quarta-feira, 1 de março de 2017

BRASIL, TEATRO DOS HORRORES


Tudo bem, vamos combinar que somos todos, um pouco atores já que desempenhamos vários papéis sendo pais, irmãos, marido/esposa, colega, etc.


Mas, francamente, a atuação anda muito fraca em nosso país.


Para começar estamos representando uma peça cujo argumento não tem nada de inédito, sendo por isso repetitivo. Já vimos esse filme em 1964, por exemplo.


Alguns atores consagrados e campeões de audiência, como os ex-governadores  Leonel Brizola e Miguel Arraes, saíram de cena e não foram substituídos à altura, deixando um enorme vazio no elenco.


Temos alguns senhores togados cujas representações são tão fracas que o que deveria ser drama e sisudez se tornou comédia.


Um grupo inteiro atuando como sabatinadores, quando todos já sabem que o sabatinado já está previamente aprovado, a "cola" totalmente liberada e isso torna-se até monótona a peça montada.


E o que dizer de coadjuvante, no lugar do titular, sem nenhum talento para o “papel”?


Sinceramente, no Brasil há um exagero de representações fracas e diretores confusos.


Atores canastrões sendo levados a sério.


Muita gente exagerando na entonação de voz e, principalmente, na postura.


Homens e mulheres, brancos e de classe média fazendo o discurso da moralidade e anticorrupção, mas apoiando os grupos e pessoas mais corruptos do Brasil, não dá. 


Intitular-se piedosos, mas ser racistas, homofóbicos e odiando pobre, realmente, não dá veracidade aos personagens. 


Se dizer cristão e praticar a hipocrisia, tira do sério até o Papa Francisco.

Gente "de bem" repetindo falas decoradas de que acredita na justiça e que defende a igualdade, mas odiando programas sociais como o Bolsa Família já ultrapassou a linha do suportável.

Na boa, falar de amor e destilar ódio não combina, entende?

Prefeito perfumadinho pegando vassoura de gari e até atriz profissional dizendo que tem medo e revirando os olhinhos...

Já passou da hora de um diretor, um diretor de verdade e talento, grite “corta”.

Esse teatro mambembe de atores medíocres e de interpretações bizarras deveria ser todo refeito.

Para começar, atores eleitos para o papel no lugar que lhe é de direito. Quem foi eleito presidente no lugar de presidente, vice no de vice, policial e imprensa desempenhando suas atividades, deixando aos partidos políticos fazer política.

Não precisa nem ensaiar se cada macaco estiver no seu galho.

Será que é por isso que nenhum filme brasileiro, até hoje, ganhou um Oscar de filme estrangeiro?

De qualquer forma, não precisamos de Oscar no Brasil. Deixa lá essa festa para os norte-americanos. Bastaria que eles não interfirissem nos nossos filmes.

Precisamos é de justiça, de bons roteiros e final felizes.




Prof. Péricles

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns! Falou tudo. Um grande abraço, Prof. Péricles.