segunda-feira, 30 de maio de 2011

DESCOBERTA DA AIDS COMPLETA 30 ANOS

Há 30 anos, no dia 5 de junho de 1981, o Centro de Controle de Doenças de Atlanta, nos Estados Unidos, descobriu em cinco jovens homossexuais uma estranha pneumonia que até então só afetava pessoas com o sistema imunológico debilitado.

Um mês depois, foi diagnosticado um câncer de pele em 26 homossexuais americanos e se começou a falar de "câncer gay".

No ano seguinte, a doença foi batizada com o nome de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, Aids, em inglês, Sida.

As epidemias são velhas companheiras do homem em sua história.

O próprio Império Romano estava debilitado quando caiu, em 476, por um surto de varíola que matava milhares de cidadãos.

O século XIV, chamado por muitos de “o século das crises” assistiu o drama inenarrável da Peste Negra (Peste bubônica e pneumônica).

Mais recentemente, o fenômeno da Gripe Espanhola pós I Guerra Mundial, matou milhares e milhares de pessoas em vários países diferentes (pandemia). Tão misteriosamente como apareceu, desapareceu sem deixar vestígios.

Nesses 30 anos, aprendemos e sofremos com a AIDS.

Perdemos muitas vidas. Mas talvez, tenhamos ganho dignidade no trato das diferenças.

Apesar de em 1996, com o desenvolvimento dos anti-retrovirais, a doença mortal ter passado a um padrão de enfermidade crônica. Apesar do conhecmento maior sobre o virus e mesmo com o desenvolvimento do coquetel medicamentoso que prolongou e deu mais qualidade de vida aos infectados, ainda não existe uma cura definitiva para a doença.

Hoje, a grande preocupação é não permitir o “salto alto”, a crença de que o inimigo não oferece mais risco, pois esse comportamento perigoso, acaba por incentivar a falta de cuidados e a consequente infestação viral.

O uso de preservativo, os cuidados nas relações sexuais e o reconhecimento que o problema ainda ameaça, é uma obrigação para conosco e para com os próximos.

A Aids, ou Sida, foi e ainda é, a maior epidemia de nosso tempo.

RELIGIÕES CRISTÃS 02

Defendendo a idéia de que a Igreja Anglicana não havia se afastado o suficiente da Católica, surgiram as Igrejas Não Conformistas.

IGREJA PURITANA: Defendem uma Igreja Pura (Puritanismo), sem intervenção do Estado na religião.

IGREJA BATISTA (1609): defende o batismo na Idade Adulta

IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA (1863): informa sobre a volta de Jesus (advento), a derrota definitiva de Satanás. Prega que se guarde os sábados como dia santificado.

IGREJA PRESBITERIANA (1560): Surgiu na Escócia com o pregador John Knox. Defende a hierarquia dos presbíteros (eleitos pela congregação) e não os Episcopados (eleitos por bispos).

IGREJA METODISTA (1739): Inglaterra, John Wesley, fervor metódico estudo da Bíblia.

EXÉRCITO DA SALVAÇÃO (1865): Modelo Hierárquico Militar.

As Igrejas Pentecostalismo surgiram nos Estados Unidos a partir de 1901. Acredita nos dons de Pentecostes e nas explicações mágicas da fé.

- Evangelho Quadrangular (1922) clero feminino a cura é divina e aceitável.

- Assembléia de Deus (1911) é a maior Igreja Pentecostal da América Latina.

- Congregação Cristã no Brasil (1910) bem pouco conhecida é contra a prática do dízimo (colaboração pecuniária dos fiéis para a Igreja).

- Deus é Amor (1962) de comportamento bastante radical em relação aos comportamentos, tipo, cabelos compridos e assistir televisão.

As Igrejas Neopentecostais defendem a fé inabalável e inquestionável, comprovada mediante cultos de ação e fé. Defendem a prática secular do dízimo.

- Igreja Universal do Reino de Deus (1977)

- Igreja Internacional da Graça de Deus (1980)

- Igreja Renascer em Cristo (1986)

Destaques ainda para:

TESTEMUNHAS DE JEOVÁ (1880) Não celebram Natal e acredita na iminência do Juízo Final.
IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS (Mórmons 1830): criada pelo norte-americano Joseph Smith no século XIX sofre contestações de ser realmente cristã, já que sua escritura sagrada é um livro de seu fundador, o Livro de Mórmon.

