
Alguns apontam para um desânimo crônico de seu movimento e uma enorme desesperança entre suas militâncias. Há também, os que afirmam que o movimento estudantil se despolitizou a partir da crescente privatização e mercantilização do ensino.
Não é nossa intenção entrar no mérito ou aprofundar o debate, nesse texto.
Entretanto, cabe valorizar todos os pequenos gestos de rebeldia contra a ordem constituída se essa ordem for entendida como ilegítima. Cada ação que se proponha libertária, democrática e participativa dos estudantes brasileiros deve ser acalantada como o despertar da letargia.
Talvez liberdade seja isso: despertares, assim mesmo, no plural.
Dessa forma, é com muito interesse que o povo gaúcho deve acompanhar a luta de estudantes da PUC-RS contra o que alegam ser autoritarismo, continuísmo de cartas marcadas e prepotência dos arranjos políticos que mantém o DCE daquela entidade viciado pelas mesmas forças dirigentes de sempre.
Não precisamos chorar velhas perdas doloridas como Edson Luiz e Davi Neiva, mas recordá-las como pedras que pavimentam a estrada de lutas que ainda estão muito longe de terminar.
O chamado para esses caminhos que levam à democracia, às vezes nos cobram atalhos estranhos, como a péssima qualidade da comida de um RU, ou a pseudo-arrogância de um DCE.
Os órgãos de segurança, incluindo forças do exército, reagiram com a sutileza das bestas, com tiros disparados em várias direções. O estudante potiguar Edson Luiz de Lima Souto, recém chegado para fazer o curso de medicina, foi mortalmente alvejado, tornando-se, um mártir do movimento estudantil.
No dia seguinte, um gigantesco cortejo para o enterro, reunindo cerca de 50.000 pessoas. No dia 1o de abril, os estudantes, com paus e pedras nas mãos, obrigaram cerca de 1.500 policiais, com cassetes e bombas de gás lacrimogêneo, a recuarem, tamanha era a sua disposição. O conflito só terminou quando o Exército ocupou as ruas e matou mais um estudante: Davi de Souza Neiva.
No dia 5 de abril, ao final da missa de sétimo dia, na Igreja da Candelária, a cavalaria da PM espancou os participantes, com golpes de sabre e só não houve um massacre em função dos religiosos, que tendo à frente o vigário-geral do Rio de Janeiro, D. José de Castro Pinto, ficaram entre os estudantes e a cavalaria com seus crucifixos levantados, num ato de extrema coragem.
Inúmeros foram os heróis brasileiros formatados pelo movimento estudantil brasileiro, e muitos são os capítulos que podem ser escritos narrando suas lutas, heroísmo, amarguras e vitórias.
Atualmente, muitos se perguntam por onde andará a mística garra do estudante brasileiro. O que aconteceu com sua coragem e politização. Por onde anda a falecida UNE.
Alguns apontam para um desânimo crônico de seu movimento e uma enorme desesperança entre suas militâncias. Há também, os que afirmam que o movimento estudantil se despolitizou a partir da crescente privatização e mercantilização do ensino.
Não é nossa intenção entrar no mérito ou aprofundar o debate, nesse texto.
Entretanto, cabe valorizar todos os pequenos gestos de rebeldia contra a ordem constituída se essa ordem for entendida como ilegítima. Cada ação que se proponha libertária, democrática e participativa dos estudantes brasileiros deve ser acalantada como o despertar da letargia.
Talvez liberdade seja isso: despertares, assim mesmo, no plural.
Dessa forma, é com muito interesse que o povo gaúcho deve acompanhar a luta de estudantes da PUC-RS contra o que alegam ser autoritarismo, continuísmo de cartas marcadas e prepotência dos arranjos políticos que mantém o DCE daquela entidade viciado pelas mesmas forças dirigentes de sempre.
Não precisamos chorar velhas perdas doloridas como Edson Luiz e Davi Neiva, mas recordá-las como pedras que pavimentam a estrada de lutas que ainda estão muito longe de terminar.
