sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
A ESCOLHA DE D. PEDRO
O Brasil começou a se emancipar de Portugal, de fato, em 1808, quando a sede do governo português transferiu-se para a colônia e é declarada a “abertura dos portos brasileiros às nações amigas” o que, na prática queria dizer, Inglaterra.
O processo de emancipação que uniu interesses de nossa elite com as elites inglesas se fortaleceu com o Tratado de Stragford em 1810 e a elevação do Brasil à categoria de Reino Unido em 1815.
Em 1822, a independência política era absolutamente inevitável e irreversível.
Porém, algumas coisas muito importantes ainda deviam ser bem esclarecidas. Por exemplo, quem lideraria o processo de rompimento definitivo?
Para os latifundiários brasileiros o ideal era que fosse o Príncipe regente D. Pedro, visto que, dessa forma poderia ser mantida a forma monárquica de governo e, por extensão, manter a escravidão.
Não fosse D. Pedro, seria outro, porém, exigiria outras manobras para manter o sistema escravagista.
Claro, que em tudo isso ainda haveria a vontade pessoal do Regente.
Iria querer D. Pedro proclamar a independência do Brasil? Isso o faria Imperador da jovem nação, mas, representaria a perda dos direitos à sucessão de seu pai, D. João VI, ao trono português.
Toparia D. Pedro trocar o trono de Portugal pelo trono do Brasil?
A resposta ocorreu em 9 de janeiro de 1822 (essa semana completou 192 anos).
Nesse dia, D. Pedro, então um jovem de 23 anos, deveria fazer sua escolha. De um lado haviam decretos estabelecidos pelas Cortes de Lisboa exigindo seu retorno imediato. De outro, um abaixo-assinado contando mais de 8 mil assinaturas para que ficasse.
A decisão de D. Pedro nesse dia foi muita mais importante para ele próprio, sua carreira e seu futuro, do que pra a independência do Brasil, apesar do que dizem os livros didáticos de história.
A escolha foi a melhor para ele?
Ao menos em relação ao tempo em que foi rei ocorreu uma incrível coincidência.
No Brasil D. Pedro acabou proclamando a independência e se tornando o primeiro Imperador do país. Governou apenas 8 anos e 7 meses de setembro/1822 a abril/1831.
Se não tivesse o dia do Fico e ele retornasse para Portugal, vindo a ser o futuro rei com a morte de seu pai, D. João VI ocorrida em março/1826 e considerando que, ele próprio, D. Pedro, faleceu em setembro de 1834, seu governo duraria 8 anos e 6 meses.
Igualite.
Prof. Péricles
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