Bem, agora você já sabe um pouco mais sobre a divisão das religiões cristãs, embora o assunto seja bem mais complexo e caiba mais informações. Nossa preocupação, claro, é apenas de uma rápida exposição.
Em breve vamos ver as religiões Muçulmanas.

Prof. Péricles

RELIGIÕES CRISTÃS 01

As religiões cristãs fundamenta-se nos ensinamentos de Jesus Cristo contidos nos Evangelhos. Os Evangelhos não foram escritos por Jesus, mas, na tradição cristã, por seus mais próximos seguidores, os apóstolos.

A figura de Jesus, sua história e ensinamentos aconteceram no Oriente, mais especificamente, no Oriente Médio, atual Israel e Palestina.

Entretanto, seus enorme sucesso, que a faz uma das maiores religiões de todos os tempos se deve a Roma, pois foi o Império Romano que adotou o cristianismo e o preservou. Foi também em Roma que nasceu o clero, a Igreja oficial cristã e seus dogmas.

Mas não foi fácil.
Ao contrário do que lhe era peculiar, Roma, inicialmente, proibiu o culto cristão. Ao contrário, pelo menos três Imperadores promoveram uma deliberada perseguição aos adeptos do cristianismo.

Somente a partir do Édito de Milão (313) e do Édito de Tessalônica (380), o cristianismo foi permitido e depois, adotado como religião oficial do Império.

Depois da queda de Roma, em 476, a Igreja Cristã tornou-se a mais poderosa organização política e econômica de seu tempo, e o Papa (o supremo sacerdote, chefe da Igreja) a figura política mais importante do mundo ocidental.

Em 1054, ocorreu o Cisma, com a divisão da Igreja Cristã em duas: Igreja Católica Apostólica Romana (do Ocidente, subordinada ao Papa) e Igreja Cristã Ortodoxa (do Oriente, sem ligação hierárquica com o Papa).

A partir do século XVI, o imenso poder da Igreja Católica sofrerá perdas decisivas com os movimentos Protestantes. Esses movimentos Protestantes, de contestação às práticas corruptas da Igreja oficial, foram basicamente 3:


* IGREJA LUTERANA (1517): Criada pelo alemão Martinho Lutero, que defendia que a salvação se dava pela Fé e na livre Interpretação das escrituras;

* IGREJA ANGLICANA (1534): Criada pelo Rei inglês Henrique VIII, basicamente para ampliar seu poder diminuindo o do Papa, aceita ordenação de mulheres, o divórcio e a autoridade máxima do Rei, também na religião;
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* IGREJA CALVINISTA (1536): Criada pelo suíço João Calvino que viveu ainda na França, na Holanda, e na Bélgica. O Calvinismo defende a predestinação das almas justificando a situação financeira, seja de conforto ou de miséria, como sinais evidentes de uma vida futura no céu ou no Inferno. É claro que a burguesia adorou as definições calvinistas.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

CÓDIGO FLORESTAL

Pessoal, o assunto é muito importante, de certa forma, decisivo, e devemos acompanhar com o máximo interesse.

Se por um lado da proposta do governo temos opiniões respeitosas e válidas de pessoas que já algum tempo alertam sobre o quanto está superado o atual Código Florestal (de 1965, ainda da Ditadura) e se faz necessário atualizar a legislação, de outro, temos os ambientalistas, que em maioria temem que com o novo código, o desmatamento se torne uma ameaça ainda maior, inclusive com o crescimento da impunidade.

Importa principalmente a gente acompanhar três pontos básicos que estão em discussão:

1. APPs ( Áreas de Preservação Permanente): são áreas de vegetação nativa nas margens de rios e encostas de morros que devem ser preservadas. O projeto prevê uma diminuição da faixa mínima a ser mantida pelos produtores rurais e a permissão de determinadas culturas em morros.

2. RL (Reserva Legal): são trechos de vegetação nativa localizados dentro de propriedades rurais. As mudanças na lei beneficiam pequenos proprietários, que ficarão isentos de reflorestar áreas desmatadas.

3. Anistia: o novo Código propõe suspender a multa e sanções aplicadas a proprietários rurais até 22 de julho de 2008 - data em que entrou em vigor o decreto regulamentando a Lei de Crimes Ambientais.

