A Doutrina neoliberal surgiu com força no “mundo globalizado” a partir da crise terminal do socialismo real e provocaram o fim do Bloco Socialista e da da própria União Soviética. Sua ascensão está ligada aos governos Ronald Reagan (EUA) e Margareth Thatcher (Inglaterra), a partir de meados da década de 80.
Nas décadas seguintes predominou em todos os cantos do planeta, prometendo uma prosperidade nunca vista antes e que só seria possível com a globalização mundial, a integração dos mercados, a diminuição do estado e as privatizações.
No Brasil, o neoliberalismo chegou ao poder com a eleição de Fernando Collor de Melo (PRN) em 1989 e nos dois mandatos seguintes de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Hoje, 25 anos, crise financeira internacional e milhões de desempregados depois, o neoliberalismo enfrenta sua agonia, provavelmente terminal.
Nenhuma de suas promessas, defendidas como dogmas por seus ideólogos, se concretizou, fazendo o mundo melhor e os povos mais felizes.
Seu "canto do cisne", pelo menos, na América, parece estar num de seus mais importantes baluartes, o Peru de Alberto Fujimori.
O Peru foi às urnas neste domingo (05/junho) para impedir a continuidade da política neoliberal personificada em Keiko Fujimori e eleger um novo projeto.
A vitória de Ollanta Humala de proposta claramente anti-neoliberal, de esquerda (segundo seus críticos de estilo muito próximo de Hugo Chaves, mas segundo ele mesmo, muito mais próximo de Lula), fala por si mesmo.
A derrota neoliberal no Peru é mais do que sintomática. Trata-se da rejeição definitiva de um modelo econômico, político e social que iludiu muito mais do que realizou. Que apequenou os estados transferindo patrimônio público para o patrimônio privado, que ampliou as diferenças sociais e infelicitou toda uma geração.
Definitivamente, a história não acabou, como seus adeptos, um dia, chegaram a profetizar e bem o diz quem alerta para os falsos profetas.
Prof. Péricles
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