O chamado para esses caminhos que levam à democracia, às vezes nos cobram atalhos estranhos, como a péssima qualidade da comida de um RU, ou a pseudo-arrogância de um DCE.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
VALE À PENA CONFERIR - FINAL
Embora recém tenha exibido pouco mais da metade do total de capítulos, já podemos fazer uma análise, dentro das expectativas criadas, quando de seu lançamento, sobre o trabalho inédito de teledramaturgia "AMOR E REVOLUÇÃO", apresentado de segundas às sextas pelo SBT.
Embora mereça aplausos a iniciativa de, pela primeira vez na história da televisão brasileira, mostrar de forma realista os horrores dos "porões da Ditadura" que inclui, cenas de tortura, e ainda, mereça aplausos a idéia de popularizar temas considerados tabus, a novela, apresentou como resultado mais amplo, ganhos pífios ao que se propunha.
Mal dirigida e interpretada, com diálgos que beiram, muitas vezes, a idiotia, o produto final foi televisivamente tão ruim que chega a comprometer a mensagem que se queria passar.
É necessário reconhecer que, para muitos que assistiram a novela, o drama é tão mal enfocado que chega a ser confuso, passando longe do objetivo do autor.
Alguns pontos, porém, foram positivos, como o impacto proocado pelos depoimentos daqueles que sofreram com a repressão, bem como, os que a defenderam. Para muitos brasileiros, foi uma descoberta. Talvez chocante demais para justificar audiência cativa. Ante o horror, muitos preferem a ignorância e olhar para o outro lado.
É de se incentivar novos trabalhos e de destacar a coragem da produção em navegar por águas tão turvas. Tornaram-se os responsáveis pelo trabalho, vidraças em que fartamente se jogaram pedras. Restam os elogios que não se dedicam aos covardes.
A Comissão da Verdade, que propoem investigar casos de crimes cometidos pela Ditadura, está em debate no Congresso. Que os brasileiros mais distraídos, saibam, ao menos, a importância que tem, poder enterrar seus mortos, para os familiares dos desaparecidos.
Embora mereça aplausos a iniciativa de, pela primeira vez na história da televisão brasileira, mostrar de forma realista os horrores dos "porões da Ditadura" que inclui, cenas de tortura, e ainda, mereça aplausos a idéia de popularizar temas considerados tabus, a novela, apresentou como resultado mais amplo, ganhos pífios ao que se propunha.
Mal dirigida e interpretada, com diálgos que beiram, muitas vezes, a idiotia, o produto final foi televisivamente tão ruim que chega a comprometer a mensagem que se queria passar.
É necessário reconhecer que, para muitos que assistiram a novela, o drama é tão mal enfocado que chega a ser confuso, passando longe do objetivo do autor.
Alguns pontos, porém, foram positivos, como o impacto proocado pelos depoimentos daqueles que sofreram com a repressão, bem como, os que a defenderam. Para muitos brasileiros, foi uma descoberta. Talvez chocante demais para justificar audiência cativa. Ante o horror, muitos preferem a ignorância e olhar para o outro lado.
É de se incentivar novos trabalhos e de destacar a coragem da produção em navegar por águas tão turvas. Tornaram-se os responsáveis pelo trabalho, vidraças em que fartamente se jogaram pedras. Restam os elogios que não se dedicam aos covardes.
A Comissão da Verdade, que propoem investigar casos de crimes cometidos pela Ditadura, está em debate no Congresso. Que os brasileiros mais distraídos, saibam, ao menos, a importância que tem, poder enterrar seus mortos, para os familiares dos desaparecidos.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
EGITO E A MALDIÇÃO DO FARAÓ
Existiam dois Egitos, até a unificação por Menés (para muitos um personagem lendário, tipo Licurgo, em Esparta) em 3.200 aC.
Povo extraordinário em várias áreas do conhecimento como medicina, arquitetura, matemática, entre outras.
Divide-se sua longa história em três fases ou Impérios: o Antigo Império, o Médio Império e o Novo Império.
