quarta-feira, 1 de julho de 2015
PAÍS DA INCLUSÃO SOCIAL
Por Paulo Nogueira direto do Diário do Centro do Mundo
Foi com satisfação especial que vimos Marieta Severo viralizar no DCM.
O texto sobre a enquadrada que ela deu sobre Fausto Silva, de autoria de Kiko Nogueira, já foi lido por mais de 1 milhão de pessoas, no momento em que escrevo.
No Facebook, o artigo recebeu, até aqui, 106 000 curtidas, uma raridade para qualquer site em qualquer país.
Por conta disso, o DCM teve, ontem, uma de suas maiores audiências: 1,6 milhão de acessos.
O texto, fora sua carreira no DCM, foi reproduzido em vários outros sites. Tem sido uma constante: a repercussão de nossos artigos para além dos nossos domínios.
“Kiko mitou”, brincamos aqui.
O que nos agradou, mais que tudo, foi o conteúdo que mereceu tantos aplausos: Marieta, ao responder a Fausto Silva, desfez o discurso manipulador, cínico e desonesto da Globo e das demais grandes empresas de mídia.
O Brasil não é o paraíso que a Globo pintava na ditadura militar, mas definitivamente está longe de ser o inferno descrito pela mídia.
Com todos os percalços dos últimos anos, o país melhorou substancialmente em sua grande chaga: a desigualdade social.
A mídia, com seus interesses sinistros, esconde de seus leitores que o maior problema nacional é a desigualdade. Isso porque seus donos, riquíssimos, se beneficiam da desigualdade.
Em vez de erguer a voz contra a iniquidade, a mídia fala obsessivamente em corrupção – porque este truque funcionou em 1954, com Getúlio, e em 1964, com Jango.
Escândalos, a maior parte deles amplificados ou simplesmente inventados, ocupam a maior parte do noticiário. O alvo é sempre o PT, como antes foram Getúlio e Jango.
O paradoxo, aí, é que a mídia é visceralmente corrupta: vive descaradamente do dinheiro público. Fez do Estado sua babá.
Não contentes com os bilhões em publicidade, financiamentos em bancos públicos a juros maternos e outras mamatas, as empresas de jornalismo ainda sonegam impostos – certas da impunidade.
Faustão veio, diante de Marieta, com o clichê obtuso do “país da desesperança”, algo que tem um apelo extraordinário para analfabetos políticos que batem panelas e vestem camisas da seleção em manifestações estimuladas pela mídia.
E Marieta rebateu com a inclusão social, que a mídia finge não ter importância nenhuma como se fôssemos a Suécia ou a Dinamarca.
Marieta viralizou porque ela falou por muitos brasileiros que já não suportam mais tanta empulhação.
Foi a mesma coisa que ocorreu quando Boechat mandou Malafaia procurar uma rola. Quantos de nós não gostaríamos de dizer uma coisa dessas para Malafaia?
Marieta trouxe a inclusão social para a conversa – e este foi seu maior mérito.
O Brasil avançou no campo social – mas muito menos do que deveria.
Lula e Dilma fizeram mais que seus antecessores desde Getúlio, mas muito menos do que o necessário para que o Brasil deixe de ser sinônimo de desigualdade.
“Brasil da desesperança”, para usar a expressão de Fausto Silva, é aquele que a plutocracia predadora construiu.
O resto, como escreveu Shakespeare, é silêncio.
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