A intolerância não se adquire pronta e acabada.
Na verdade, a melhor imagem que se faz não é a de um produto que já vem pronto e embalado, mas uma pequena planta irrigada desde os tempos de semente até tornar-se frondosa árvore.
O intolerante não nasce intolerante, é feito, embora depois trate de se aprimorar.
Quando os pais ensinam seus filhos que o coleguinha negro do colégio é diferente e que, em certas ocasiões, como o aniversário em casa com os amiguinhos, deve ser evitado, se está regrando a plantinha.
Quando o professor permite o bulling ao menino com trejeitos que segundo a regra da maioria da turma, e dele mesmo, são efeminados, está também, dando sua contribuição.
Além dos pais e mestres existem ainda os plantadores oficiais de intolerância.
A mídia, por exemplo, ao apresentar programações que separam e rivalizam meninas e meninos ou quando desfilam filmes e programas que cultuam a violência e o machismo, faz a sua parte com maestria.
Em geral, o preconceito se enraiza junto com convicções precipitadas mas póstas como verdades incontenstáveis.
Nesse processo de construção de ódios algumas nuances são tão sutis que nem os agentes diretos no processo o percebe.
Nesse processo de construção de ódios algumas nuances são tão sutis que nem os agentes diretos no processo o percebe.
Exemplo são as muitas mães que cultuam um machismo desacerbado e imprudente cujas origens estão na própria educação que recebeu e que que transmite sem parar para pensar.
O pessoal que coleciona piadas homofóbicas, também participam e até mesmo o culto à mulher virgem e frágil cujo valor está na beleza e que muitos acham ser elegante tem sua dose forte na desigualdade nos tratamentos.
Depois da cobra criada falta apenas o aprimoramento e aí, a personalidade de cada um faz o resto, mas o caminho foi previamente construído.
Então a barra pesa, pois, a intolerância nunca anda sozinha e tem uma família unida. Ela é filha do ódio, irmã do orgulho e do preconceito, mãe da hipocrisia.
Dificilmente alguém anda acompanhado de apenas um desses pares.
Quem caminha com essa turma carrega o ódio escondido no bolso já que a hipocrisia exige um comportamento dissimulado, mas que sempre se trai quando algum tipo de valor está em julgamento.
Os que andam com essas companhias participam da violência da qual se julgam vítimas, defendendo a violência do estado e bradando que bandido bom é bandido morto.
Com a visão tapada por tanta coisa ruim são instrumentos úteis para aqueles que buscam manter a sociedade desigual e excludente como a conhecemos. É a maneira de fazer crer que a exclusão é natural e, de certa forma, uma opção do excluído.
Assim, a desconstrução dessas anomalias passa, não apenas pela necessária transformação social, mas antes de tudo, na transformação da própria cidadania.
Não será por decreto nem por atos revolucionários, pois a Lei sem a vivência nas criaturas é efêmera, como o demonstra a Lei Maria da penha.
É dever de todos lutar pela desmistificação da intolerância como coisa natural entre as pessoas.
Enquanto isso, jovens pais, procurem saber exatamente, que tipo de semente está sendo plantada no terreno fértil da personalidade de seus filhos.
Prof. Péricles
Depois da cobra criada falta apenas o aprimoramento e aí, a personalidade de cada um faz o resto, mas o caminho foi previamente construído.
Então a barra pesa, pois, a intolerância nunca anda sozinha e tem uma família unida. Ela é filha do ódio, irmã do orgulho e do preconceito, mãe da hipocrisia.
Dificilmente alguém anda acompanhado de apenas um desses pares.
Quem caminha com essa turma carrega o ódio escondido no bolso já que a hipocrisia exige um comportamento dissimulado, mas que sempre se trai quando algum tipo de valor está em julgamento.
Os que andam com essas companhias participam da violência da qual se julgam vítimas, defendendo a violência do estado e bradando que bandido bom é bandido morto.
Com a visão tapada por tanta coisa ruim são instrumentos úteis para aqueles que buscam manter a sociedade desigual e excludente como a conhecemos. É a maneira de fazer crer que a exclusão é natural e, de certa forma, uma opção do excluído.
Assim, a desconstrução dessas anomalias passa, não apenas pela necessária transformação social, mas antes de tudo, na transformação da própria cidadania.
Não será por decreto nem por atos revolucionários, pois a Lei sem a vivência nas criaturas é efêmera, como o demonstra a Lei Maria da penha.
É dever de todos lutar pela desmistificação da intolerância como coisa natural entre as pessoas.
Enquanto isso, jovens pais, procurem saber exatamente, que tipo de semente está sendo plantada no terreno fértil da personalidade de seus filhos.
Prof. Péricles