Seu período de maior esplendor foi o Antigo Império, quando o faraó concentrou tamanho poder que era comum a crença que só o Faraó tinha alma.
Até por isso, foi no Antigo Império, que se construíram as maiores pirâmides, como Queóps, Quéfrem e Miquerinos, construções tão fabulosas que, com certeza, envolveram todo o povo, de uma forma ou outra, no esforço do estado em sua construção.
Destaca-se que a escravidão não era a forma usual de exploração da mão-de-obra de seus governantes, mas, a escravidão coletiva, muitas vezes confundida até por gregos e hebreus, com escravidão.
Por habitarem o nordeste da África, mantiveram-se distantes das sangrentas lutas por terra fértil (ao contrário da Mesopotâmia) o que foi bom para seu desenvolvimento. Porém, esse isolamento geográfico acabou acarretando um forte atraso na metalurgia e no desenvolvimento tecnológico que acabaria sendo fatal para sua independência. Exemplo disso foi a invasão dos hicsos, no final do Antigo Império, que conheciam o aço, enquanto os egípcios não conheciam esse tipo de ferramenta.
O Egípcio era um povo cuja cultura estava fortemente atrelada à religião (extremamente politeísta, com mais de 3 mil deuses) e a idéia da morte.
Pensavam a morte permanentemente.
Apesar disso, não eram mórbidos.
Segundo o Historiador grego Heródoto, o Egípcio, apesar desse pensamento dominante, a ponto de ensinarem suas crianças a morrer desde tenra idade, era um povo alegre.
Adoravam festas, cerveja (que inventaram e que bebiam gelada) e música.
Na câmara mortuária de um faraó, por exemplo, onde se guardavam as coisas mais queridas do morto, foram encontrados os ingredientes básicos de uma cervejaria completa.
Amavam suas crianças, tanto que, todas as famílias ambicionavam uma casa cheia delas. Bater numa criança era crime hediondo e só permitido a seus pais sob certas circunstâncias.
Grandes médicos, os maiores de seu tempo. Destacavam-se na ginecologia e obstetrícia.
Conheciam como ninguém a saúde da mulher, tendo criado métodos anticonceptivos (à base de sementes de acácia negra moída misturada ao mel e usada como absorvente higiênico) e as primeiras camisinhas. Eram tão bons nisso que chegaram a criar um método desconhecido além deles por milhares de anos, de permitir a mulher tornar-se infértil temporariamente, enquanto tratava-se de alguma moléstia, por exemplo.
Tamanha sua fama que o Imperador Persa, certa vez, pediu, através de um mensageiro, que os médicos do Egito fizessem sua esposa engravidar novamente. Constrangido, e temeroso, pois o Império persa era o maior naquela época (séc. VI AC), o faraó respondeu que agradecia a confiança na medicina de seu país, mas que, até para eles seria difícil fazer a rainha engravidar outra vez, tendo em vista que a mesma já tinha 62 anos.
Em meados do século XX, a Rádio de Londres anunciou que tinha em seu poder, um instrumento musical, parecido com um saxofone e que na noite seguinte, um músico contratado pela emissora iria tocar o “Saxofone do faraó”.
Milhares de ouvintes telefonaram pedindo o cancelamento da exibição, pois tocar o instrumento querido de um faraó morto a tanto tempo poderia trazer azar e maldição. Ninguém na Rádio deu bola.
No dia seguinte, as 22 hs. Quando foi anunciada a execução ocorreu um blecaute na cidade. Por meia hora toda Londres ficou no escuro, fato raro pra eles. Novos telefonemas falaram em maldição.
Restabelecida a energia, o músico encheu os pulmões e dois mil anos depois, o instrumento musical voltou a emitir sua música.
Era a noite de 31 de agosto de 1939.
No dia seguinte, por ordens de Adolf Hitler a Alemanha invadia a Polônia e começava a segunda guerra mundial, evento que mataria milhões de pessoas, muitos delas, ingleses.
Coincidência, ou terá sido a maldição do Faraó?