Esse último tópico é tremendamente injusto, se aprovado, pois anistia gente que há anos comete crime ambiental. Parece que, infelizmente, foi aprovado ontem. Entretanto, dificilmente passará assim pelo Senado e pela promulgação presidencial.

Vamos acompanhar, torcer, e na medida do possível, participar, para que nosso país tenha uma legislação moderna e eficaz que promova o crescimento sustentável, isso é, com respeito à natureza e as futuras gerações.
Que o Brasil não faça como os Estados Unidos e outros países capitalistas que, em nome do lucro, destruíram sua área verde e hoje fazem o planeta inteiro padecer.
Para quem vai fazer concurso público e vestibular no fim do ano, é assunto quase certo.

Pro. Péricles

domingo, 22 de maio de 2011

BATALHA DE PIRAJÁ

Em nenhum outro lugar do Brasil, a resistência contra a proclamação da independência foi maior que na Bahia.

Nessa Província havia uma intensa disputa pelo comando das Armas entre o brigadeiro Manuel Pedro (apoiado pelos brasileiros) e o detestado oficial português, Madeira de Melo.

As Cortes de Lisboa interferiram e forçaram a nomeação de Inácio Luis Madeira de Melo, o que representou um duro golpe ao Partido Brasileiro.

A posse de Madeira de Melo (apoiado pelos comerciantes portugueses, além dos regimentos de Infantaria, de Cavalaria e das unidades da Marinha Portuguesa) deixou exposta uma divisão entre as tropas leais à Portugal e as forças patrióticas (apoiadas pela Legião de Caçadores, o regimento de Artilharia e o 1º Regimento de Infantaria).

O clima de guerra só piorou após o Dia do Fico, em janeiros de 1822.
Em 19 de fevereiro, ao tentar impedir a invasão de sua abadia pelos portugueses que perseguiam brasileiros, morre a mártir de nossa independência, a religiosa Joana Angélica.

A Bahia se dividiu entre os militares portugueses de Madeira de Melo (indignado o povo o chamava de Madeira Podre) que dominavam a capital, Salvador e grupos nacionais, cada vez mais concentrados no interior, mais precisamente, na Vila de Cachoeira.

Com a divulgação da notícia da proclamação da Independência, as vilas do Recôncavo baiano, sob a liderança da vila de Cachoeira, mobilizaram-se para expulsar as tropas portuguesas entrincheiradas em Salvador.

Os brasileiros recebem o reforço de alguns navios sob o comando de Rodrigo de Lamare e tropas comandadas pelo experiente militar francês, veterano de guerras napoleônicas, Pedro Labatut (mercenário contratado por D.Pedro).
Brasileiros como Maria Quitéria, outra heroína, juntaram-se a Labatut prontos para a luta.

Mas as forças de Madeira de Melo também foram reforçadas por 2.500 homens (totalizando 13 mil soldados) vindos de Portugal e elementos de uma Divisão, que se retirou do Rio de Janeiro e rumou para a Bahia, negando-se a se submeter à nova ordem.

Após alguns combates renhidos, a Guerra de independência na Bahia, seria decidida numa batalha especial. A Batalha de Pirajá em 08 de novembro de 1822.

BATALHA DE PIRAJÁ, UMA BATALHA BRASILEIRA

Madeira de Melo concentrando o máximo possível de soldados, atacou as forças brasileiras reunidas em Pirajá. Pretendia dar um golpe duro e definitivo.

Após cinco horas de combate, o comando brasileiro percebeu a possibilidade de ter suas linhas rompidas. “Talvez, pensam, os oficiais, seja melhor recuar para reagrupar, do que insistir e sofrer uma derrota”. Segundo a versão mais aceita, o Major Barros Falcão, oficial mais adiantado naquele momento, determina o toque de retirar (na época sem rádio de comunicação, as ordens, para ser ouvidas por todos, eram anunciados por toque de corneta). Um pouco mais à frente, o corneteiro Luís Lopes, português que aderira às tropas brasileiras, está muito nervoso. Afinal, é inexperiente em combate. O Major sinaliza novamente a ordem e vira as costas iniciando o recuo. Luis Lopes leva a corneta aos lábios e no capricho, manda ver de forma clara e alta, o toque de “Cavalaria Avançar”.

Tudo então se transforma. A cavalaria brasileira avança, destemida. Os portugueses arregalam os olhos. Haviam percebido a manobra de recuo e aquele avanço inesperado só poderia significar a chegada de reforços. Os lusitanos, incrédulos, recuam.

