sexta-feira, 24 de agosto de 2012
VIRA-LATA SOLIDÁRIO
Dizem que o bem é maior do que o mal, porém, o mal é muito mais barulhento e bom de marketing.
Dizem também que muito usam a palavra solidariedade apenas com objetivo sensacionalista e político. E que campanhas embaladas por artistas de grande publicidade apenas encobrem outros interesses e destinos.
Não sei, realmente não poderia afirmar muita coisa sobre isso.
Mas, de uma coisa eu estou convicto: a solidariedade do povo brasileiro, tão elogiado pelos não brasileiros, especialmente europeus, pode ser comprovada de fato e não por retórica, nas ações de seu governo.
Infelizmente para a maioria de nossa gente que só acredita existir o que está na mídia, essas ações, além de anônimas, são muitas vezes desacreditadas.
É o velho conceito do cachorro vira-lata que implica acreditar que o Brasil e os brasileiros fazem tudo errado, ou não fazem.
A visão, entretanto, no exterior, é bem diferente.
Ao doar apenas até agosto deste ano, US$ 75 milhões em comida para os países que enfrentam situações de crise, o Brasil passa a ser considerado um dos maiores colaboradores do Programa Mundial de Alimentos (PMA) da comunidade internacional.
Em 2011, o governo brasileiro doou mais de 300 mil toneladas de comida para 35 países. Paralelamente, o Brasil é apontado como uma das nações que mais se destacam no apoio à ajuda humanitária.
Em comunicado, o PMA ressaltou a atuação do Brasil tanto na doação de alimentos como na assistência humanitária internacional, por meio de parcerias. O governo brasileiro comunicou que manterá as doações de alimentos não só até dezembro como também em 2014.
A idéia é distribuir até o fim do ano 90 mil toneladas de arroz para a Bolívia e Honduras, na América Latina, e Burundi, Congo, Etiópia, Gâmbia, Uganda, Moçambique, Níger, Senegal e Zimbábue, na África.
O Ministério das Relações Exteriores informou que o Brasil mantém uma série de parcerias com vários países para estimular a produtividade agrícola e o desenvolvimento rural, na tentativa de buscar a segurança alimentar.
"As experiências em programas de alimentação escolar, em que os alimentos são comprados a partir de pequenos agricultores locais podem enriquecer o debate entre o Brasil e os governos africanos em torno da promoção do direito à alimentação", disse o diretor do Centro de Excelência do Programa Mundial de Alimentos para a África, Daniel Balaban, que atua em parceria com o Brasil.
Só no Haiti, o país mais pobre das Américas, mais de 24 mil toneladas de arroz e feijão brasileiros foram distribuídas para os moradores que sofreram com o terremoto de janeiro de 2010. Os custos de distribuição foram cobertos pela Espanha. Na África, mais de 65 mil toneladas de milho e feijão brasileiros foram doadas para países, como a Somália.
Discursando ao mundo durante a Rio+20, a Presidente Dilma Russef garantiu que o Brasil não se afastará do desafio de ser um dos maiores fornecedores de alimento nesse século de tantas crises.
Não haveria nada de extraordinário nessas ações se a solidariedade fosse prioridade na política externa das nações no esforço de afastar a fome e a extrema miséria do mundo, principalmente em regiões de tragédias humanas, naturais ou militares.
Mas pelo menos, o Brasil, seus governantes e seu povo, podem permanecer convictos da ética de seus atos e do cumprimento da sua parte na luta contra a desesperança.
Justo também que o povo brasileiro saiba das ações realizadas em seu nome já que para os donos da informação notícias assim não sejam interessantes.
Prof. Péricles
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