Prof. Péricles
Povo extraordinário em várias áreas do conhecimento como medicina, arquitetura, matemática, entre outras.
Divide-se sua longa história em três fases ou Impérios: o Antigo Império, o Médio Império e o Novo Império.
Seu período de maior esplendor foi o Antigo Império, quando o faraó concentrou tamanho poder que era comum a crença que só o Faraó tinha alma.
Até por isso, foi no Antigo Império, que se construíram as maiores pirâmides, como Queóps, Quéfrem e Miquerinos, construções tão fabulosas que, com certeza, envolveram todo o povo, de uma forma ou outra, no esforço do estado em sua construção.
Destaca-se que a escravidão não era a forma usual de exploração da mão-de-obra de seus governantes, mas, a escravidão coletiva, muitas vezes confundida até por gregos e hebreus, com escravidão.
Por habitarem o nordeste da África, mantiveram-se distantes das sangrentas lutas por terra fértil (ao contrário da Mesopotâmia) o que foi bom para seu desenvolvimento. Porém, esse isolamento geográfico acabou acarretando um forte atraso na metalurgia e no desenvolvimento tecnológico que acabaria sendo fatal para sua independência. Exemplo disso foi a invasão dos hicsos, no final do Antigo Império, que conheciam o aço, enquanto os egípcios não conheciam esse tipo de ferramenta.
O Egípcio era um povo cuja cultura estava fortemente atrelada à religião (extremamente politeísta, com mais de 3 mil deuses) e a idéia da morte.
Pensavam a morte permanentemente.
Apesar disso, não eram mórbidos.
Segundo o Historiador grego Heródoto, o Egípcio, apesar desse pensamento dominante, a ponto de ensinarem suas crianças a morrer desde tenra idade, era um povo alegre.
Adoravam festas, cerveja (que inventaram e que bebiam gelada) e música.
Na câmara mortuária de um faraó, por exemplo, onde se guardavam as coisas mais queridas do morto, foram encontrados os ingredientes básicos de uma cervejaria completa.
Amavam suas crianças, tanto que, todas as famílias ambicionavam uma casa cheia delas. Bater numa criança era crime hediondo e só permitido a seus pais sob certas circunstâncias.
Grandes médicos, os maiores de seu tempo. Destacavam-se na ginecologia e obstetrícia.
Conheciam como ninguém a saúde da mulher, tendo criado métodos anticonceptivos (à base de sementes de acácia negra moída misturada ao mel e usada como absorvente higiênico) e as primeiras camisinhas. Eram tão bons nisso que chegaram a criar um método desconhecido além deles por milhares de anos, de permitir a mulher tornar-se infértil temporariamente, enquanto tratava-se de alguma moléstia, por exemplo.
Tamanha sua fama que o Imperador Persa, certa vez, pediu, através de um mensageiro, que os médicos do Egito fizessem sua esposa engravidar novamente. Constrangido, e temeroso, pois o Império persa era o maior naquela época (séc. VI AC), o faraó respondeu que agradecia a confiança na medicina de seu país, mas que, até para eles seria difícil fazer a rainha engravidar outra vez, tendo em vista que a mesma já tinha 62 anos.
Em meados do século XX, a Rádio de Londres anunciou que tinha em seu poder, um instrumento musical, parecido com um saxofone e que na noite seguinte, um músico contratado pela emissora iria tocar o “Saxofone do faraó”.
Milhares de ouvintes telefonaram pedindo o cancelamento da exibição, pois tocar o instrumento querido de um faraó morto a tanto tempo poderia trazer azar e maldição. Ninguém na Rádio deu bola.
No dia seguinte, as 22 hs. Quando foi anunciada a execução ocorreu um blecaute na cidade. Por meia hora toda Londres ficou no escuro, fato raro pra eles. Novos telefonemas falaram em maldição.
Restabelecida a energia, o músico encheu os pulmões e dois mil anos depois, o instrumento musical voltou a emitir sua música.
Era a noite de 31 de agosto de 1939.
