sábado, 11 de janeiro de 2014
BELZEBU E A BABILÔNIA
Os povos mesopotâmios habitavam uma das regiões mais férteis de seu tempo, e, em seu tempo isso decidia tudo. Boas terras irrigadas eram mais valiosas, muito mais valiosas, do que as ricas terras petrolíferas da atualidade.
Ter uma terra assim favorecia a agricultura e permitia a sobrevivência.
Por isso mesmo era cobiçada por todos os povos, e todos aqueles que se sentiam minimamente equipados para uma guerra a invadiam. Claro que, para não serem expulsos, os povos que ali habitavam resistiam de todas as formas e as guerras se prolongavam.
Tão antigos quanto os Egipcios, os povos da Mesopotâmia desenvolveram uma escrita que rivaliza com os hieroglifos em antiguidade.
De tantas guerras, os babilônio aprenderam desde cedo que era muito fácil morrer. Seus pais morreram jovens e eles também morreriam pois esse parecia ser o preço de morar num paraíso tão invejado.
Como era fácil morrer cresceu um forte sentimento de apego à vida e aos prazeres e as terras douradas entre os rios Tigre e Eufrates viram florescer povos que adoravam festas e a alegria, fato refletido em sua cultura, especialmente em sua religião.
Os Babilônios não acreditavam na continuação da vida após a morte. Para eles, apenas os deuses eram eternos. Então, aos prazeres, enquanto possível!
Assim o exigiam seus deuses, como Marduque e Baal e deusas como Ishtar.
Baal era tão apegado nos prazeres da carne, no sexo, drogas e rock in rol que provocava escândalos nos hebreus, um povo tradicionalmente mais exposto aos conceitos de pecado e virtudes. Aliás, de Baal derivou-se a palavra Belzebaal, depois Belzebu, o demônio entre os semitas.
Esses escândalos abalavam tanto seus vizinhos que, o povo de Baal tornou-se símbolo de pecado e de perdição. Alguns dos mais poderosos ícones bíblicos como Belzebu, a Torre de babel, Sodoma e Gomorra, localizavam-se segundo as escrituras, nessas terras periodicamente inundadas pelo Tigre e pelo Eufrates.
Provavelmente os pais do “povo de deus” ensinavam os filhos a se afastarem das mulheres babilônicas adoradoras de Ishtar.
Ishtar era a deusa do amor, mas não do amor mãos dadas e olhinhos piscantes, mas do amor barra pesada, que incluía variadas formas e posições. Ishtar, senhora do sexo e do prazer feminino. Todos os sacerdotes de Ishtar eram homossexuais (cultuados e não discriminados) e em homenagem a essa deusa se celebrava, uma vez por ano, a “prostituição Sagrada” quando toda mulher solteira ou casada, deveria praticar a prostituição, exigir pagamento, e especialmente, exigir prazer. Obviamente os maridos não estavam incluídos na clientela.
Num tempo em que o prazer sexual era, praticamente, monopólio masculino, esse povo brilhante, parece ter entendido a necessidade da realização sexual da mulher para manter o casamento e a família.
Para eles, a morte precoce era inevitável, mas o prazer, uma opção.
Prof. Péricles
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