quinta-feira, 8 de agosto de 2013
OS 8 MELHORES GOVERNANTES DO BRASIL
A seguir uma lista dos “melhores”. Cada um deles nos leva a boas discussões em outro fórum. Aqui, tratamos apenas de realçar alguns pontos. Confira se você concorda com “Os 8 Melhores Governantes do Brasil”:
1 – Mem de Sá: Foi o terceiro governador-geral do Brasil. Veio pra cá para resolver os problemas que o governador anterior, Duarte da Costa, não conseguira resolver. Chegou em 1558 e por aqui ficou até sua morte em 1572. Sentindo-se doente passou os últimos anos pedindo ao Rei para voltar para casa, em Portugal, mas por sua enorme competência o rei ficou enrolando. Graças a ele e seu sobrinho, Estácio de Sá, os franceses foram expulsos. Proibiu a escravidão indígena e assim pacificou os índios. Combateu como pôde a bandidagem dessas terras habitadas por bêbados, homicidas, estupradores e criminosos de toda a espécie. Prendendo ou enforcando os principais desordeiros. Combateu também, a antropofagia e o homossexualismo, que hoje não seria politicamente correto, mas, na época afetava muito a cultura indígena. No seu governo foi fundada a cidade do Rio de Janeiro.
2 – Mauricio de Nassau: Entre 1637 e 1644. Funcionário dos holandeses que haviam invadido o Brasil. Em sua administração a parte do Brasil comandada por ele (Pernambuco e arredores) progrediu enormemente. Era apaixonado pela beleza da terra brasileira que chamava de “Nova Holanda”. Valorizou a produção do açúcar, aumentou o porto de Recife, embelezou Olinda, criou estradas, trouxe artistas que tornaram o Brasil conhecido na Europa e no Mundo. Quando foi embora, o Brasil ficou mais triste e a os holandeses começariam a ser expulsos do nordeste.
3 – Marquês do Pombal: Sebastião José de Carvalho e Melo jamais pisou em solo brasileiro. Mas, na condição de uma espécie de primeiro-ministro do rei D. José I, administrou as terras brasileiras entre 1750 e 1777. É uma figura polêmica, mas sem dúvida, um notável administrador. Foi ele, por exemplo, que reconstruiu Lisboa completamente destruída por um terremoto em 1755. Por aqui, foi ele o principal mentor e artífice do Tratado de Madri (1750) que definiu como brasileiras (portuguesas) as terras além de Tordesilhas que configuram o Brasil, praticamente como é hoje. Incorporou o Rio Grande do Sul ao restante do território, expulsou os jesuítas de língua espanhola que mandavam por aqui. Tentou criar uma rede escolar no Brasil que não tinha nada nessa área além da boa vontade dos padres. Sua idéia era criar 500 escolas, mas teve que desistir porque não apareceram nem 500 professores dispostos a trabalhar por aqui. Algo assim parecido com os médicos e as nossas carências na saúde de hoje em dia.
4 – D. João VI: Filho de mãe louca, casado com uma mulher que lhe odiava profundamente e o traia com todos, pai de dois filhos, um que amava e a política lhe tirou (D. Pedro) e outro que o odiava tanto quanto a mãe e que sempre pretendeu o trono (D. Miguel). Teve que correr de Portugal e disso nunca se recuperou se julgando um covarde. No final da vida perdeu quase todos os poderes para uma revolução liberal, a Revolução do Porto de 1820. D. João VI vivia em depressão. Como não havia prosac naquele tempo, comia compulsivamente, até guardando coxinhas de galinha no bolso da casava. Tornou-se obeso, amargo e infeliz. Mas não era incompetente como a historiografia oficial tenta lhe definir. No Brasil entre 1808 e 1820, anexou a Cisplatina (Uruguai) ao território brasileiro, criou o Banco do Brasil, calçou as cidades da capital, criou o Jardim Botânico, a Biblioteca Nacional e muitos outros melhoramentos.
5 – Padre Diogo Antônio Feijó: Naquele curioso período entre um Imperador e outro, que chamamos de Período Regencial (1831-1840) foi o Regente único entre 1835 a 1837. Racista, reacionário e violento, o Padre Feijó recebeu o apelido de “o padre de ferro” por sua obstinada luta contra os movimentos que ameaçavam a unidade nacional com várias províncias buscando a independência (Rio Grande do Sul, Bahia, Para, Maranhão). Fundou o Partido Liberal que junto com o Conservador, governou o Brasil por todo o Segundo Reinado. Criou a Guarda Nacional que daria origem ao coronelismo. Morreu cego, numa cadeira de rodas, mais amargo do que nunca, porém orgulhoso de que o Brasil, muito por sua causa, continuava do mesmo tamanho.
6 – Mal. Floriano Vieira Peixoto: era vice e quando o Presidente Deodoro da Fonseca renunciou em 1891 deveria providenciar novas eleições. Mas, ao contrário assumiu plenamente o cargo e governou até 1894. Positivista, defendia a industrialização e por isso, a classe dominante brasileira, os produtores de café, lhe fizeram obstinada oposição. Mas foi rígido em suas idéias. Jamais tirou o eterno palito de dentes da boca, mesmo quando falava com os poderosos. Todo o domingo jogava gamão na praia de Copacabana com os amigos e qualquer um podia falar com o Presidente. Foi chamado de “o consolidador da República”, pois com mão de ferro derrotou duas revoltas da Armada (Marinha de Guerra), a Revolução Federalista no Rio Grande do Sul (Chimangos e Maragatos) e várias conspirações de quartel incentivadas pelos aristocratas. Era odiado pelos ricos e amado pelos miseráveis. Morreu um ano após deixar o governo e levou milhares de pessoas, todos pobres, para o seu enterro.
7 – Campos Sales: paulista, foi o primeiro presidente a combater seriamente a dívida externa brasileira através de um programa chamado “Funding Loan” onde uniu todas as dívidas num condomínio, decretou moratória por dois anos e estabeleceu uma política de austeridade nos gastos do governo. Cortou o cafezinho e criou uma Lei sobre os selos que provocou o ódio da população e o apelido de “Campos Selos”. Estruturou o poder das oligarquias da República Velha criando a chamada “política dos governadores”. Governou na passagem do século, de 1898 a 1902.
8 – Getúlio Dorneles Vargas: Talvez a figura mais polêmica da história do Brasil. Poderia constar na lista dos piores se sua atuação fosse vista apenas pelo lado ditador e populista. Mas, pela sua atuação como estadista e por ter de fato encaminhado o Brasil para a industrialização, criando uma indústria de base, além de promover, de um jeito ou de outro, a legislação trabalhista no Brasil (CLT), a política sindical e a estatização do monopólio do petróleo com a fundação da Petrobras em 1953, merece estar, também, na lista dos melhores. Governou como líder de uma revolução vitoriosa entre 1930 a 1934, designado pela Constituição de 1934 a 1937, como ditador entre 1937 a 1945 e finalmente como presidente eleito entre 1951 até seu suicídio em 1954. Na história do Brasil deu nome a uma época, a Era Vargas.
Concorda comigo? Discorda?
Mande para o Blog sua opinião ou sugestão. Experimente fazer a sua própria lista.
Abraços,
Prof. Péricles
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Um comentário:
E o Imperador Dom Pedro II, cade ele?
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