No dia seguinte, por ordens de Adolf Hitler a Alemanha invadia a Polônia e começava a segunda guerra mundial, evento que mataria milhões de pessoas, muitos delas, ingleses.
Coincidência, ou terá sido a maldição do Faraó?
Prof. Péricles
ITAMAR FRANCO
Diz a lenda que Itamar nasceu num navio, entre a Bahia e Minas Gerais. Ele mesmo se dizia mineiro e ficava brabo se o chamassem de baiano.
Itamar Franco surgiu no velho (não no atual, desfigurado) PTB de João Goulart. Sua primeira eleição foi para vereador em Juiz de Fora - MG, em 1958. Foi também sua primeira derrota eleitoral.
Foi derrotado novamente em 1962, candidato a vice-prefeito daquela cidade (na época prefeito e vice-prefeito eram duas escolhas separadas).
Porém, seria eleito prefeito em 1966.
Como Prefeito construiu 5 ou 6 adutoras de água que tornaram Juiz de Fora invejada pelas cidades vizinhas, até hoje.
A administração de Itamar foi tão elogiada e bem vista pela população local, que homens como Mário Andreazza, de visão política ambiciosa, tentou por todos os meios, levá-lo para a ARENA.
Em 1974, após ser reeleito em 1972, por uma pressão de Tancredo Neves, Itamar renunciou ao cargo para concorrer ao Senado Federal. Foi eleito naquele ano e naquelas eleições que seriam marcantes para fazer ver aos Ditadores que seu tempo se esgotava, já que o MDB (a oposição ao regime) venceria de ponta a ponta no Brasil (tal massacre de votos provocaria o Pacote de Abril e a criação do Senador Biônico para que os entreguistas da ARENA continuassem com maioria).
Com o fim do bipartidarismo, em 1982, Itamar permaneceu no PMDB e foi reeleito para o Senado Federal.
Em 1990, tendo seu espaço reduzido na política mineira por Newton Cardoso, Itamar surpreende a todos ao aceitar ser vice do candidato à presidência Fernando Collor de Melo.
Pela primeira vez é derrotado em Juiz de Fora. Lula vence as eleições no segundo turno na cidade de Itamar, mas vira vice-presidente, e, mais tarde, diante da queda de Collor, assume o posto de Presidente da República (1992).
Homem íntegro e honesto, Itamar Franco jamais usou o cargo para meter a mão no dinheiro alheio, muito menos no dinheiro público.
Antônio Carlos Magalhães, um dia, quando governava a Bahia fez denúncias de corrupção no governo Itamar. O então presidente o desafiou a apresentar as provas num encontro do Planalto. ACM foi (provavelmente disposto a fazer acordos e propor negociatas) e quando chegou às portas do gabinete presidencial estavam abertas, os ministros e jornalistas lá estavam, e, possesso, ACM não conseguiu mais que apresentar recortes de jornais, acabou desmontada uma das muitas farsas que protagonizou na política.
Foi o “pai”, o verdadeiro criador do Plano Real, mas, calado, permitiu que o clone de salvador da pátria, construído pela mídia e pela elite nacional se apoderasse de sua criação.
Imagine o que deve ter sido doloroso ao homem simples de Juiz de Fora assistir à criação da lenda de FHC “pai” do Real, pela mídia, a mesma mídia que lhe dava espaço apenas como um “Presidente instável e exótico”.
Em 1998, por pouco não consegue impedir a reeleição de FHC, tentando ser o candidato do PMDB. Houve choro e ranger de dentes para que desistisse, e foi montado todo um espetáculo para jogar sua imagem no ridículo. Os escândalos de ser filmado ao lado de uma atriz sem calcinha (Liliam Ramos) num desfile carnavalesco no Rio, namoros, etc, foram superdimensionados pela mídia nacional.
E em janeiro de 1999, eleito governador de Minas decreta a moratória das dívidas do Estado e coloca em risco, mais uma vez, todo o processo neoliberal de FHC.