O Major Barros Falcão abre os lábios para gritar algum palavrão ao corneteiro, mas o som não sai. Embasbacado percebe que a vitória, agora, é possível.

E foi possível. As tropas brasileiras venceram aquela que se revelaria, a batalha decisiva da guerra.

Abatido, Madeira de Melo se entricheirou em Salvador e mais tarde, para evitar ser sitiado, abandona o Brasil, derrotado.

Era 2 de julho de 1823. Uma turma de brasileiros esfarrapados, mal alimentados e praticamente sem treinamento, entra em Salvador e ratifica a independência do Brasil.

Uma turma de heróis e de um corneteiro atrapalhado.

Ah...sobre Luís Lopes. Não se têm notícia se fez carreira no exército, mas sabe-se que até o fim da vida manteve o mistério. Tocou, com sua corneta, a ordem errada, por engano ou de propósito?
O que você acha?

Quem sabe?

Coisas da história do Brasil.

MENTIRINHAS QUE “TORNARAM-SE” HISTÓRIA - 01

A história é uma ciência, e como toda ciência, possui seus métodos. História não é “achômetro”.

Porém, ao logo do tempo, alguns fatos, não comprovados historicamente, acabam se consolidando como verdades.

Isso acontece por vários motivos, entre os quais se destacam: a necessidade da Igreja de criar mitos adequados a seus dogmas; os interesses dos grupos hegemônicos de justificar suas ações; tradições culturais na criação de heróis, obras cinematográficas e de literatura tomadas como verdades, etc.

Essas mentirinhas e mentironas se cristalizam no coletivo, e para o historiador, as vezes, discernir sobre os fatos históricos em oposição à crença geral é uma dura empreitada.

A seguir citaremos apenas alguns, dos muitos e muitos casos dessa espécie.
Em outro momento traremos novas curiosidades.

O EGÍPCIO ERA UM POVO MÓRBIDO, VOLTADO PARA A MORTE A VIDA INTEIRA.
- Não é verdade. Segundo vários pensadores gregos que conheceram o Egito e relataram o que viram, os egípcios eram alegres e festeiros. Inventaram a cerveja (que bebiam gelada) e vários instrumentos musicais, como o avô do trombone (não dá pra dizer que inventaram o pagode, mas quase). Fandango, era com eles mesmo.

APÓS A DERROTA NA BATALHA DO ACTIUM, CLEÓPATRA SE MATOU SE DEIXANDO PICAR POR UMA SERPENTE.
- Coisa de Hollywood. O general Otávio, temeroso do poder de sedução de uma mulher que já envolvera dois grandes políticos (Júlio Cesar e Marco Antônio) em suas artimanhas, ordenou o assassinato da moça, antes que ele próprio chegasse em terra. Sabe como é, né? Seguro morreu de velho.

NERO PÔS FOGO EM ROMA, PESSOALMENTE, E ESCREVEU UM POEMA ENQUANTO A CIDADE ARDIA EM CHAMAS.
- Segundo relatos de historiadores da época, o maluco imperador romano (que, aliás, só ficou maluco depois de uma febre que durou dias e quase o matou no início do reinado) estava há mais de 130 km de Roma no dia do grande incêndio.

JOANA D’ARC HEROINA FRANCESA DA GUERRA DOS CEM ANOS FOI QUEIMADA NA FOGUEIRA COMO HEREGE.
- O julgamento de Joana D’Arc foi prodigamente documentado desde o início até o final. Em nenhum momento aparece qualquer sentença de condenação à morte, muito menos por fogueira. Aliás, documentos descobertos a não muito tempo, indicam que Joana D’Arc teria morrido anos depois no interior da Inglaterra, ao lado do marido, um oficial inglês. Por falar nisso, a Guerra dos Cem anos (1337-1453) durou mesmo foi 116 anos.

O BRASIL FOI DESCOBERTO SEM QUERER, QUANDO CABRAL MANOBRAVA PARA EVITAR AS CALMARIAS A OESTE DA ÁFRICA.
- Essa é clássica, mas é persistente já que ainda é encontrada em alguns livrinhos didáticos. A chegada oficial dos portugueses na nova terra foi totalmente planejada. As impossibilidades do “sem querer” são amplamente rejeitadas, por exemplo, no diário de bordo do capitão, uma espécie de “caixa-preta da época.