Itamar Franco, como todos nós, era uma pessoa com seus defeitos e suas incoerências. Mas era um político nato, um brasileiro honesto. Um homem simples que dignificou com sua presença e com seu comportamento, o cenário político nacional, independente das diferenças de pensamento político e de ideologias.
Prof. Péricles
Itamar Franco surgiu no velho (não no atual, desfigurado) PTB de João Goulart. Sua primeira eleição foi para vereador em Juiz de Fora - MG, em 1958. Foi também sua primeira derrota eleitoral.
Foi derrotado novamente em 1962, candidato a vice-prefeito daquela cidade (na época prefeito e vice-prefeito eram duas escolhas separadas).
Porém, seria eleito prefeito em 1966.
Como Prefeito construiu 5 ou 6 adutoras de água que tornaram Juiz de Fora invejada pelas cidades vizinhas, até hoje.
A administração de Itamar foi tão elogiada e bem vista pela população local, que homens como Mário Andreazza, de visão política ambiciosa, tentou por todos os meios, levá-lo para a ARENA.
Em 1974, após ser reeleito em 1972, por uma pressão de Tancredo Neves, Itamar renunciou ao cargo para concorrer ao Senado Federal. Foi eleito naquele ano e naquelas eleições que seriam marcantes para fazer ver aos Ditadores que seu tempo se esgotava, já que o MDB (a oposição ao regime) venceria de ponta a ponta no Brasil (tal massacre de votos provocaria o Pacote de Abril e a criação do Senador Biônico para que os entreguistas da ARENA continuassem com maioria).
Com o fim do bipartidarismo, em 1982, Itamar permaneceu no PMDB e foi reeleito para o Senado Federal.
Em 1990, tendo seu espaço reduzido na política mineira por Newton Cardoso, Itamar surpreende a todos ao aceitar ser vice do candidato à presidência Fernando Collor de Melo.
Pela primeira vez é derrotado em Juiz de Fora. Lula vence as eleições no segundo turno na cidade de Itamar, mas vira vice-presidente, e, mais tarde, diante da queda de Collor, assume o posto de Presidente da República (1992).
Homem íntegro e honesto, Itamar Franco jamais usou o cargo para meter a mão no dinheiro alheio, muito menos no dinheiro público.
Antônio Carlos Magalhães, um dia, quando governava a Bahia fez denúncias de corrupção no governo Itamar. O então presidente o desafiou a apresentar as provas num encontro do Planalto. ACM foi (provavelmente disposto a fazer acordos e propor negociatas) e quando chegou às portas do gabinete presidencial estavam abertas, os ministros e jornalistas lá estavam, e, possesso, ACM não conseguiu mais que apresentar recortes de jornais, acabou desmontada uma das muitas farsas que protagonizou na política.
Foi o “pai”, o verdadeiro criador do Plano Real, mas, calado, permitiu que o clone de salvador da pátria, construído pela mídia e pela elite nacional se apoderasse de sua criação.
Imagine o que deve ter sido doloroso ao homem simples de Juiz de Fora assistir à criação da lenda de FHC “pai” do Real, pela mídia, a mesma mídia que lhe dava espaço apenas como um “Presidente instável e exótico”.
Em 1998, por pouco não consegue impedir a reeleição de FHC, tentando ser o candidato do PMDB. Houve choro e ranger de dentes para que desistisse, e foi montado todo um espetáculo para jogar sua imagem no ridículo. Os escândalos de ser filmado ao lado de uma atriz sem calcinha (Liliam Ramos) num desfile carnavalesco no Rio, namoros, etc, foram superdimensionados pela mídia nacional.
E em janeiro de 1999, eleito governador de Minas decreta a moratória das dívidas do Estado e coloca em risco, mais uma vez, todo o processo neoliberal de FHC.
Itamar Franco, como todos nós, era uma pessoa com seus defeitos e suas incoerências. Mas era um político nato, um brasileiro honesto. Um homem simples que dignificou com sua presença e com seu comportamento, o cenário político nacional, independente das diferenças de pensamento político e de ideologias.
Prof. Péricles
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